Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Polo GTS terá motor 1.4 TSI
Quando a Volkswagen anunciou que o Polo e o Virtus ganhariam uma versão GTS, o público logo imaginou como seria legal se o modelo ganhasse o motor 1.4 TSI para honrar a sigla. À primeira vista parecia improvável, afinal, a Volkswagen ultimamente não se preocupou em fazer upgrades de performance em seus modelos GT, Sportline e afins — vide o Polo GT da geração passada. Mas em uma decisão surpreendente, o presidente da Volkswagen no Brasil Pablo Di Si, declarou que os novos GTS usarão o motor 1.4 TSI.
O executivo foi entrevistado pelo Portal G1, que fez a pergunta que todos queríamos saber. Inicialmente ele disse que a marca iria trabalhar com os motores TSI, mas isso poderia significar que o carro ganharia decoração esportiva e o mesmo 1.0 TSI “200” da versão de topo do Polo/Virtus. Contudo, mais adiante na entrevista Di Si deixou claro que o motor usado seria o atual 1.4 TSI da marca, que equipa Golf e Jetta. Não há detalhes sobre a configuração do motor, mas tanto no Golf quanto no Jetta ele produz 150 cv e 25 kgfm. Considerando que o Polo pesa menos de 1.150 kg em sua versão mais pesada, estamos falando de uma possível relação peso/potência de 7,66 kg/cv e uma aceleração de zero a 100 km/h na casa dos oito segundos, dado que o Golf de 1.220 kg precisa de 8,5 segundos para fazer o mesmo.
A Volkswagen não mencionou nada sobre a transmissão, mas é pouco provável que ele use o câmbio manual da versão 1.6 MSI, por isso aposte no câmbio automático de seis marchas das versões 1.0 TSI. Ainda não há data para a estreia dos carros, mas esse ano temos o Salão do Automóvel em novembro, que seria o lugar perfeito para apresentar a volta da sigla histórica no Brasil.
Range Rover ganha versão cupê
Houve uma época em que um cupê era um carro de duas portas com teto fixo e dois lugares ou com configuração 2+2, mas um dia a Rolls-Royce inventou que conversíveis poderiam ser cupês com seus “Drophead Coupé”, e depois a Rover decidiu que seu sedã com teto em queda na traseira também poderia ser um “cupê de quatro portas”. Foi assim que praticamente qualquer variação de carroceria com a parte traseira do teto em queda acentuada se tornou um “cupê”, e isso inclui os SUV, como a BMW deixou claro ao lançar o X6.
Mas agora vem a Land Rover e traz de volta um pouco do sentido original da palavra (um pouco, ok?): seu novo Range Rover SV Coupé não é um carro de quatro portas com traseira truncada e teto em queda. Ele é uma versão mais curta, menos espaçosa e de duas portas do Range Rover Sport, e não compartilha com seu irmão de quatro portas nenhum componente da carroceria além do capô e da parte inferior da tampa do porta-malas.
E como se não bastasse, a Land Rover trouxe de volta até a pegada esportiva dos cupês originais, e deu a ele seu V8 5.0 supercharged de 585 cv que faz deste o Range Rover mais rápido da história, com 5 segundos para ir de zero a 100 km/h e velocidade máxima de 265 km/h. E não para por aí: o SV Coupé tem portas sem arcos das janelas que se fecham eletricamente como em um Rolls-Royce, bancos de couro que podem ser personalizados completamente pelo proprietário — e até usar acabamentos diferentes na dianteira e na traseira, além de um console central de madeira que divide o ambiente em duas metades como os legítimos cupês dos anos 1950 e 1960.
Infelizmente o modelo não será uma constante na linha da Land Rover: serão feitos apenas 999 exemplares — todos construídos à mão pelos artesãos da Jaguar-Land Rover SVO. Os preços partem de US$ 295.000, algo em torno de R$ 950.000 em conversão direta.
Aston Martin Valkyrie ganha versão de pista com 1.100 cv
Além do Senna GTR, quem também mostrou uma versão de pista de um hipercarro foi a Aston Martin, que levou a Genebra o Valkyrie AMR Pro, que ganhou mais potência e um projeto aerodinâmico ainda mais avançado.
Para começar, ele superou a relação peso/potência de 1 kg/cv proposta para o Valkyrie convencional (“convencional”…) depois que seu V12 6.5 passou a produzir 100 cv a mais que no modelo base, chegando a 1.100 cv. O peso foi reduzido para ainda menos de 1.000 kg, o que resulta em uma relação peso/potência melhor que 0,9 kg/cv. É como se cada cv levasse um pote de sorvete. Mas o principal avanço é o projeto aerodinâmico, que gera mais de 1.000 kg de downforce. Como resultado, a Aston Martin diz que o carro é capaz de igualar os tempos de volta de um LMP1.
A redução de peso de um carro que já é leve exigiu um processo de construção diferente para seus paineis de fibra de carbono. Além disso, os vidros foram todos substituídos por policarbonato. O AMR Pro também adotou braços da suspensão de fibra de carbono, mesmo material dos bancos.
Com a redução de peso e o aumento de potência, o Valkyrie AMR Pro passou a chegar aos 362 km/h de velocidade máxima e pode gerar mais de 3 G de aceleração lateral. Serão feitos somente 25 Valkyrie AMR Pro, que serão entregues aos seus proprietários a partir de 2020. Agora… será que a Aston não pensa em colocá-lo para correr como a McLaren?
Zenvo apresenta TSR-S com quase 1.200 cv
Além do McLaren, do Rimac, do Aston e do Bugatti, o outro hipercarro que deu as caras em Genebra foi o Zenvo TSR-S. Como o Senna e o Valkyrie, ele também tem inspiração nas pistas, embora seja feito para as ruas.
Para começar, a Zenvo modificou seu V8 com um virabrequim plano e três superchargers para produzir nada menos que 1.177 cv. Depois a carroceria passou a usar todos os paineis de fibra de carbono, mantendo o monocoque de alumínio e aço. O resultado não é dos mais leves — são 1.495 kg, mas com quase 1.200 cv, ele consegue acelerar de zero a 100 km/h tão rápido quanto o McLaren Senna: 2,8 segundos. Para chegar aos 200 km/h são necessários mais quatro segundos. A velocidade máxima é 325 km/h.
Agora imagine a experiência sonora do carro: V8 de virabrequim plano, três compressores e um câmbio de sete marchas com engrenagens de dentes retos. Deve ser como um protótipo da Can-Am dos anos 1970 rasgando seus tímpanos.
Como um bom track special, o Zenvo TSR-S ainda usa uma asa traseira ativa, e não tem ar-condicionado, nem rádio, nem airbags. E seus bancos são de fibra de carbono com cintos de seis pontos.
Renault Kwid terá versão aventureira em 2019
A Renault confirmou nesta semana que o Kwid (apesar de ser “o SUV dos compactos”) terá uma versão aventureira no início de 2019. Provavelmente situada no topo da linha, ela será largamente baseada no Kwid Outsider que foi apresentado no Salão de São Paulo em 2016.
Como vimos no conceito, ele terá protetores de para-lamas maiores, para-choques mais parrudos e barras longitudinais no teto, como um rack. Não sabemos se será funcional ou meramente decorativo. As rodas também deverão ser maiores, de 15 polegadas, e terão design exclusivo da versão. O modelo está previsto para janeiro de 2019 e deverá ser revelado em novembro, durante o Salão do Automóvel.