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Picape Ford Maverick é revelada – e vem para o Brasil
Depois de muito tempo de espera, a Ford revelou hoje (8) a picape Maverick – nome que, no Brasil, tem mais peso que nos Estados Unidos, onde o cupê dos anos 1970 não se tornou um clássico tão cobiçado quanto aqui. Sua importância naquele mercado, porém, é enorme: ela é o novo veículo de entrada da Ford nos Estados Unidos, custando menos que o EcoSport: US$ 19.995 na versão de entrada XLT. Em conversão direta, são pouco mais de R$ 101.000. O EcoSport, para se ter ideia, parte de US$ 20.395 (R$ 103.000 em conversão direta) e o Bronco Sport, de US$ 26.820 (R$ 135.500). E isso tem potencial para mudar tudo.
Nos Estados Unidos, a Maverick terá a importante missão de atrair compradores que jamais pensaram em ter uma picape – ela tem construção monobloco (usando o Bronco como base) e oferece espaço interno, acabamento e conforto de carro de passeio, mas sem abrir mão da capacidade de carga e da robustez de uma caminhonete.
Visualmente, não há surpresas: flagras, projeções e fotos vazadas mostraram o que agora vemos em fotos oficiais. Ou seja, uma picape com cara de picape – linhas retas, frente alta inspirada na F-150, colunas “C” verticais e lanternas traseiras retangulares. Por conta da construção monobloco, não há emenda entre a caçamba e o restante da carroceria, mas a Ford não se rendeu à silhueta mais arrojada da Hyundai Santa Cruz ou, para citar um exemplo nosso, da Fiat Toro.
O lado de dentro aproveita alguns componentes importantes do Bronco Sport, como o quadro de instrumentos misto (mostradores analógicos e uma tela colorida no meio), os comandos do ar-condicionado, os botões físicos da central-multimídia (uma boa ideia que poderia ser adotada por mais carros), parte do console central e o volante. A identidade visual, porém, é própria, com novas linhas para o painel – que tem saídas de ar horizontais, e não verticais como no Bronco Sport – e para os revestimentos de porta.
Em dimensões, a Ford Maverick fica abaixo da Ranger, mas não tento: ela tem 5,07 metros de comprimento contra 5,35 metros da Ranger. A caçamba tem 1,37 metros de comprimento, enquanto a Ranger de cabine dupla tem 1,54 metros de caçamba. E o entre-eixos tem 3,07 metros contra 3,22 m da Ranger. Se números brutos não te dão muita noção (pouca) da diferença, o gráfico abaixo pode te ajudar:
Nos Estados Unidos, a Ford Maverick será vendida em três versões: XL, de entrada, voltada a trabalho; a intermediária XLT; e a Lariat, versão de topo. Todas vêm de série com o mesmo powertrain, composto por um motor 2.5 de 164 cv, mais um motor elétrico de 128 cv, para entregar potência combinada de 193 cv. O câmbio é do tipo CVT e a tração é dianteira.
Também será possível escolher o motor 2.0 turbo Ecoboost, de 253 cv a 5.500 rpm e 38,3 kgfm de torque a 3.000 rpm, ligado a uma caixa automática de oito marchas com tração integral. Quando equipada com o powertrain híbrido, a Maverick tem suspensão traseira por eixo de torção. Com o motor 2.0 turbo e tração integral, o arranjo traseiro é do tipo multilink.
Como dissemos mais acima, a Ford quer conquistar um novo público com a Maverick e selar sua mudança de direcionamento. Tanto é que, durante a apresentação, as variantes híbridas foram comparadas ao Honda Civic em conforto, acabamento e consumo de combustível. A Ford fala em 17 km/L na variante híbrida, com autonomia acima dos 800 km em condições ideais.
Produzida no México, a Ford Maverick deverá começar a ser entregue aos primeiros compradores no último trimestre. A prioridade será atender o mercado local, e por isso a Maverick deve levar mais algum tempo para desembarcar no Brasil – provavelmente em algum momento de 2022.
O que nos trás, enfim, à questão: como ela ficará posicionada no nosso mercado? Com base nos preços lá fora, temos alguns palpites.
A Ford Maverick vem sendo tratada como rival da Fiat Toro no Brasil – afinal, trata-se de uma picape intermediária. Porém, ela usa a mesma base do Ford Bronco e tem um conjunto mecânico mais sofisticado em ambas as versões, além de provavelmente contar com um nível de construção e acabamento superior, além de contar com um powertrain híbrido que a coloca em outro patamar.
Por outro lado, seus preços extremamente competitivos nos Estados Unidos têm chance de possibilitar uma estratégia de preços razoavelmente agressiva, ainda que improvável. Considerando que o Ford Bronco custa R$ 263.000 no Brasil, praticamente o dobro do preço nos EUA em conversão direta (R$ 135.500), a mesma lógica aplicada à Maverick resulta em algo na casa dos R$ 200.000.
Com isso, a Ford teoricamente tem condições de criar um “pacote Brasil” para a picape Maverick, e ao menos tentar roubar alguns compradores da Fiat Toro em sua versão de topo – a Ultra, que atualmente parte de R$ 187.490 com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm de torque. Apesar de custar mais, a Ford Maverick oferece um conjunto mecânico mais refinado, uma plataforma consideravelmente mais atual, e é razoavelmente maior em dimensões – a Fiat Toro mede 4,94 metros de comprimento (13 cm a menos que a Maverick) e tem entre-eixos de 2,99 m (8 cm menor).
Considerando que a chegada da Maverick ao Brasil deve levar um pouco mais de tempo, a Ford terá uma boa janela para definir sua estratégia.
Bugatti Chiron Super Sport é apresentado com motor de 1.600 cv e terá 9 unidades produzidas
A Bugatti apresentou nesta semana o novo Chiron Super Sport. Não, não é um déjà vu: trata-se, na verdade, da segunda vez que o hipercarro com motor de 16 cilindros recebe o sobrenome. A primeira vez aconteceu em 2019, quando a Bugatti lançou o Chiron Super Sport 300+ como versão “de rua” do carro que chegou aos 490 km/h naquele ano.
Na ocasião, foram feitos 30 exemplares do Chiron Super Sport 300+, que tinha a mesma traseira alongada do protótipo recordista e um motor W16 quadriturbo mais potente, de 1.600 cv e 163,1 kgfm de torque. Agora, o Super Sport retorna ainda mais exclusivo, com só 9 exemplares, e as mesmas modificações no powertrain e na carroceria.
A diferença é que, desta vez, a Bugatti diz que o novo Super Sport é o ultimate grand tourer – um carro feito para viajar da forma mais rápida e confortável possível. Ele tem desempenho absurdo, sendo capaz de ir de zero a 100 km/h em 2,4 segundos, de zero a 200 km/h em 5,8 segundos, de zero a 300 km/h em 12,1 segundos; com máxima de 440 km/h; e ainda recebeu um capricho extra no acabamento interno, que tem couro, alumínio escovado e fibra de carbono em quantidades generosas.
Serão feitos apenas 9 unidades do Chiron Super Sport, com as primeiras entregas marcadas para o início de 2022.
Jaguar F-Pace renovado chega ao Brasil por R$ 464.000
A Jaguar aproveitou o começo da semana para anunciar a chegada do novo F-Pace ao Brasil. O SUV de luxo vem reestilizado, com novos faróis e lanternas, para-choques redesenhados, e vincos mais pronunciados no capô. Por dentro, há a nova central multimídia Pivi Pro da Jaguar, com tela de 11,4 polegadas.
A maior novidade, porém, está no cofre: agora, em vez do 2.0 turbo AJ200 de 250 cv e 37,2 kgfm, o F-Pace vem com o seis-em-linha Ingenium P340, também turbo, com 340 cv e 48,9 kgfm de torque. O motor é sempre acoplado a uma caixa automática de oito marchas com tração integral permanente.
O conjunto está disponível em três versões do F-Pace: a de entrada S, que custa R$ 463.750; a intermediária R Dynamic S, que custa R$ 474.850; e a de topo R Dynamic SE, que parte de R$ 510.550. Fora estas, há o F-Pace SVR, que é o único com motor V8 supercharged de 550 cv e 71,4 kgfm – e está em outro nível de preço, partindo de R$ 725.950.
Lamborghini Sián FKP 37 ganha versão de Lego em tamanho real
Se você acha que os kits da linha Lego Technic são fáceis demais, espere até ver este Lamborghini Sián feito de Lego em tamanho real. O carro foi feito pela empresa dinamarquesa em parceria com a própria Lamborghini.
Para isso, foram usadas nada menos que 400.000 peças de Lego da linha Technic, sendo 154 tipos diferentes – dos quais 20 foram criados especificamente para este carro. O peso total é de 2.200 kg – mais pesado que um Aventador, que fica na casa dos 1.800 kg.
O carro tem rodas e pneus de verdade, além de luzes funcionais, mas todo o resto é feito de Lego – incluindo o interior, com volante, console central, painel e bancos. Até os discos de freios foram feitos com blocos de plástico. O Lamborghini Sián de Lego só não tem motor funcional, e não dá para entrar nele porque as portas não abrem.
Aparentemente não há nenhuma razão especial para a parceria – o kit de Lego Technic do Lamborghini Sián foi lançado no ano passado, já há alguns meses, então provavelmente foi apenas uma maneira de passar o tempo. Mas que ficou bacana, ficou.
Renault mostra Mégane E-tech, seu novo crossover elétrico
O mais novo crossover elétrico do pedaço tem um nome conhecido: é o Renault Mégane, agora com o sobrenome E-Tech. O carro foi apresentado hoje (8) pela Renault, já com a carroceria definitiva, mas ainda com camuflagem, e deve ser revelado por completo até o fim de 2021.
O Mégane E-Tech faz parte da iniciativa Renaulution (de “Renault” e “Revolution”) para retomar o crescimento nos próximos anos. Visualmente, ele tem uma silhueta semelhante à do Captur, porém com formas mais robustas e sofisticadas. Os faróis são finos e horizontais, bem como as lanternas, e a camuflagem faz seu melhor para esconder os vincos e dobras da carroceria.
A maior novidade é o fato de o E-Tech ter entrado agora na fase de pré-produção. A Renault diz que 30 unidades serão fabricadas para iniciar os testes de rodagem no mundo real – mais um indício de que o lançamento oficial está próximo.
Em termos de powertrain, o Mégane E-Tech terá um motor elétrico de 217 cv, alimentado por uma bateria de 60 kWh. Segundo a Renault, é o bastante para garantir autonomia de 450 km com uma carga.