FlatOut!
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Pensatas Zero a 300

Por que eu troquei meu carro antigo por um carro “moderno” (mas nem tanto)

Pegar a chave do carro, ir até a garagem. Forçar a porta para conseguir abrir, pegar o cinto que está todo enrolado ao lado do banco (porque os cintos não são retráteis), sentar, bater o joelho no volante. Virar a chave. Lembrar que precisa injetar gasolina. Virar a chave de novo. Ouvir o motor de partida vacilar e pensar "a bateria!". Tentar mais uma vez. Bombear o acelerador, ouvir o motor pegando, prestar atenção no ronco. Quando estiver minimamente estável, conservar o acelerador levemente pressionado. Acender um cigarro. Esperar mais dois minutos, por precaução. Pronto, podemos ir. O parágrafo acima está menos para uma descrição poética de como é ter um carro antigo e mais para uma longa lista de obrigações. E era assim sempre que eu queria sair de carro com o Robso, meu Gol LS 1985 com motor 1.6 a álcool. De seus 81 cv de fábrica, calculo que 60 ainda estavam ali. Os outros foram embora junto com a saúde do carburador, que estava com a base quebrada, oxidada e funcionando, não