Há alguns dias, perguntamos a nossos leitores quais eram os carros com os faróis mais bacanas já feitos. Como esperávamos, o assunto rendeu e você sugeriram muita coisa interessante, entre carros modernos e antigos.
Nossa sugestão foi o belíssimo Citroën SM e seus seis faróis protegidos por lentes de vidro, em um conjunto ótico que unia estética futurista e luxuosa de form magistral. Depois, fizemos a primeira parte da lista com as respostas que pode ser conferida aqui. A segunda parte você vê agora!
Fiat Marea
Sugerido por: Luiz AG
Hoje em dia faróis com lentes plásticas com elementos internos individuais são bem comuns no Brasil e no mundo. Contudo, quando o Fiat Marea foi lançado no Brasil, em 1998, eles eram novidade. As linhas robustas da dianteira do Marea eram arrematadas por faróis baixos e largos, perfeitamente proporcionais à face frontal que antes do facelift de 2001 tinham molduras internas escurecidas. O resultado era uma dianteira elegante e imponente que, ao mesmo tempo, era dotada de muita delicadeza.
Porsche 928
Sugerido por: Blackpointer
Costumamos pensar em faróis escamoteáveis ou retráteis como aqueles cobertos por uma capa na cor da carroceria, ficando totalmente ocultos quando recolhidos. Mas não precisa ser assim sempre – o Porsche 928, grand tourer com motor V8 dianteiro lançado pelos alemães em 1977, é um bom exemplo disto. O desenho da dianteira baixa era complementado pelos faróis redondos voltados para cima, rentes à superfície da carroceria.
Quando acesos, porém, eles se levantavam e ficavam bem destacados da carroceria, remetendo aos faróis usados pela maioria dos carros até a década de 40, cuja carcaça tinha perfil aerodinâmico de gota. Apesar de não ser o carro com a dianteira mais harmônica do mundo com os faróis acesos, o Porsche 928 acabava ficando com um ar “atrapalhado” bastante charmoso.
Alfa Romeo Brera
Sugerido por: Felipe Albuquerque de Almeida
Graças a uma avaliação publicada por Jeremy Clarkson, o belíssimo Alfa Romeo Brera, cupê esportivo de quatro lugares fabricado entre 2005 e 2010, ficou com a fama de ser só isto: belíssimo. Clarkson falou mal do comportamento dinâmico do carro, de seu consumo de combustível e de seu desempenho bruto, dizendo que para medir seu zero-a-100 km/h não era necessário um cronômetro – “você precisa de um geólogo, alguém que ache que a velocidade com a qual o monte Everest se move sentido oeste é impressionante”.
Pouco importa se o Alfa Romeo Brera é só bonito, porque ele é muito bonito. Algo que em grande parte deve-se a sua dianteira com três faróis circulares de cada lado do cuore sportivo, sendo que os faróis mais ao centro são mais avançados em relação à carroceria, enquando os faróis das extremidades são recuados. Além de ter uma “cara” de mau extremamente harmônica e bem proporcionada, gostamos deste desenho porque remete aos carros esportivos dos anos 70, que muitas tinham faróis redondos simples posicionados desta mesma forma na dianteira.
O Alfa Romeo 159, sucessor do belíssimo 156, também adotou faróis assim
Volkswagen Passat GTS Pointer
Foto: Rafael Brüner
Sugerido por: Braulio Pinto
Perto dos outros itens desta lista o Passat GTS Pointer parece “humilde demais”, mas o contexto de seus faróis os torna bem interessantes. Se você curte o Passat, sabe que foi em 1983 que ele adotou a frente com quatro faróis retangulares, que nas versões mais caras (como o GTS Pointer) tinham molduras com a face interna cromada. Elas pareciam meio exageradas na época, mas sem dúvida são mais discretas que a maioria dos faróis dos carros modernos.
Mas o caso é que a frente do Passat pós-1983 era praticamente uma cópia da dianteira do Audi 5000, versão norte-americana do Audi 100 de terceira geração. Para quem não lembra, o Audi 100 era o carro que ficava acima do Audi 80, que por sua vez foi o carro que deu origem ao Volkswagen Passat. A diferença era que, no caso do Audi 5000, os faróis tinham aquele formato porque a legislação norte-americana obrigava todos os carros a terem faróis retangulares, que podiam ser simples ou duplos. O departamento de estilo da VW do Brasil tinha carta branca para utilizar elementos de design de outros modelos do Grupo Volkswagen, mesmo os que só fossem comercializados lá fora. E foi assim que o Passat ganhou a estilosa dianteira do Audi 5000.
Buick Riviera 1965
Sugerido por: Peter
Este gif diz tudo. A primeira geração do Buick Riviera foi vendida entre 1963 e 1965. O formato básico do carro permaneceu o mesmo, assim como sua identidade visual. Mas os modelos de 1963 e 1964 tinham faróis mais convencionais, expostos, alojados na grade, enquanto as setas ficavam sob telas nas extremidades dos para-lamas dianteiros.
Em 1965 a Buick decidiu chutar o balde e migrou os faróis para baixo destas telas. Mas como os faróis não podiam ter seu facho de luz obstruído por nenhum objeto quando acesos, foi preciso bolar um esquema para estas telas se abrirem. O resultado foi o efeito “pálpebra” extemamente charmoso disponível apenas no modelo 1965.
Lincoln Navigator
Sugerido por: Racelogic
O Lincoln Navigator é um SUV quase tão grande quanto o Rolls-Royce Cullinan (com 5,33 metros, são só dois centímetros de desvantagem no comprimento). Ainda que o Navigator também fique atrás em luxo e tenha metade dos cilindros (ele é movido por um V6 Ecoboost turbo de 3,5 litros e 455 cv), isto não quer dizer que o utilitário esportivo de alto luxo não seja… altamente luxuoso.
Nos cabe neste post o exemplo dos faróis de LED, que se acendem automaticamente quando a chave chega perto o suficiente, começando pela “mira” da Lincoln no centro da grade, enquanto os faróis em si acendem de dentro para fora. É um daqueles detalhes que não servem para nada além de nos fazer exclamar “oh!”. Mas esta é uma das coisas mais legais dos veículos de luxo.
Cizeta-Moroder V16T
Sugerido por: Pedro Gibran Fonseca
Com 20 unidades produzidas entre 1991 e 1995, Cizeta-Moroder V16T foi o fruto da parceria entre o engenheiro automotivo Claudio Zampolli (cujas iniciais C.Z. são pronunciadas ci e zeta em italiano) e o compositor de trilhas sonoras Giorgio Moroder, com design de Marcello Gandini. Originalmente, Gandini pretendia usar o desenho do Cizeta V16T no Lamborghini Diablo, mas a Lamborghini achou o visual exagerado demais.
E não era para menos: além de ser largo demais por causa do motor V16 montado na transversal, ele tinha não dois, mas quatro faróis escamoteáveis, o que lhe dava um ar meio “alienígena” bastante apropriado para um supercarro tão exótico.