Spa-Francorchamps. Uma exceção à ditadura de planícies previsíveis dos autódromos da era Tilke, um sobrevivente à era dos circuitos com curvas de média óbvias e geometricamente perfeitas. Um leviatã de 7.004 metros percorridos com 71% de aceleração plena, dezenove curvas – sendo seis de alta! – e um trecho sinuoso em descida com 2,5 quilômetros de extensão. Mas o charme e a peculiaridade de Spa podem ser resumidos a apenas um nome: Eau Rouge. É hora de conhecermos os seus desafios.
A Eau Rouge é um “S” de alta antecedido por uma generosa descida. Graças à incrível capacidade de aderência aerodinâmica dos F1, já faz alguns anos que ela é contornada flat out, ou seja, de pé colado no assoalho. Se por um lado isso reduz o seu desafio (antigamente era preciso frear em curva – bem, os carros de turismo ainda precisam), por outro traz uma potencialização de sua maior característica, que a torna diferente de todas as curvas do calendário da F1: é a única curva no qual o g