A Fórmula 1 volta neste domingo, trazendo consigo o belo Williams FW36 com as cores da Martini Racing. Embalados pela novidade, perguntamos aos leitores que outros patrocinadores clássicos deveriam voltar à Fórmula 1, e agora você vai saber quais foram as respostas!
A seleção a seguir traz as sugestões mais votadas por vocês. Alguns estão aqui pela beleza das cores, outros pelo significado, e todos eles por pura nostalgia. Vamos ver quais foram os escolhidos?
Gold Leaf
Ao falar de patrocinadores na Fórmula 1, naturalmente devemos começar pelo primeiro. Na temporada de 1968, pela primeira vez a FIA permitiu patrocinadores que não fossem ligados ao automobilismo, e a Lotus foi a primeira equipe a se beneficiar do novo regulamento. A marca de cigarros Gold Leaf, da Imperial Tobacco, foi a primeira empresa a ter seu nome e cores estampados em um carro de F1. O carro era o Lotus 49, que havia estreado no ano anterior, ainda com a cor verde oficial das equipes britânicas. Em 68 passou a usar a combinação de vermelho, dourado e branco que é tida até hoje como uma das mais bonitas da história da categoria. Mas a mais lembrada veio alguns anos depois.
John Player Special
A Gold Leaf pode ter sido a primeira, mas a mais lembrada é a John Player Special, outra marca de cigarros da Imperial Tobacco. E por uma boa razão: preto-e-dourado elegante estampou os carros da Lotus de 1972 a 1978, período em que a equipe conseguiu três títulos mundiais (1972, 1973 e 1978), com Mario Andretti ao volante. A JPS voltou a patrocinar a Lotus entre 1981 e 1986, e neste período a equipe contratou um jovem chamado Ayrton Senna, que demonstrou grande talento — e logo foi contratado pela McLaren, onde venceu seu primeiro campeonato.
A pintura preta e dourada ressurgiu recentemente na Fórmula 1, mas sem o nome da John Player Special — desde 2007, nenhuma marca de cigarros patrocina a Fórmula 1. A última delas é nossa próxima escolhida.
Marlboro
Quando se lembra das equipes patrocinadas pela Marlboro, as duas primeiras que vêm à mente são a Ferrari e a McLaren. Contudo, a Marlboro patrocina equipes de Fórmula 1 desde a década de 70. O primeiro carro com as cores da Marlboro foi o BRM 1972, que trazia uma pintura bem semelhante à da McLaren nos anos 90. Outras equipes patrocinadas pela Marlboro foram a BMS Scuderia Italia, a Frank Williams Racing e a Alfa Romeo.
Elf
A empresa de lubrificantes Elf Aquitaine estreou na Fórmula 1 m 1977, patrocinando a Renault. Sua imagem clássica na F1, porém, está associada à Tyrrell, que foi patrocinada pela Elf de 1970 a 1978. O carro mais famoso desta fase foi justamente o último: o Tyrell P34. Lançado em 1976 e vencendo apenas uma das 30 corridas que disputou, o carro de seis rodas foi abandonado depois de dois anos. Injusto é que o P34 seja o carro mais lembrado da Tyrrell — mais até do que os carros que levaram Jackie Stewart ao título de campeão em 1969, 1971 e 1973.
Camel
A marca de cigarros Camel chegou a patrocinar a Lotus a patir de 1987, estampando a carenagem amarela com suas letras azuis, mas foi na década de 90, patrocinando a Williams, que a Camel chegou ao topo dos campeonatos — mais precisamente em 1992 e 1993, com os títulos de Nigel Mansell e Alain Prost, respectivamente.
Lucky Strike
A Lucky Strike patrocinou a equipe Shadow de Fórmula 1 em 1976, mas os primeiros carros a ostentar o logo vermelho em posição de destaque foi a British American Racing (BAR, em galvão-buenês), na temporada de 1999. Contudo, carros que vestiram melhor a marca foram os Honda, a partir de 2006.
Com a pintura branca e a marca da Lucky Strike, os carros da equipe japonesa lembravam muito os primeiros bólidos da Honda na F1, que competiram na década de 60 e aludiam à bandeira japonesa em sua pintura.
7 Up
Todo mundo lembra da Jordan Grand Prix por seus carros amarelos com nose art no bico. Eles são bem legais, mas há quem prefira as cores azul e verde da época da estréia da equipe na Fórmula 1, em 1991. Foi o único ano em que o refrigerante, vendido no Brasil entre 1995 e 1997, patrocinou a equipe.
Sega
Em 1993 a Williams foi patrocinada pela Sega. A pintura era criativa: um “buraco” no carro revelava que o piloto tinha as pernas do Sonic, com seus tênis vermelhos pisando nos pedais. Naquele ano a Sega também patrocinou todo o GP da Europa, no circuito de Donnington. Naquele chuvoso 11 de abril, Senna realizou uma das melhores performances de sua carreira e, vencendo a corrida, ergueu aos céus um troféu no formato do ouriço mais famoso do mundo.
Copersucar
Seria sacrilégio fazer uma lista como esta sem citar a única equipe totalmente brasileira a competir na Fórmula 1. O biguá colorido da empresa de açúcar e álcool Copersucar estampou os carros da Fittipaldi Automotive de 1975 a 1979, primeiro sobre um fundo prata, e depois amarelo. Os resultados da Fittipaldi Automotive não foram excepcionais — seu melhor desempenho foi um segundo lugar no GP de Interlagos em 1978 —, mas definitivamente os carros com a pintura da Copersucar estão entre os mais bonitos a correr na categoria, e são uma parte importante da história automobilística brasileira.
Warsteiner
A Arrows é outra equipe extinta lembrada pelas cores de seus últimos carros — o laranja e preto usado nas temporadas de 2000 a 2002. Só que os primeiros anos da Arrows na F1 são os que trazem um dos esquemas de pintura mais bonitos que já vimos: um carro dourado com uma faixa preta na parte superior e quase nenhum patrocinador — apenas o nome da cerveja Warsteiner na lateral e a marca da Goodyear na asa traseira.