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Project Cars Project Cars #355

Peugeot 206 “WRC”: a transformação visual e o início da recriação

Olá! Bem-vindos ao segundo post do PC #355. Após comprar o motor e colocar o carro para rodar, o foco foi reparar alguns itens de segurança e estética. Logo de cara, ia iniciar um projeto sleeper, mas desisti porque no primeiro semestre de 2015 gostei da ideia de transformar o carro em uma réplica do 206 WRC e “tentar” ser fiel em alguns aspectos após alguns carros no Brasil se caracterizarem com adesivos de carros de corridas ou marcas conhecidas.

Vamos lá, por ordem a primeira aquisição foi um para-choque no estilo WRC, réplica em fibra de vidro para colocar no carro.

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Para-choque em fibra de vidro pintado com colorgin preto

Após um banho de gasolina

No bodykit anterior, houve um trabalho nos para-lamas e isso inviabilizou o uso dele na troca do para-choque. Coloquei dois para-lamas novos, um do Peugeot 206 azul e um preto.

Peugeot 206 Harlequin 

Mandei fazer a lateral e deixar no prime, já que ia aplicar o adesivo vermelho na lateral e, no momento, não haveria necessidade de pintar.

Troquei o para-choque traseiro por um original > 2004 (bocão)

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Troquei as rodas que estavam nele. O primeiro dono usava o modelo R12 da KR, porém com aros diferentes. Duas rodas aro 15 na frente calçadas com Toyo R888 e duas rodas aro 17 calçadas com Maxxis. Quando eu peguei o carro, os Toyo foram trocados pelo antigo proprietário porque ele não gostava dos pneus porque “agarravam” muito no asfalto e ficava puxando o carro.

As rodas 15 chegaram com pneus Maxxis e comecei a procurar rodas para substituir esse jogo de roda pesado. (Aro 15 sem pneu: 11,5Kg cada roda e aro 17 sem pneu: 14,2kg cada roda). Queria um jogo aro 16 para acomodar freios maiores (ficará para o Post#3) e aros menores não caberiam mais. O sonho da maioria dos “pejozeiros” é pegar o modelo Ouragan, porém são raras e caras. Pensei nas Equinoxes, modelo que equipa o 307, porém não gostei muito do resultado.

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Não reparem no Pzero na dianteira.

Continuei pesquisando e encontrei o modelo Ariane (9,2Kg por roda) disponível para venda. Comprei, a galera reformou (Eu, Buck, Uél e Marcelo) no posto de gasolina e foram para o carro, calçadas com pneus Hankook Ventus 205/50.

Aí você me pergunta (ou não): Se o para-choque WRC veio antes das rodas, por que nas fotos das rodas ele está sem o bendito para-choque? Boa pergunta (ou não), pequeno gafanhoto.

Usei o carro para ir trabalhar algumas vezes e adivinhem: raspa em tudo que vocês podem imaginar. Rampa do condomínio, trilho do portão elétrico, lombada, valeta, asfalto ondulado, junção de ponte, pensamento, acesso a posto de gasolina, Meu Deus do céu, como raspa. O carro não é rebaixado e raspa desse jeito? Tomei uma atitude (não muito racional) e anunciei o para-choque dianteiro.

Duas semanas após o anuncio, aparece um cara interessado e fiz uma promoção para ele levar o dianteiro e o traseiro. Ele aceitou e levou, maravilha!

Arrependimento mata? Sim e vou dizer o motivo: após a venda, corri atrás de colocar um para-choque original modelo posterior a 2004 (bocão). Comprei o para-choque e fui instalar com o pensamento de cortar um pouquinho para encaixar e não ficar no extremo.  Resultado? Estraguei o para-choque.

Para usar, precisava prender a placa no estilo Lancer Evo e não ligar para o pseudo para-choque

Lembra do arrependimento de ter vendido o para-choque dianteiro do WRC? Então, ele veio com tanta força que larguei o carro parado uns três meses sem querer olhar para ele. Apenas dava partida a cada 2 dias para não deixar a bateria descarregar e não comprometer a parte mecânica.

E então o que fazer? Andar com o carro com a placa de lado e o intercooler completamente exposto em carro do dia a dia? Vender? Custos extras para manter um carro e nem usar? Cheguei à conclusão que manter um carro sem uso era um luxo desnecessário, pois não tinha tempo para finalizar o projeto e usufruir. Cheguei a anunciar o carro, mas não completei o anuncio com –fotos, era uma resistência para não vender.

Na roda de café do trabalho, conversando sobre o desfecho que, talvez, o 206 prata teria, um brother vira e fala: Mano, você fez um projeto no 206 azul com peças importadas e no prata, um projeto “nacional”, você vai desistir? Aquilo ecoou na caixa craniana por horas e decidi voltar a mexer no carro com o foco na estética, deixar o carro apresentável, pois a mecânica estava boa.

Iniciei a jornada (mais uma vez!) procurando um para-choque novo que acomodasse o intercooler. Alternativas? Muitas:

1-Mandar fazer um de fibra de vidro

Conheço o trabalho de algumas empresas e resolvi fazer orçamentos, porém ficaram fora do meu budget devido ao custo de apenas um para-choque. Descartei.

Comprar um para-choque tunning

No Mercado Livre um brother (Rodrigo W4R) encontrou um para-choque tunning e me mandou o link. Estava com o título “Para-choque Peugeot 206 tipo Rally” e resolvi arriscar. Comprei. Ao instalar (tentar) no carro, não coube, nem com “jeitinho”. Anunciei e vendi pelo preço que eu paguei.

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Pensei em colocar um DRL da Philips no espaço vertical, mas não rolou ficar com o para-choque

 

Comprar outro intercooler e mexer na pressurização de inox

Não cotei porque já tinha uma base e refazendo o intercooler, teria que mexer no acerto (só no post#3) devido ao aumento ou diminuição no fluxo de ar. Foi descartado.

 

Comprar um para-choque WRC

É aqui que a coisa fica séria e tem um final feliz.

1° passo: Ligar para o cara que eu vendi o meu para-choque. Não deu certo.

– E ai, blz?
– Blz e por ai?
– Tranquilo, instalou o para-choque?
– Não!
– Me vende de volta?
– Não, eu gostei muito desse para-choque.
– Ok, se mudar de ideia me procure.
– Blz, valeu.

2° passo: Ligar na concessionária. Inviável

– Boa tarde, tudo bem?
– Tudo bem, chefe.
– Você pode consultar se tem e o valor do para-choque do Peugeot 206 GT, por favor?
– Sim, só um momento.
– Ok.
– Tem, mas só importando, prazo de 60 dias e no valor de R$ 4.160,00.
– Só o dianteiro?
– Sim.
– Certo, volto a ligar, obrigado.

3° passo: Pesquisar na internet

Cadastrei no fórum a intenção de compra dos para-choques do WRC, mas sem sucesso. Pesquisei no Mercado Livre e nada. Joguei na OLX a pesquisa “WRC”, trouxe vários jogos e dois carros, o 206 preto com o kit WRC de Sorocaba que apareceu no Acelerados e um 206 prata, também com o kit WRC de Jaboticabal, interior de SP.

Por curiosidade, entrei com contato com o dono do Peugeot prata para verificar se ele me vendia apenas os para-choques e ele falou que estava negociando o carro. Tudo bem, uma semana depois, eu entrei em contato novamente perguntando dos para-choques, falou que estava negociando, mas via que não dava muita bola.

Suspeitando que a pessoa não queria falar “não, não vendo nada separado”, pedi a um amigo de Ribeirão Preto, Guilherme, do fórum chamar a pessoa e se passar por interessado pelo carro, para saber se ainda estava disponível, e “Tchanans“, o carro estava à venda e sem interessados, ou seja, ele realmente não queria vender só os para-choques.

Com essa notícia, mudei de ideia e comecei a cogitar a compra do 206 só por causa dos para-choques. Que ideia de jerico, não?

Pedi ao meu amigo que marcasse de ver o carro e viu. Mencionou alguns detalhes e um para-brisa trincado, mas de mecânica estava tudo em ordem. Pensei durante dois dias, se comprava ou não e cheguei conclusão que sim pelo motivo que daria para tirar os para-choques do WRC, repor com para-choques original (do meu 206 prata) e vender pelo mesmo preço que eu paguei, arcando apenas com os gastos da viagem:

– Passagem de ida para Ribeirão Preto: R$ 48,00;
– Encher o tanque de gasolina (RP > SP): R$ 180,00;
– Pedágios: R$ 59,40;
– Laudo de transferência: R$ 100,00;
– Taxa de transferência + Licenciamento: R$ 262,00;
– Troca da tarjeta da placa: R$ 81,60

Se eu vender o carro pelo valor que eu paguei, o custo do par de para-choques originais WRC, nada de fibra de vidro, será de R$ R$ 731,00.

Após colocar esse valor na cabeça, arrematei o carro (agora estou com Peugeot 206 na garagem, Eau De Parfum comendo solto).

Taca-lhe pau para Ribeirão Preto buscar o 206, mas dessa vez ele não veio de guincho, veio guiado pelo Buck que curtiu a ideia (aventura sem fundamento!) de ir até pegar o carro.

Deixa raspar à vontade, mas não me desfaço desses para-choques nunca mais, só vão com o carro quando eu vender. Esse Peugeot 206 foi vendido depois de dois dias, o tempo para retirar os para-choques. O exterior pronto já com a funilaria pronta!

 

Apresento-lhes o interior

Como o couro do volante estava bem judiado, mandei para a loja refazer o couro e colocar uma frescura (coisa de francês) a mais.

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O carro conta com uma elétrica despojada, apenas comandos simples porque o antigo dono arrancou toda a elétrica original do 206 e colocou de Palio para controlar os itens abaixo.

– Setas;
– Lanterna;
– Farol baixo;
– Farol alto;
– Luz de freio;
– Limpador do vidro dianteiro;
– Vidros Elétricos;
– Travas Elétricos;
– Retrovisores Elétricos;
– Contagiros AutoGauge Monster;
– Nível de combustível ODG com o sensor original do Peugeot 206.

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De resto o carro conta com uma FT 350, SparkPro e Peak and Hold

Arranquei os bancos originais e coloquei apenas um par de banco Lico fixo com cintos 4 pontas da Sparco provenientes de uma L200.

E finalmente, o carro montado:

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Por dentro

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Por fora

Eu cheguei a confeccionar os adesivos do 206 Monte Carlo, mas não colei (ainda). Quem sabe para o post #3.

No próximo post falarei da mecânica, upgrade do sistema de freio e o primeiro trackday. Até lá!

Por Leandro Ribeiro, Project Cars #355

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