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Project Cars Project Cars #515

Project Cars 515: a história do meu Honda Civic Si Nighthawk Black

Por Giovani Marsaro, Project Cars #515

Fala, galera! Meu nome é Giovani Marsaro, mais conhecido como Gigio. Tenho 24 anos, moro em São José do Rio Preto/SP , tenho muita vontade de estudar jornalismo, e tenho um canal no YouTube, onde posto algumas atualizações sobre os meus projects, vídeos de encontros que participo, curiosidades e coisas afins. Mas como o foco não é o meu canal, vamos ao que realmente interessa. 

Desde meus 10/11 anos de idade, sou um protótipo de pessoa que pegou um amor incondicional por carros, sem aparente motivo. Não tenho muitas lembranças dessa época, costuma ser muito vago na minha memória entre meus 10 a 14 anos, onde tudo começou de verdade.

Como disse anteriormente, quando tinha 14 em 2008, foi onde tudo realmente começou de uma forma certeira! Meu pai naquela época tinha ddois carros: uma Volkswagen Quantum GL 1989 Bege Flash Metálico, carro que seria o meu primeiro meio de locomoção em 2015, e um Fiat Uno 1.5R 1987 Azul Itapema, carro esse que eu tive um amor platônico (não minto, tenho até hoje), foram os carros que coexistiram durante cerca de nove anos na mesma garagem, até a despedida do nosso tão querido e problemático Uno (conhecido como demolidor)

Vendido o Uno, em janeiro de 2008, meu pai deu um temendo salto tanto no ano, quanto na marca, modelo e tudo mais: comprou um Honda Civic, ano 2003/2003, modelo EX na cor Cinza Grafite. E ai que a minha verdadeira história com carros começava pra valer! Esse carro sem sombra de dúvidas, foi e até hoje é o maior motivo de tudo o que aconteceu na minha vida ter tido um motivo pra ocorrer… Aprendi muita coisa, fiz várias modificações (pequenas, mas fiz), conheci muita gente, fiz muitas viagens com ele e por aí vai.

Mas, evoluindo um pouco: depois da chegada do Civic, carinhosamente apelidado como Kitt, comecei a fuçar em tudo quanto que é lugar pra aprender mais sobre o novo carro.. Poxa, meu pai agora tinha um Honda! Isso até então, era algo inédito, pra quem estava acostumado a ter apenas marcas como Fiat e VW dentro de casa, esse carro era uma verdadeira nave espacial! Me lembro que em 2008 ele tinha 125mil km rodados, e foi paga a quantia de 34.000 por ele na concessionária Honda! Mas continuando, o bicho Hondeiro me mordeu e voilà: hoje só falta eu abrir um negócio só dessa marca, tamanha paixão que tenho pelos seus carros!

Tempo passa, chega minha hora de ter CNH: 2013 eu tiro carta, mas em 2015 tenho meu primeiro carro… Como disse anteriormente, comprei de um dos meus tios, após meu pai ter vendido pra ele, a nossa antiga Quantum GL 89. Foi um carro que eu tive por cerca de um ano e sete meses, e até o presente momento que escrevo essa parte da história, o carro que por mais tempo eu fiquei.

Nesse período por um bom tempo deixei de olhar pros Hondas como eu sempre fazia: tinha algo que me cegava de uma forma sem limites quando eu estava determinado a fazer algum tipo de serviço que levava muito tempo, e foi assim que foquei só na Quantum.. Minha ideia era transformar esse carro em um placa-preta, pois ela mantinha mais de 70% da pintura original, com pouquíssimos retoques. 

Em 2016 quando conheci um grande amigo, chamado Marcello, hondeiro véio do Honda Clube, que minha sina voltou e 10x pior do que era quando eu cuidava apenas do carro do meu pai. Conheci o sujeito que me trouxe de volta pra esse mundo! Ele tem um EJ1 EXS 95 Cinza Horizonte com swap pra B16, que sem sombra de dúvidas me deixou D O I D O!

Depois de muito aloprar o coitado (valeu, Marcellão) ele me ajudou a finalmente conseguir comprar o meu primeiro Honda. Achei em Campinas, em estado de abandono, um EJ1 também, porém aquele carro era uma salada de frutas! Se tratava de um EX 1994 Frost White, com bloco 1.5 e cabeçote D16Z6. Essa prática é conhecida como Minime, porém no meu caso foi invertido: em vez de trocar o cabeçote do Civic 1.5 pelo do 1.6, trocaram o bloco! O coitado chama de Gasparzinho, esse nome dado porque ele quase me transformou em espírito mais de uma vez com a quantidade de sustos que eu tomava dele! 

Finalmente: coloquei as rodas KR K57, molas JJ, Cold Air Intake. Esse carrinho andava demais! A cada pisada que eu dava era uma surpresinha diferente com ele! 

Até que eu resolvi correr atrás de algo mais novo, e fugir por uns tempos de dor de cabeça: passei esse carro pra um dos meus tios, e comprei um Civic EX 2003, com câmbio manual! Essa configuração é bem rara, ainda mais se tratando de um 2003. Porém foi uma escolha no impulso! Sempre me falaram, que o motor que equipa o civic de sétima geração não foi feito pra performance, e sim pra economia. Achando que o D17Z3 com câmbio manual iria me surpreender, tive uma enorme frustração, quando percebi que não era bem assim. Na busca desse carro, meu amigo Renato Galante que intermediou todo o processo da compra! Peguei o carro em São Paulo e vendi pra uma pessoa de lá mesmo… 

Carro vendido, esse foi o que por menos tempo fiquei: cerca de cinco meses. De volta à estaca zero.
Como desde os meus 14 anos, eu tinha uma meta de ter um Civic Si, eu não poderia logo com 18 comprar um, visto que naquela época o carro custava cerca de R$ 50.000 um do ano 2008. Então a meta era um dia ter um desse, mas não imaginava que seria tão cedo que isso aconteceria.

Então com o D17 vendido, me mudei para Brasília para ajudar minha irmã na reforma da casa dela. Estava sem carro, usando o EX do meu pai (o 2003), emprestado, visto que ele comprou em 2017, um Civic EXL, e o ES1 ficaria sobrando, logo fui com ele pra Brasília!

Logo que fui para lá tinha em mente que eu voltaria para São José do Rio Preto no prazo de quatro a cinco meses com um Si, ou assim que eu voltasse iria a busca de um pra mim! Isso era uma META, e não um simples desejo. Era um sonho de quase 11 anos! Semanas se passam, desde quando cheguei em Brasília, comecei a procurar nos grupos de face, OLX, WebMotors, tudo quanto que era tipo de classificados, um Si que coubesse dentro do futuro orçamento que eu tinha em mente, e que estivesse dentro do que eu planejava pelo menos.

Quando por volta do final da minha jornada em BSB, em meados de Setembro, meu amigo Thiago Prado, manda no nosso grupo do QG, um Si a venda em Brasilia, DF. Se tratava de um 2008, Nighthawk Black com 187.000 km rodados constando no anúncio.

Bem, eu até poderia pensar em ir ver o carro, mas como era preto, facelift pro 2009, eu logo fui só com a intenção de ir dar um rolê naquele carro, visto que estava seco de vontade de dirigir um, e queria apenas um Red, com banco em camurça. Fui ver o carro, porém antes pedi dicas e conselhos pra um grande amigo meu de lá mesmo.

Ele me disse algumas coisas que me deixaram realmente preocupado, como por exemplo: o carro já foi turbo, trocou o câmbio uma vez, no local onde a turbina ficava, na região de trás do motor, o “firewall”, ou parede corta fogo, teve um principio de incêndio na manta que divide o cofre com a cabine, dentre várias outras coisas que não gostei muito de escutar. Combinei de no próprio sábado, 08/09/2018, ir ver o carro. Peguei o Civic 2003, fui para Taguatinga, onde o carro se localizava, peguei um amigo meu, o Vitor Rocha, e fomos pro local combinado. Chegamos lá, e encontro o carro.

Não esquecendo antes de mencionar o principal motivo de ter ido ver o carro, foi o valor, que estava bem abaixo da tabela, teria muita coisa pra fazer então eu estaria novamente me enfiando em um buraco sem fundo, caso comprasse o carro. E como eu não consigo viver longe de uma boa dor de cabeça, estava decidido que gostaria de ter essa pra minha vida!

Cheguei para ver o carro e o estado geral dele era esse: 

À primeira vista, a realidade foi totalmente diferente das fotos que eu recebi pelo Whatsapp. O carro estava realmente com a pintura brilhando, mas por exemplo os bancos, se eu falar que são de camurça mas parecem couro, vocês acreditam? Riscos pra todos os lados, faltavam peças de acabamento do motor. Pensei comigo: Meu Deus, onde estou me enfiando! Vale a pena realmente?

Pedi a opinião do Vitor, ele me falou o mesmo que pensei: vale sim, mas vai ter que ter paciencia, pq ta com muitas coisas erradas e que vão precisar ser feitas. Ele levou um aparelho de medir a expessura da tinta, e mediu o carro inteiro pra mim! No geral, está bom, mas com o tempo vai piorar, já não está uma das melhores a pintura!

A realidade era que o carro precisava de carinho e muito cuidado a ser tomado, e eu na melhor das minhas boas intenções estava 100% disposto a trazer de volta das cinzas esse esportivo! Viro a chave no painel, já percebo algumas coisas erradas: falta do sensor de temperatura, pois essa não era mostrada no painel; luz do teto estava em curto, então foi feita uma gambi pra ela ascender as duas juntas de uma vez, cabo do capo já tinha sido trocado, pois o acabamento dele era de cor cinza, essa dos Civic LXS, LXL e EXS.

Andei nele, o carro parecia bem sóbrio: suspensão não batia, porem escutava-se uma lata solta no motor. Quando chegava nas 5.800 rpm, o VTEC entrava, e ele rosna que nem uma fera enjaulada. Engates precisos, cambio não raspa, porem sinto uma vibração enorme transmitida para a carroceria: coxins de PU… malditos coxins de PU! Voltamos pra casa do anunciante, falo que tenho real interesse e iria pensar sobre! Ajustando alguns pontos e tirando algumas duvidas, perguntei a mais algumas pessoas do meio de BSB, e falaram que se eu comprasse esse carro, estaria de duas uma: arrumando dor de cabeça, ou sendo um verdadeiro guerreiro!

Absolutamente ninguém dos que eu conversei por lá, compraria esse carro por saber de todo o passado sombrio que ele teve. Então chega o cara de outro lugar pra aceitar esse desafio? Será?

Volto pra minha casa, ligo para meu pai, converso com ele e sou presenteado pelo aval para o futuro: seria o proprietário de um Civic Si Nighthawk Black 2008! Aviso o dono do carro, que vou ficar com o veículo, e já começo a me preparar psicologicamente para segunda-feira, dia 10/09/2018!