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Peugeot 208 Rally4 vai ser produzido na Argentina
O Peugeot 208 Rally4. Trata-se do carro de competição de rali da Stellantis para a categoria da FIA que pede carros baseados em veículos de tração dianteira de produção normal, mostrado na Europa em 2020. Agora chega a notícia que será produzido também na Argentina, para ser usado nos campeonatos latino-americanos de rali.
O plano apareceu em consequência do preço muito elevado para se importar o carro; como o 208 já é produzido localmente em El Palomar, Buenos Aires, pode-se facilmente fazer um carro mais barato importando-se apenas os componentes exclusivos. O lançamento oficial será após o Carnaval.
O que é um 208 Rally4, você pergunta? É um hatch de competição de cinco portas. O motor é uma versão turbo do tricilíndrico de 1,2 litros da marca, um pequeno motor de alumínio que pesa pouco mais de 100 kg, e fornece 157 cv na rua.
Adaptado para uso em competição pelos engenheiros da PEUGEOT SPORT, fornece 212 cv e 29,6 mkgf, por meio de um turbo maior, e novo sistema de gerenciamento do motor Magneti Marelli. O carro, com rollcage, pesa 1.080 kg, o que permite 1.250 kg com piloto e copiloto, como pede o regulamento da categoria.
O transeixo é um SADEV sequencial de competição de cinco marchas, e o diferencial é autoblocante. Um kit de suspensão com amortecedores Ohlins ajustáveis, e dois jogos de freios e pneus (para asfalto ou terra/pedra) completam a configuração.
O novo Peugeot é o sucessor do 208 R2, campeão de vendas na categoria rali de tração dianteira, e o carro de rally mais popular da história da PEUGEOT SPORT, com mais de 450 exemplares vendidos. Desenvolvido para ser um carro de rali rápido, confiável e divertido de dirigir, a Peugeot promete “satisfazer equipes e pilotos”.
Na Europa o preço é de €66.000 (R$ 366.300); não sabemos ainda quanto os Hermanos vão ter que pagar por este fantástico carro de rali “de fábrica”. (MAO)
Maserati poderá fazer carros únicos sob encomenda
Você já deve ter percebido que, apesar das opções de carro de baixo preço serem cada vez mais raras, o mercado de carros especiais e únicos para os realmente ricos continua a ficar cada vez mais interessante. É uma nova era de “Coachbuilt cars”, carros únicos e diferentes, encomendados por bilionários.
Agora chega a notícia que o mais tradicional dos fabricantes de supercarros italianos, a Maserati, vai entrar no jogo; seu futuro também vai ter carros exclusivos e únicos encomendados por clientes especiais.
A Maserati já oferece muitas opções de personalização por meio de seu programa Fuoriserie, que é uma personalização de um modelo existente, presente em quase toda empresa de carros de luxo: divisão Mulliner da Bentley, Ad Personam da Lamborghini e Q da Aston Martin, Porsche Sonderwunsch, etc.
Isto aqui, porém é mais adiante: carroceria inteiras diferentes, mecânica modificada, e tudo mais que um bilionário possa desejar. A empresa já foi um especialista neste tipo de coisa, fazendo basicamente somente isso até 1957, quando o seu primeiro carro de produção seriada, o 3500 GT, apareceu.
Davide Danesin, engenheiro-chefe da Maserati, disse à revista Top Gear que o futuro da marca inclui “carros sob medida pedidos pelo cliente”. Danesin não entrou em detalhes, mas mencionou hipercarros de produção limitada como o Ferrari Daytona SP3 e o Lamborghini Countach LPI 800-4.
A empresa já deu uma dica da estratégia futura com o Project 24 – um hipercarro somente para pista baseado no MC20 que será produzido em um número limitado de 62 unidades, cada uma especificada exclusivamente pelo programa Fuoriserie. Mas literalmente, aqui, tudo é possível; de uma recriação dos cupês antigos da marca baseados no Granturismo, a novos Bora, ou mesmo a incrível cunha criada por Giugiaro em 1972 para enfrentar os desenhos futuristas de Gandini na Bertone, o Boomerang, baseados no atual MC20. Já pensou?
Embora faça pouca diferença para a nossa vida mundana, é interessante ver que esta arte perdida de carros exclusivos feitos sob medida como um terno de alfaiate está realmente de volta. (MAO)
ECD Automotive Design mostra novo Land Rover restomod
A ECD Automotive Design, uma empresa Kissimmee, na Flórida, EUA, se autoproclama a “maior empresa de restauração de Land Rover do mundo”, apesentou mais uma interpretação de um tema cada vez mais comum desde que a Land Rover parou de fazer Defenders: o restomod baseado no antigo caixote de alumínio rebitado.
Sim, sabemos que a empresa inglesa continua fazendo um carro sensacional chamado também Defender, mas todos vamos concordar também que é algo diferente do antigo jipe despojado. O que abre as portas para um grande mercado de “atualização” deles.
A versão da ECD traz uma abordagem diferente do normal preto ou fosco que parece dominar este tipo de coisa. O seu Land Rover Defender 110 conversível vem com uma cor brilhante e chamativa que vem do catálogo da Subaru: o “Sunshine Orange”.
Além disso, o carro recebe uma grade e inserções em laranja combinando com a carroceria de alumínio, aberturas de ventilação e um teto preto para combinar com suas rodas pretas de 16 polegadas e pneus BF Goodrich All-Terrain.
Chamado de “Project Pivot”, vem com um motor Chevrolet V8; um LS3 de 6,2 litros e 430 cv, acoplado à uma transmissão automática de seis velocidades. A suspensão é ECD Air Ride, enquanto os freios são originais. O escapamento esportivo de aço inoxidável Borla dá um barulho encorpado ao veículo. A capota é preta e um rollcage ajuda na segurança. Obviamente o interior tem todos os itens de luxo de carros modernos.
Um cara fica imaginando como deve ser colocar uma cor brilhante deste tipo numa carroceria que sai de fábrica com mais imperfeições que uma chuva de granizo num pátio de transbordo. O Landie tradicional não é liso e perfeito como todos os outros carros zero km já vendidos; vem amassado de fábrica, par você não se preocupar com isso depois. Parece algo criado por crianças que receberam folhas de alumínio, uma rebitadeira, e a missão de fazer um carro. Mas se você não se importa de ver estes amassadinhos todo dia, o laranja ficou bem legal.(MAO)
Raro Corvette 1966 “Big Tank” será leiloado
O Chevrolet Corvette Sting Ray original, lançado no ano/modelo 1963 e corrente até 1967, é um clássico imortal, e o maior ganha-pão da indústria de leilões clássicos nos EUA. Mas quando um carro realmente raro e interessante como este aparece à venda, é digno de nota.
Os compradores desse tipo de carro são obcecados por opcionais obscuros, que fazer esses carros relativamente comuns nos EUA se tornarem raros. Neste caso, o opcional em questão é o RPO N03, um tanque de combustível grande para competição, com 136 litros. Apenas 66 carros foram fabricados com ele, em 1966.
Junte isso ao opcional motor V8 427 (sete litros) de 425 cv, pareado com a transmissão manual Muncie M22 ‘Rock Crusher’ de quatro velocidades close-ratio, e temos algo ainda mais raro: apenas 15 veículos foram feitos assim. Quantos foram feitos com este motor e transmissão e o tanque grande? Nem a GM sabe. Sim, uma corporação obcecada em códigos, números e planilhas não consegue saber algo simples assim.
O carro também veio novo com os freios heavy-duty, RPO J56, suspensão heavy-duty RPO F41, tacômetro com uma linha vermelha em 8.500 rpm e um velocímetro de 200 mph (320 km/h).
A Mecum Auctions, que vai leiloar o carro nos EUA no final de março deste ano, diz que o carro foi vendido novo pela “Capital Chevrolet” em Nashville, Tennessee, antes de ser exportado para a Alemanha, onde foi pilotado por Anatoly “Toly” Arutunoff, um rico e lendário playboy e piloto americano de origem Armênia/Ucraniana.
A empresa diz também que o carro recebeu uma restauração completa, que incluiu novos painéis de portas, bancos, encostos de cabeça, cintos de segurança e outras peças genuínas. Parece bem conservado e mantido, tem uma história sensacional, e é lindíssimo: branco com capô preto-fosco, rollcage, e rodas American Racing. Além de raro, é um carro sensacional. (MAO)