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Project Cars

Project Cars #244: fender flares e a estreia do meu Chevette Hatch nas pistas

Estamos de volta com a história do meu Chevette Hatch com projeto voltado para as pistas. No último post falei sobre como iniciei essa aventura sem fim e de como me saí na primeira experiência em uma arrancada e um track day. Agora, chegou a hora de consertar um problema que quase me fez perder um pneu no track day.

Pois é, como muitos já esperavam e até comentaram no outro post, eu dei a minha cara a tapa mesmo com a reprovação de algumas pessoas, e sim, cortei os paralamas pra colocar os fenders flares, dos quais me inspirei neste Opel Kadett City (Chevette Hatch Alemão) preparado para as pistas.

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Porém, eu precisava escolher quais seriam usados no projeto. Pesquisei albuns no eBay porém o preço sairia elevado para mim na época, então os descartei e fui em busca de algo nacional e que fosse fácil de adaptar. Acabei ficando em dúvida entre os da linha Adventure da Fiat e os da Montana Geração 1. Acabei escolhendo os da Montana e agora faltou só criar coragem para fazer o corte e adaptações que eu achasse que ficariam legais. Os fenders da Montana eram bem grandes, porém encaixaram certinho nos arcos dos para-lamas do Chevette (coincidência, Chevrolet?). Mas após fazer o primeiro teste, particularmente achei desproporcional.

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Foi aí que eu e Daniel, um grande amigo de clube que estava me ajudando como sempre a dar vida às idéias, decidimos fazer alguns cortes, visando diminuir o tamanho dos fenders até que eles se ajustassem melhor as linhas do carro. Fizemos algumas medições e cortamos todos do mesmo tamanho, da medida que achamos mais harmonioso, pintamos de preto fosco e partimos pro corte da lata!

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Fomos cortando e já fazendo as furações para deixar pronto cada lado que faziamos, até porque a ansiedade de ver pronto já batia em nós bem antes de comprar todo o material. A dianteira não teve dificuldade, cortada a lata, apenas aparamos as partes cortantes e fizemos a furação de acordo com o fender flare, que seria parafusado com porcas travantes, para que não tivesse perigo de folgar. Na foto abaixo vocês podem ver como ficou a parte frontal.

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Na traseira, ao cortar a lata, nos deparamos com duas latas vindas uma da lateral do carro e outra da caixa de roda, que se encontraram e formavam o paralama traseiro. Ao cortar, as chapas logicamente se desecontraram e o processo normal de todos que colocam fender flares na traseira, é o de soldar o local onde essas chapas se soltam para que não fique entrando água entre elas.

Ok, eu sabia disso, mas também sabia que precisava ter acesso para encaixar os parafusos que prendiam o fender com porca travante da mesma forma que a dianteira. Podia fazer isso e depois realizar a solda, mas um dia que eu quisesse retirar para trocar os fenders, iria ter que reabrir a solda, com risco de estragar pintura? Não. Colocamos o fender traseiro, parafusamos, e rebatemos o máximo a lata por dentro para que ela se juntasse a parte de fora, e deixamos simplesmente assim, para acesso facilitado no futuro. O carro é voltado para as pistas e eu não ligo pra o purismo exagerado, apenas que seja funcional e que me de liberdade de acesso na hora que eu quiser sem problemas maiores. E assim, finalizamos a instalação dos fender flares traseiros.

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Saí na mesma hora pra testar o carro em algumas curvas e ver se ainda estava pegando o paralama no pneu, e para minha alegria, estava tudo dentro do esperado, pneu livre pra fazer curvas sem medo de pegar na lata, função sobre forma! No track day também pude perceber que o banco original do chevette não me segurava nas curvas, onde eu balançava demais e não tinha apoio suficiente para me sentir confortável, como alguém que busca tempo na pista. Tive a oportunidade de fechar um pacote com um amigo de Pernambuco, e adquiri um banco concha com um cinto de quatro pontos da San Marino.

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O banco não é nenhum Bride ou Sparco, que já estão na lista para compras futuras, mas já me deu apoio suficiente para sentir que no próximo track eu não iria sofrer nas curvas e sinuosidades da pista. Nesse meio tempo também consegui adquirir algo que eu vinha procurando a um bom tempo para fechar o visual junto com os fender flares e deixar a traseira mais agressiva, a qual eu achava bem morta em relação ao restante do carro.

A peça é o spoiler traseiro do Chevette S/R, que pintei na mesma cor dos fenders, fazendo a cara do carro mudar completamente a ponto de algumas pessoas que só o viam de traseira, perguntar que carro seria aquele. Além disso instalei um eletroventilador universal no lugar do ventilador original, para ajudar na refrigeração do carro.

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Mais uma etapa da Arrancada e Track Day se aproximava e eu teria que dar um jeito novamente de levar o carro rebocado, já que não queria arriscar quebrar o carro e não ter como voltar a 250km de casa. Senti que eu precisava dar meu jeito e acabei por pesquisar várias formas de levar o carro rebocado. Por incrível que pareça, a forma mais prática, barata e rápida de se conseguir isso, foi adquirindo uma tow bar. Ela requer apenas que se coloque duas barras ligadas ao chassi do carro a ser rebocado (Chevette), onde é parafusava e encaixada no reboque do carro da frente, com toda a elétrica, como manda a legislação.

No próprio grupo do Garagem83, perguntei se o pessoal possuia uma para venda, já que a maioria lá rebocava seus carros até os eventos. Foi quando o Bruno Barros, piloto da Bahia me falou que tinha se mudado recentemente de Recife, e tinha deixado uma sem uso abandonada no seu flat, e caso eu quisesse poderia ir lá buscar. Aproveitei e no mesmo dia viajei de João Pessoa a Recife para buscar a peça. Fui no torneiro, fiz as adaptações necessárias já que ele utilizava a tow bar em um gol, com medidas diferentes, e saí de lá já rebocando o Chevette para casa. Toda a parte elétrica eu fiz na semana que antecedia as etapas de 14 e 15 de Março.

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Tive a grande alegria de contar com a ajuda de patrocinadores para cobrir alguns custos da viagem e inscrição, como o Portal CarangosPB, a loja Rodar Acessórios e também a Dantas Veículos, aquela loja de veículos usados da família, na qual falei no início do projeto.

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Chegamos bem cedo em Caruaru, onde pude participar de todo o treino que é aberto das 17:00 as 19:30, e ver se o carro se comportava como em Dezembro. Para minha surpresa, o carro estava baixando o tempo de pista para 11,464s nos 201m, e eu teria que verificar se a combinação reação + pista me deixaria na casa dos 12s para entrar na disputa assim como na última etapa. Acabei apostando novamente na 12s tentando atrasar um pouco a reação, mas fui mal sucedido e acabei em 6º Lugar, pois atrasei demais nas reações e em uma das puxadas fiz tempo abaixo de 12s, que é automaticamente desconsiderado. Brinquei na arrancada, mas o foco mesmo, era o track day no domingo.

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Chegamos no autódromo bem cedo para aproveitar todo o dia de pista livre, comecei fazendo algumas voltas mais lentamente, para pegar cada vez mais o traçado da pista, observando alguns pilotos mais experientes, e assim fui cada vez mais rápido em busca de tempo. Consegui entrar na casa dos 2,05, uma baixa de 5s em relação ao meu tempo anterior. Isso tudo ocorreu antes do meio dia, onde eu pude aproveitar para levar a namorada e alguns amigos para dar uma volta comigo no carro.

Foi aí que os problemas começaram, eu voltei pra pista sozinho em busca de baixar ainda mais tempo, e acabou que no fim da primeira curva a direita após a reta principal, estava com o pé no fundo e senti um estralo contínuo e o carro apagando, na mesma hora tirei o pé e sabia que tinha acontecido o pior. Esperei o reboque na pista e assim que o carro foi colocado nos boxes, abri o capô e… óleo no cofre inteiro. Sabia que não tinha mais jeito de correr, então fui aproveitar o resto do dia vendo os amigos na pista e deixando as preocupações pra depois. Sim, eu já tinha um plano B em mente!

Chegando em casa, recorri a ajuda de Daniel novamente e alguns amigos de clube para desmontar tudo na garagem do prédio. Em uma tarde já tinhamos desmontado o motor inteiro do cofre e ao desmontar o cabeçote do bloco, constatamos que os anéis tinham se alinhado, jogando todo o óleo pra cima e um dos pistões tinha fundido com o bloco.

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O Plano B vai ser contado em detalhes na próxima parte desta história, mas já posso adiantar para vocês o que vem por aí…

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Por Diego Matias, Project Cars #244

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