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Project Cars Project Cars #236

Project Cars #236: a história do meu Peugeot 205 1.6 16v

E aí, rapaziada?  Cá estou eu novamente, graças a vocês! A maioria por aqui já me conhece (pelo meu outro Project Car). Sou o Marley e voltei aqui pra contar a história do meu daily driver, um Peugeot 205 XSI 1997 (a lenda), que comprei no início de 2014 depois de uma longa briga pra conseguir achar um e ter dinheiro ao mesmo tempo! Sem muita enrolação, vamos aos fatos, né?

Francês de novo, cara?

Infelizmente, há coisas que não têm como mudar, e essa é uma delas, em mim. Apesar de todas as dores de cabeça, todas as zoações etc., eu gosto desses croissants que têm muito “computadô”, segundo os mecânicos por aí.

Estava com o 306 como daily por pouco mais de um ano, como tinha contado no PC dele. Aí apareceu um 207 quase igual ao anterior que eu tive e abracei como daily. Usei por uns meses e consegui convencer minha noiva a vender o Celta dela, pagamos algumas coisas, pois já morávamos juntos, e aí me veio aquele estalo: “Vou dar o golpe!”. Tomara que ela não leia isso (brincadeira claro!)… O estalo foi: vou voltar a procurar um 205! E assim foi: voltei a entrar em contato com um conhecido de fórum, negociamos alguns dias e fechei com ele.

Se tratava de um 205 XSI 1997 verde com 90 mil e poucos quilômetros rodados, em bom estado, pelo menos por fotos. Os XSI são 1.4 monoponto de 75 cv, pra quem não sabe. Já têm ar-condicionado e vidros elétricos, só não têm direção hidráulica, mas, pro tamanho do carro, isso é irrelevante. Enfim, estava virado numa Rayovac: precisava ir buscar logo o novo brinquedo!

 

Croissant trip!

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Bom, num domingo, às 4h da manhã, parti com destino a São Paulo em companhia da minha noiva e um casal de amigos, Bruno e Morghana. Nos primeiros três minutos de trip, as mulheres dormiram. Só pra constar que isso é padrão de mulher e sei que vocês compartilham do mesmo sentimento de raiva que tenho (ainda vou acabar apanhando por isso).

Enfim, chegando lá, dei uma olhada no carro e aí me liguei na m#@$ que estava fazendo. Não a compra em si, mas sim pegar 600 km com um carro 1997 que eu nem conhecia. A pilha era tão maior que relevei até os problemas que encontrei depois no carro.

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Os 600km até a minha casa foram tranquilos e divertidos. A dinâmica e a diversão ao volante do carrinho eram o que eu esperava. Sabem o que eu pensei nessa hora?

– C*****! PRECISO DE OUTRO DAILY!

Mas permaneci firme perante os amigos, o discurso sempre foi: NÃO! Esse vai ser original!

Ledo engano.

 

Hora da diversão!

Carro em casa. Era hora de dar aquela geral — que o cara faz até depois de ser atropelado, se for preciso, de tão feliz que está.

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Desmontei todo o interior para limpar e reapertar muita coisa que estava solta (obs: o copo em cima do carro é suco natural!), depois mandei para loja de um amigo pra fazer uma higienização completa. Também aproveitei e fizemos o isolamento acústico completo. Pena que disso eu não tenha fotos.

Feito isso, passei para a parte mecânica. Desmontei tudo o que deu do motor para limpar, conferir, reapertar e, é claro, dar um upgrade, se fosse possível…

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Nesse caso da mecânica, fiz o seguinte:

– Tirei o coletor de escape, limpei tudo, dei uma checada nos dutos e colei de novo as juntas;

– Tirei o coletor de admissão e fiz o mesmo: limpei a entrada de admissão (“carburador, praticamente”), tirei o bico para limpar também e limpei os sensores todos dessa parte;

– Troquei o fluido todo de arrefecimento e fiz uma limpeza com produto apropriado;

– Revisei todos os fios e sensores, passei limpa-contato em tudo;

– Abri o cárter pra conferir o estado, parecia bom, fiz uma limpeza geral e montei de novo;

– Fiz a troca de óleo e de filtros, obviamente;

– Conferi suspensão e freios, também; em princípio, tudo ok;

Dei um talento também nas coisas de estética externa que estavam mais feias. O ponto mais feio eram os faróis de neblina. Dei uma lixada e depois passei uma tinta pra não enferrujar mais.

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Pronto, agora é dar um banho e o bicho fica alinhado!

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Agora é só usar!

Bom, passei a usá-lo como daily mesmo tendo muita gente próxima torcendo o nariz, até se acostumarem e começarem a olhar com outros olhos para o carrinho.

Anda muito bem, é econômico demais, tem ar-condicionado, é divertido de dirigir e, obviamente, ninguém quer roubar. Único problema dele é acharem que é um Uno ou um Fiesta. Fazer o quê!?

Fui fazendo alguns upgrades estéticos nele aos poucos: faróis de milha amarelos, repintei as rodas para um chrome shadow padrão da PSA… e foi aí que a coisa começou a perder o rumo!

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Criei minha marca nesse meio tempo. Vocês já devem ter percebido nos posts, nos adesivos etc.: a NonSense Riders Garage. Com o 205 em mãos, pensei mer… quero dizer, pensei em um projeto vitrine.

Junto com o Bruno, que tem um 106 pra daily, imaginamos um projeto turbo leve e confiável, para quebrar alguns paradigmas. E íamos executar isso nos dois pequenos carros, para serem as vitrines e vender projetos nessa linha por aqui na nossa região, mas…

 

Ahh a vida, a vida é uma caixinha de surpresas, já dizia Joseph Climber!

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Fui atrás das peças, desenhei o projeto e os resultados que eu queria. Comprei a turbina T2 Garret com coletor etc. Quem diria: um viciado em aspirado comprando um game shark. Tsc, tsc…

Até que, numa bela terça-feira à tarde, no delicioso trânsito da minha cidade, o pior pesadelo de qualquer motorista discreto, como eu, aconteceu: a p@#$ do carro morreu bem no meio da avenida.

Desci do carro com álcool e fósforo e empurrei o carro pro canto da pista. “Graças a Deus!”, agradeci por essa porcaria não ser um trambolho de 1.500 kg. Rezei pra todos os santos e tentei fazer funcionar de novo, porque sabia que aparentemente o principal pro carro funcionar estava ok. Um amigo passou por mim na hora e me ajudou. O carro pegou milagrosamente depois de quase fritar o motor de arranque. Toquei o mais rápido que pude para o lugar mais próximo em que poderia deixar o carro. Andei mais um quilômetro e morreu de novo, mas valentemente ele funcionou, andei mais um km e de novo. Nesse momento eu estava BEM CALMO, quase um budista dormindo depois do almoço, mas ele pegou e consegui chegar no destino.

Aí veio a parte mais legal: abri a tampa da admissão e parecia uma panela de strogonoff quentinho e delicioso, tirando a parte do aroma, claro.

Resumo é que fritou junta! Que beleza! Mas o importante é que, ao contrário do que dizem os manjadores por aí, o motorzinho aguenta, sim, pancada, tanto é que pegou quatro vezes mesmo com a junta frita e andou uns bons cinco quilômetros assim.

Então veio a dúvida: ponho fogo, explodo, arrumo e vendo, empalho ou só jogo no mato porque verde já é?

Fui tomar cerveja. Doses industriais de cerveja, aliás.

 

Que comece o jogo!

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Bom, agora começa a história do swap, que vou tentar contar bem no detalhe nos próximos quatro posts. Fiz tudo em casa, então cada ponto de dificuldade e de facilidade eu vou tentar expor aqui, para ver se, numa dessa, consigo incentivar alguns a tirar o projeto do papel, coisa que já acho que consegui com o PC do 306!

Vamo que vamo, galera! Mais uma vez, obrigado pela oportunidade que me deram em estar aqui!

Abraços!

Por Eurípedes Marley, Project Cars #236

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