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Peugeot confirma motor elétrico e antigo 1.6 16v no novo 208
Ele deveria chegar neste mês, mas o coronavírus parou a Terra e o lançamento da nova geração do Peugeot 208 acabou adiado para setembro. Se você gostou do carro e está esperando o lançamento para decidir a compra, trago más notícias: a Peugeot decidiu equipá-lo somente com uma versão atualizada do antigo TU5 1.6 16v aspirado, usado por aqui desde o 206 e agora rebatizado como EC5. O 1.2 Puretech aspirado e o 1.6 THP serão aposentados.
É realmente uma decisão decepcionante, pois a Peugeot já tinha um (bom) motor mais moderno no 208 e esperávamos a versão turbo deste propulsor, que poderia devolver à Peugeot seus dias de glória vividos nos tempos do 206 e 207. Em vez disso, a fabricante parece ter avaliado que a briga no segmento dos hatches não justificaria a adoção do motor 1.2 turbo e optou por uma solução de baixo custo, enquanto oferece como modelo de topo uma versão elétrica do 208.
Ele será o 208 e-GT, equipado com um motor elétrico de 136 cv e 26,5 kgfm ligado às rodas dianteiras, capaz de levá-lo do zero aos 100 km/h em 8,1 segundos, de acordo com os dados da fabricante. É uma decisão um tanto ousada (para não dizer arriscada), mas as condições não são muito favoráveis.
Isso, porque o 208 foi desenvolvido para ser equipado apenas com motores de três cilindros, mais compactos, e a única opção turbo de que a Peugeot dispõe atualmente é o 1.2 Puretech turbo, de 130 cv. Contudo, esse motor é penalizado pelo anacronismo da legislação tributária brasileira, que segmenta as alíquotas do IPI pelo deslocamento dos motores. Desta forma, os motores 1.0 turbo vendidos por GM, Hyundai e Volkswagen pagam apenas 7% de IPI, enquanto o motor 1.2 teria uma alíquota de 11% caso fosse flex ou 13% caso fosse apenas a gasolina.
Como o motor 1.2 turbo seria um motor novo no mercado brasileiro, é provável que, na ponta do lápis, a Peugeot tenha chegado a um valor mínimo viável alto demais para torná-lo competitivo. Já o motor 1.6 16v ainda é produzido e não irá requerer grandes adaptações de ferramental, o que reduz significativamente seu custo de produção. Com isso a Peugeot deve ter chegado a um valor competitivo, apesar da alíquota de 11% e do reposicionamento de acessórios e periféricos do motor para instalá-lo no cofre do novo 208.
Ainda assim é uma decisão muito ousada — para não chamar de arriscada. Porque, a menos que a Peugeot esteja pronta para democratizar o carro elétrico no Brasil, de forma semelhante ao que a Toyota fez com os híbridos, o 208 e-GT será apenas um garoto propaganda para reforçar a imagem da marca e do modelo como algo moderno, pois o segmento de elétricos no Brasil é praticamente nulo. Ainda assim, não creio que o 208 e-GT irá convencer alguém a comprar um 208 1.6 16v. (Leo Contesini)
Fiat anuncia câmbio CVT e nova identidade visual
A Fiat anunciou nesta última quarta-feira (22) sua nova identidade visual, parte de uma estratégia de “reposicionamento da marca” no Brasil. Segundo a Fiat, a mudança visa colocar a marca de volta na briga pela liderança do mercado brasileiro. A Fiat foi líder do mercado entre 2003 e 2015, mas acabou superada pela Chevrolet em 2016 e, em 2019, também pela Volkswagen.
A primeira novidade está na identidade visual da marca, que abandona o logotipo com o escudo vermelho e passa a usar apenas o nome Fiat como na picape Strada e na traseira do hatchback Argo. Além dele, a Fiat também voltará a usar o antigo logotipo das quatro barras inclinadas, porém agora em versão menor e com as cores da bandeira da Itália.
As concessionárias também passarão por uma reformulação, com o novo logotipo na fachada, novas mesas e cadeiras, e uma sala de trabalho para que os clientes possam se conectar à internet e usar seus notebooks/tablets enquanto o carro está em serviço na oficina.
Além da mudança a outra novidade é a adoção do câmbio CVT no lugar do atual automático de seis marchas. A Fiat ainda não esclareceu quais carros serão equipados com esta transmissão, mas nos parece claro que, além da picape Strada, já confirmada, o Argo também deverá receber o novo câmbio. (Leo Contesini)
Novo Nissan Versa é confirmado para o último trimestre
Como já esperávamos, a Nissan confirmou o lançamento da nova geração do Versa para o terceiro trimestre de 2020 – ou seja, entre outubro e dezembro, mas ainda sem uma data exata.
Também ainda não se fala em versões e preços mas a própria Nissan dá uma dica em seu comunicado – a fabricante afirma que o novo Versa será posicionado em um segmento superior do mercado, a fim de “ampliar a presença da marca” no Brasil.
Com isto, faz sentido que a geração antiga do Versa, rebatizada como V-Drive, continue mesmo à venda. Como dito na última quinta-feira, ele partirá de R$ 57.190 e chegará aos R$ 72.890 – o que nos leva a crer que o novo Versa ficará na faixa dos R$ 65.000 aos R$ 85.000, logo acima do V-Drive. Isto deverá dar ao sedã condições de brigar com uma concorrência forte, formada por Chevrolet Onix Plus, Volkswagen Virtus, Fiat Cronos, Honda City e Toyota Yaris.
O novo Nissan Versa é equipado com motor 1.6 16v de 118 cv e 15,2 kgfm de torque, que pode ser ligado a uma caixa manual de cinco marchas ou um câmbio CVT com seis marchas simuladas.
Recapitulando, o novo Nissan Versa virá ao Brasil importado do México, beneficiando-se do acordo entre os dois países que reduz as taxas de importação. Versões e equipamentos, segundo a Nissan, serão anunciados mais perto do lançamento. Já o V-Drive continuará sendo fabricado em Resende (RJ). (Dalmo Hernandes)
Ford Ka perde versão Titanium e fica mais caro na linha 2021
A Ford anunciou mudanças no Ka para a linha 2021, valendo a partir de agora. O compacto ficou mais caro em quase todas as versões, e o modelo de topo Titanium já não está mais disponível para a carroceria hatchback – só no sedã.
Os aumentos de preço variam de versão para versão, entre R$ 1.210 e R$ 2.110. Nenhuma mudança estética ou na oferta de equipamentos foi anunciada.
Agora, o Ford Ka hatchback mais barato, o S 1.0, custa R$ 49.890 (um aumento de R$ 1.510). Já o Ka Sedan mais em conta sai por R$ 55.390 (R$ 1.800 a mais que antes). Já a nova versão de topo do hatchback, o Ka Freestyle 1.5, continua custando R$ 68.490. O sedã Titanium passa a custar R$ 77.890 (um acréscimo de R$ 1.750).
Confira abaixo a tabela de preços completa para o Ford Ka 2021.
Hatchback
Ka S 1.0: de R$ 48.380 para R$ 49.890 (+R$ 1.510)
Ka SE 1.0: de R$ 49.210 para R$ 50.740 (+R$ 1.530)
Ka SE Plus 1.0: de R$ 52.910 para R$ 54.490 (+R$ 1.580)
Ka SE Plus 1.5: de R$ 59.180 para R$ 60.390 (+R$ 1.210)
Ka SE Plus 1.5 AT: de R$ 63.995 para R$ 65.290 (+R$ 1.295)
Ka Freestyle 1.0: de R$ 59.355 para R$ 60.590 (+R$ 1.235)
Ka Freestyle 1.5 AT: R$ 68.490
Sedã
Ka Sedan SE 1.0: de R$ 53.590 para R$ 55.390 (+R$ 1.800)
Ka Sedan SE Plus 1.0: de R$ 57.110 para R$ 58.490 (+R$ 1.380)
Ka Sedan SE 1.5: de R$ 59.980 para R$ 62.090 (+R$ 2.110)
Ka Sedan SE Plus 1.5: de R$ 63.580 para R$ 65.090 (+R$ 1.510)
Ka Sedan SE Plus 1.5 AT: R$ 68.490
Ka Sedan Titanium 1.5 AT: de R$ 76.140 para R$ 77.890 (+R$ 1.750)
(Dalmo Hernandes)
Este BMW M3 E30 foi arrematado por US$ 250.000
Entre outras coisas, 2020 parece ser o ano dos carros antigos vendidos a preços inacreditáveis. Depois do Honda Civic Coupé de US$ 50.000 – sobre o qual até discorremos no podcast do FlatOut – é a vez deste BMW M3 E30, que foi vendido em um leilão do site Bring a Trailer por US$ 250.000. Na nossa pobre moeda brasileira, são exatos R$ 1.292.575.
Sim, o BMW M3 E30 é um carro incrível, clássico, colecionável e valioso. Mas, para te situar, o valor médio de venda para ele – considerando um exemplar bem conservado e com alto nível de originalidade, fica em torno dos US$ 50.000.
A unidade em questão é um BMW M3 E30 fabricado em 1988 que rodou apenas 8.000 milhas (menos de 13.000 km) em toda a sua existência e está simplesmente impecável, sem detalhes, por fora, por dentro e debaixo do capô – onde fica um quatro-cilindros de 2,3 litros, 192 cv e 23,5 kgfm, ligado a uma caixa manual de cinco marchas. É um carro sensacional e muito difícil de encontrar, mas seu preço não deixa de ser um ponto extremamente distante da curva.
O Bring a Trailer não dá informações a respeito das pessoas que compram os carros anunciados no site por questão de privacidade mas, como aponta o Autoblog, é possível ver que o usuário foi criado há pouco tempo, possivelmente só para arrematar este M3 E30. Contudo, só podemos supor que o comprador tenha um excelente motivo para pagar cinco vezes mais o valor de mercado pelo carro. (Dalmo Hernandes)