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Humor Top Zero a 300

Os acessórios automotivos mais feios, toscos e desnecessários já feitos – parte 1

Estamos passando por um momento de tensão política muito forte no nosso País. Acontece que este País é o Brasil e, como bons brasileiros, sabemos que manter o bom humor é uma boa forma de lidar com a nossa situação – que, sejamos honestos, nunca foi fácil. Então por que não descontrair um pouco?

Pensando nisso, decidimos fazer a nossos leitores uma pergunta capaz de unir entusiastas de todas as vertentes, religiões, idades, gêneros e localidades: qual é o pior acessório que você pode colocar em um carro? Afinal, o gosto é algo pessoal, mas o mau gosto é universal. Ou quase.

Nossa sugestão foram as capas de banco de madeira, que podem até ser perigosas e também não são o que os entusiastas consideram “bonito”. Mas existem muitos outros acessórios desnecessários, como as sugestões de vocês deixaram bem claro.

Agora, é importante esclarecer uma coisa: não precisa levar este post totalmente a sério se você curte algum destes acessórios. Todos temos nossas preferências mas, desde que não interfiram na segurança ou coloquem pessoas em risco, acessórios estéticos são opções pessoais e, no fim das contas, ninguém tem nada a ver com o que você faz com seu próprio carro.

 

Xenon nos faróis de neblina

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Quando você está dirigindo sob neblina e liga os faróis principais, percebe que a luz te ofusca, não é? Isto porque a neblina é feita de gotículas de água que refletem a luminosidade de forma intensa, causando o ofuscamento. Os faróis de neblina são separados dos faróis, e ficam próximos ao solo. O feixe baixo, de intensidade moderada, é apontado para o solo e ajuda a enxergar o que está há frente. Eles se chamam “faróis de neblina” por uma razão: foram feitos para usar quando há neblina. E é por isso que não se deve colocar lâmpadas de xenônio super-brilhantes neles, e muito menos usá-los quando não há neblina, porque isto só atrapalha os outros motoristas. Nem é questão de ser feio ou não.

 

Rodas Status Grinder

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Já fizemos mais de um post dedicado a rodas feias, mas a Status Grinder é tão feia que merece ser citada sozinha nesta lista. Ela é tão feia que seus próprios criadores tiraram um sarrinho na hora de batizá-la, aparentemente: grinder, do inglês, pode ser traduzido como “triturador”.

 

Freios falsos

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Weight reduction, bro!

O Jetta do Jesse, do primeiro filme da saga “Velozes e Furiosos” (The Fast and the Furious, 2001) ficou famoso por ser uma coleção de acessórios de gosto duvisoso mesmo para a época, mas o que mais chamou a atenção dos entusiastas foram os discos de freio falsos. Sem pinças. Pois é.

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Dito isto, há quem coloque capas de pinça nos freios a disco – coberturas falsas que imitam pinças de marcas consagradas, como Brembo e AP Racing, que não fazem nada a não ser adicionar massa não-suspensa (pouca, é verdade, mas ainda assim). Aqui cabe o que falamos no início deste post: não é nenhum crime fazer o que você quiser com o seu carro. Mas… para quê?

 

Sticker Bomb

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Há alguns anos, os ratos de pista – especialmente a galera drifter – começaram a colar adesivos de diferentes companhias aftermarket, oficinas, preparadoras e fabricantes em seus carros, geralmente para disfarçar amassados, riscos e outras “marcas de guerra”. Em determinado momento eram tantos adesivos que não dava mais para ver a lata, e alguns começaram a curtir o visual conferido por eles.

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Não demorou para que a tendência saísse das pistas e ganhasse as ruas, com adesivos colados mesmo nos carros que jamais foram para a pista. Pouco depois, começaram a surgir envelopamentos parciais prontos imitando o chamado sticker bomb: uma folha única, impressa para parecer um monte de adesivos.

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Pior foi quando esta moda se misturou com outra, vinda direto da Internet: as rage comics, também conhecidas como “memes” – tirinhas com desenhos mal feitos em preto e branco que estavam em todos os lugares na primeira metade da década, e hoje estão no ostracismo. É melhor mesmo que certas coisas fiquem no passado.

 

Cílios para faróis

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Já dissemos muitas vezes que “os faróis são os olhos dos carros”, esteticamente falando. Mas isto não quer dizer que carros precisem de cílios – é o tipo de coisa que se coloca no carro pela piada, especialmente quando os faróis são redondos e parecem ainda mais com olhos.

 

Tapetes “chão de ônibus”

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OK, estes aqui têm uma origem “válida”: carros de corrida costumam usar painéis de metal na área onde ficam os pés do piloto, a fim de evitar escorregões e consequentes c*gadas. E o padrão “chão de busão”, de fato, torna a superfície mais aderente. Aliás, é por isso que os ônibus o utilizam e é tão fácil de encontrar. Agora, tapetes que imitam o “chão de busão” acabam dando um visual meio simplório ao interior do carro.

 

Excesso de cromados

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Geralmente os detalhes cromados nos carros são usados para dar a eles um ar clássico ou luxuoso (ou ambos) a determinado automóve – um friso na base das janelas costuma ser o suficiente, às vezes acompanhado de frisos discretos nos para-choques e maçanetas cromadas. Mais do que isto acaba ficando meio brega e deixando o carro com um aspecto “barato”. Sem falar que alguns carros definitivamente não combinam com detalhes cromados, mesmo de fábrica.

 

Paredes de som

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Nesta aqui o acessório acaba se confundido com o hábito e com a cultura dos campeonatos de som. A gente não vê muito sentido em um carro carregando o próprio peso (e, às vezes, mais que o próprio valor) em alto-falantes, subwoofers e módulos de potência, até porque muitas vezes o carro acaba servindo apenas de estante para tantos equipamentos de som. Tem quem curta, mas definitivamente não é a nossa praia, e provavelmente também não é a praia da maioria dos leitores. Mas gosto é gosto, cada um tem o seu et cetera.

 

Asas “decorativas”

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As asas traseiras são componentes aerodinâmicos funcionais geralmente encontradas em carros de pista, servindo para gerar downforce nas curvas, melhorando a aderência dos pneus traseiros com o solo e, consequentemente, permitindo que o carro fique mais “plantado” no chão, sem escapar de traseira, contornando a curva com mais velocidade e segurança. Não são enfeites, e na verdade podem atrapalhar o desempenho e a economia de combustível quando a função aerodinâmica não é levada em conta.

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Este é o Ruf CTR2 feito para subir a montanha de Pikes Peak, no Colorado – é preciso downforce extra para acelerar sem despencar morro abaixo, o que explica a asa dupla na traseira

Além disso, algumas são tão feias que sequer podem ser chamadas de “decorativas”. A gente prefere mais discrição:

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Brincadeira.

 

Truck nuts

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No Brasil elas não são um acessório muito difundido, e a gente é grato por isto. Mas nos EUA (por alguma razão, nos Estados mais o sul), estes sacos escrotais feitos de plástico são bem comuns na traseira de picapes. Tem alguma coisa a ver com masculinidade, mas na verdade é meio obsceno.

 

Capas de volante

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“Talvez” esta exagerada capa de pelúcia atrapalhe “um pouco” na hora de dirigir, não?

É fato que as capas conservam o volante do carro em bom estado por mais tempo mas, pensando bem, este é provavelmente o único benefício. Geralmente fazendo par com as capas de madeira para bancos, as capas de volante geralmente tem um aspecto barato e nada discreto, destoando do interior de qualquer carro.

 

Car bra, ou “protetor de capô euro look

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A inclusão deste item é meio polêmica. O car bra (traduzindo literalmente, “sutiã para carros”) foi inventado em 1961 por um especialista em estofamentos automotivos chamado Bill Colgan. Um dia Colgan recebeu em sua oficina a visita de três entusiastas alemães que pediram a ele que desenhasse capas para o capô de seus Porsche 356. A ideia era proteger a dianteira de possíveis danos causados por detritos das estradas e da ação dos elementos. A invenção fez tanto sucesso que, nos anos 1970, a companhia de Colgan parou de trabalhar com estofamentos para concentrar-se apenas na produção das capas. Foi nesta época que Colgan batizou sua invenção como car bra.

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O pico de popularidade das capas foi na década de 1980, e depois disto elas meio que desapareceram. No fim da década passada, porém, entusiastas da Europa “redescobriram” os car bras e os tornaram populares novamente. A moda se espalhou pelo mundo, porém associada à subcultura do euro look, e acabou ficando saturada. Quem curte o visual diz que elas de fato protegem o carro, mas os detratores dizem que, por reter umidade, elas podem danificar a pintura se usadas por muito tempo.

 

Respiros falsos

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Um legítimo caso de “xuning de fábrica” são as entradas de ar falsas que algumas fabricantes começaram a colocar nos carros recentemente – pode-se pensar que elas admitem ar para ajudar a arrefecer os freios ou para o radiador, mas não passam de adesivos colocados nos para-lamas. E agora é possível comprá-las para colocar em qualquer carro – o que é ainda pior quando são várias no mesmo carro.

 

Turbo “virtual”

Os turbos virtuais são apitos (sim, apitos!) instalados na saída de escape dos carros para imitar o som de um carro turbinado. O barulho que eles fazem fazem um som parecido com o assovio das válvulas de alívio dos carros turbinados de verdade nas trocas de marcha, exceto que… bem, é só um apito.