Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
França quer banir carros a combustão até 2040
Se você achava que morreria sem ver o fim dos carros a combustão, talvez seja melhor se acostumar com a previsão de Bob Lutz, de que os carros serão como o hipismo e a equitação hoje em dia. O governo francês anunciou nesta semana que tomará medidas para proibir as vendas de carros a gasolina e diesel até 2040.
Parece longe, não? Mas são apenas 25 anos. Você terá a idade dos seus pais quando isso acontecer.
O anúncio é parte do plano ambiental apresentado pelo ministro do meio-ambiente francês, Nicolas Hulot, e reflete o desejo do novo presidente Emmanuel Macron de tornar a França “um líder no combate às mudanças climáticas”.
À agência de notícias AFP, Hulot disse que o fim das vendas dos carros a gasolina e diesel seria “uma verdadeira revolução” e que o banimento da combustão nos transportes é uma “questão de saúde pública”.
Segundo o plano ambiental da França, o setor dos transportes é o maior produtor de gases do efeito estufa naquele país, mas a adoção de carros elétricos poderá reverter esse quadro. E para quem acha o plano ambicioso, Hulot ainda lembrou que a Noruega e a Índia pretendem fazer o mesmo em um prazo muito menor: o país nórdico quer acabar com os motores a combustão até 2025, e os indianos acham que vão fazer isso até 2030.
De qualquer forma ainda há 22 anos pela frente, o que significa que até lá a França terá quatro eleições presidenciais e, no mínimo duas trocas de presidente.
Robert Kubica diz estar pronto para voltar à F1
Já faz longos seis anos desde que Robert Kubica se viu forçado a abandonar a Fórmula 1, depois de sofrer um acidente que feriu gravemente seu braço direito quando se divertia em uma prova de rali, em 2011.
Nas últimas semanas, contudo, o polonês de 32 anos finalmente voltou a ter contato com os monopostos, ao pilotar um Renault E20 em testes e no Goodwood Festival of Speed. A experiência foi tão animadora para Kubica, que ele chegou a afirmar que está pronto para voltar a Fórmula 1 e que há boas chances de isso acontecer.
Em entrevista ao site Speedcafe durante o festival de Goodwood, Kubica disse que seus problemas de confiança ao volante do F1 desapareceram em três voltas e que ele nem considerou sua adaptação ao carro uma verdadeira adaptação.
Para que Kubica pudesse pilotar sem problemas, devido à limitação de movimentos dos dedos de sua mão direita, a equipe francesa precisou apenas adaptar alguns comandos do carro para que pudessem ser operados com a mão esquerda.
Ao ser questionado sobre suas chances de retorno, Kubica reagiu de forma otimista: “Se me perguntassem quais eram as chances reais de retorno antes do teste, eu diria que tinha 10% ou no máximo 20% de chances. O relógio está correndo — não só na classificação, mas também estou ficando mais velho. […] Mas como sou realista, vou manter os pés no chão e dizer que tenho 80% ou 90%.”
Fernando Alonso já não acredita mais nos motores Honda
Já conformado com a impossibilidade de ser competitivo em curto prazo, Fernando Alonso já está chutando o balde em suas declarações sobre os motores Honda. Depois de anunciar um “ou eles ou eu”, ele agora declarou não acreditar na possibilidade de melhorar o desempenho com as mudanças promovidas pela fabricante para o GP da Áustria. E disse isso de um jeito um tanto ácido.
Questionado sobre as mudanças pelo site Autoweek, Alonso disse: “Acho que o motor serve para a equipe publicar uma nota à imprensa, mas é praticamente o mesmo. Qualquer upgrade é bem-vindo, mas não houve mudança alguma nesse novo motor. Já o testamos nos treinos de Baku, mas ficamos em último e penúltimo.”
Na mesma entrevista Alonso foi questionado sobre o que ele espera do motor para o GP da Áustria. A resposta foi digna dos melhores dias de Kimi Raikkonen: “Nada”.
Fernando Alonso está nitidamente de saco cheio com a Honda e com a McLaren — que está aos poucos se tornando uma sombra do que foi um dia.
Aston Martin não irá vender o Valkyrie a especuladores
A ideia de oferecer modelos limitados a clientes VIP é uma prática comercial saudável em termos de relacionamento com o cliente e também bastante lucrativa para a empresa. É uma relação em que todos saem ganhando: a empresa agrega mais valor à sua imagem e o cliente se sente prestigiado por sua fidelidade e admiração. O problema é que boas ideias sempre acabarão deturpadas, e no caso dos modelos exclusivos, quem estraga tudo são os clientes VIP que se aproveitam de sua posição para faturar milhões de dólares com isso. É mais ou menos como vender seu lugar na fila do INSS, só que em uma versão super-premium.
A prática é nociva principalmente porque os valores fundamentais da marca acabam postos em segundo plano. Você já teve a impressão de que as Ferrari ultimamente têm sido compradas por ricos sem noção que não entendem picas sobre a grandeza da marca? É mais ou menos isso.
A Porsche já declarou que irá combater os clientes VIP especuladores e agora a Aston Martin declarou abertamente que irá cancelar o convite aos clientes que pretendem apenas fazer uma pequena fortuna com o Valkyrie.
Um fã da Aston Martin escreveu um tweet direcionado ao CEO da marca, Andy Palmer, pedindo que a marca, “em nome dos verdadeiros entusiastas”, pusesse um fim à prática (chamada de flipping, em inglês), depois de encontrar um post do site Pistonheads que noticiava o anúncio de uma das 175 vagas na lista de compras do Valkyrie.
I doubt they have a slot, but if they do and we identify who flipped, they lose the car. If they flip, then they never get another special.
— Dr. Andy Palmer (@AndyatAuto) July 4, 2017
Surpreendentemente, Palmer respondeu ao fã, dizendo duvidar que o anunciante esteja na lista de clientes, e que, caso ele esteja, “ele nunca mais terá acesso a outro modelo especial”.
Convenhamos: um milionário (ou bilionário) que tenha dinheiro sobrando para se tornar cliente VIP da Aston precisa mesmo de um ou dois milhões que a venda renderia?
Polícia de Los Angeles prende 109 pessoas em racha
Oscar Wilde escreveu certa vez que “a vida imita a arte mais do que a arte imita a vida”, embora a arte seja inspirada na vida real. No primeiro “Velozes e Furiosos”, a ideia de que centenas de carros e rachadores fechassem as ruas para realizar suas corridas ilegais sem chamar a atenção da polícia parecia um tanto absurda, mas uma operação realizada nesta semana em Los Angeles mostrou que essas reuniões são perfeitamente possíveis. A única diferença é que, na vida real, ninguém escapou dos tiras.
A polícia de Los Angeles deteve nada menos que 109 pessoas que participavam de um evento de rachas em um complexo industrial nos arredores da cidade. O complexo, apesar de ter milhares de operários durante o dia, torna-se um bairro completamente deserto durante a noite, sem nenhum morador para denunciar o evento. Apesar da discrição dos participantes, o movimento de centenas de carros se dirigindo para uma região sem pontos de interesse durante a madrugada, chamou a atenção da polícia, que organizou a operação e acabou flagrando os rachadores.
Segundo o site da rádio local KTLA5, das 109 pessoas detidas apenas sete foram flagrados disputando as corridas; os outros 102 participantes (dos quais 17 eram menores de idade) eram somente espectadores.
Lanzante revela vídeo com os preparativos do McLaren P1 GTR para Nürburgring
Você deve lembrar que o Lanzante McLaren P1 LM — uma versão de rua do P1 GTR — quebrou o recorde de volta em Nürburgring Nordschleife entre os carros fora-de-série e depois voltou rodando para a Inglaterra, provando que é um “street legal” de verdade capaz de fazer a volta em 6:42,3.
A afirmação foi questionada por leitores e até eu fiquei cético quanto ao fato de o carro voltar rodando mesmo, mas agora a Lanzante mostrou as cenas do carro sendo modificado e preparado para o recorde e da viagem de volta para a Inglaterra pelas estradas, tomando chuva em meio a outros carros e caminhões. Um feito tão impressionante quanto seu tempo de volta, considerando a altura de rodagem, a altura do splitter e o tamanho da asa traseira.