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Project Cars Project Cars #78

Preparação do Renault Clio: hora de fazer o swap de 1.6 para 2.0 16V!

Eai galera, tudo em ordem? Primeiramente eu gostaria de agradecer toda a repercussão, as palavras de apoio, o interesse e tudo de bom que a minha primeira postagem do Clio 2.0 foi capaz de proporcionar. Fiquei imensamente feliz em ver que vocês, leitores e entusiastas automotivos ficaram interessados e felizes em ler o meu projeto. Mas chega de lenga lenga e vamos ao que interessa!

Voltando um pouquinho ao inicio da minha história, mais precisamente em meados de 2011, conheci a galera do Renault Clube Brasil que, ao longo de oito anos de existência conseguiu reunir uma base de conhecimento gigantesca de upgrades, dicas e artigos técnicos relacionados a Renault. Sem dúvida isso foi fundamental para as minhas tomadas de decisões relacionadas ao Clio. E foi em meio a essas leituras que fiquei sabendo um pouco mais sobre a história do modelo e fui devidamente apresentado à família Renault Sport, que é a base principal do meu projeto (para quem não sabe, as versões Renault Sport do Clio na Europa foram equipadas com motor 2.0 16V de 172cv e 20,4kgfm na Fase I, lançada em 2000, e 182cv na fase II, lançada em 2004).

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Depois das minhas leituras, fiquei por meses com um dilema entre turbinar o 1.6 ou partir para o swap. Continuei pesquisando, fiz contas, reli tudo o que eu já tinha visto, conversei com um, conversei com outro, li depoimentos, estudei as alternativas de peças, as manutenções periódicas até que (finalmente) bati o martelo… vou para o swap!

Por trabalhar com projetos no meu dia a dia, acabo sendo metódico ao extremo com meus objetivos pessoais, para que eles aconteçam no tempo e no orçamento que eu planejo. Sendo assim, criei uma planilha na qual coloquei todas as peças que seriam necessárias para o swap. Ao longo de 11 meses, fui juntando grana e na medida em que ia achando as peças, comprava e dava baixa no meu controle.

Minha busca pela mecânica ideal não foi fácil, pois para fazer o swap da maneira “mais simples” possível, é necessário utilizar um modelo específico de motor que só é encontrado nas Scenic RXE e nos Meganes argentinos até o ano de 2003. Com este filtro a busca fica mais complicada. E é aí que entraram duas pessoas que foram essenciais para o sucesso dessa etapa. Conversando com meu amigo Rapha Chileno sobre a minha luta em achar um motor em perfeitas condições num preço justo, tive a feliz noticia que havia o motor ideal para mim: um F4R (a sigla dos motores 2.0 16V Renault) com 10.000 km rodados, completo e em ótimo estado, perfeito para mim. Com um pequeno porém: ele estava a 600 km de casa (moro na capital de São Paulo), na cidade de Belo Horizonte.

Em agosto de 2013 começamos as discussões e planejamentos para viabilizar o swap. O Bruno (amigo e então dono do motor), com seu vasto conhecimento em Renault, me deu todo o apoio ao me ajudar na aquisição das peças que precisavam para deixar o motor 100%. Daí para frente, foram dois meses comprando peças de acessórios do motor (alternador, bomba de direção hidráulica, compressor de A/C, suporte de acessórios, bicos, flautas, etc.) e programando seria executado o swap.

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Como o motor e a maioria das peças já estavam em Belo Horizonte, não vi necessidade de trazer tudo para São Paulo e decidi que a maneira mais fácil seria ir para lá com “o carro e a coragem”. Programei tudo para outubro, quando se iniciavam as minhas férias do trabalho.

Com tudo comprado, férias marcadas e dias planejados, chegou a hora de partir. Saí de são Paulo numa tarde sexta-feira juntamente com o grande amigo raphael, viagem tranquila, sem stress e nenhum susto. Chegando a Belo Horizonte, fomos recepcionados pelo grande amigo Bruno que desde o inicio deu toda a força para que essa aventura toda pudesse se tornar realidade, além de nos hospedar na sua casa com o maior prazer.

Levamos cerca de doze horas entre o sábado e o domingo para concluir toda a montagem do F4R fora do cofre e a instalação no carro. Não tivemos dores de cabeça com itens adicionais, pois durante meses fomos reunindo todas as peças e tive o privilégio de contar com todo o know how do Bruno e da SR de Belo Horizonte. Não tenho palavras para agradecer todo o apoio da galera.

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Depois de todo o trabalho, a expectativa de ligar o carro e vê-lo funcionando era tremenda. Não me continha de ansiedade para ver todo o trabalho em ação, mas com certeza valeu a pena: deu tudo certo e nem durante os testes em Belo Horizonte e muito menos na volta para São Paulo, tive problemas com o carro. Foi só alegria!

É isso aí galera. O carro ainda está com a montagem inicial (coletor de copa clio 4×1 + escape de 2,5″ direto, injeção original do 1.6 e sem acerto fino), porém já estou dando continuidade nas aquisições de peças para a montagem da injeção e acerto fino para aproveitar todo o potencial do motor e da relação peso x potencia que o carro ganhou com o swap. Novidades virão, muito em breve.

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Abraços!

Por Diego Santiago, Project Cars #78

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