Olá novamente amigos FlatOuters! Bem vindos de volta para mais um capítulo da saga da Caravela, meu Subaru Forester S Turbo. Nos capítulos anteriores contei um pouco da minha história e como encontrei, reencontrei e finalmente comprei meu carro, além de falar um pouco das (desagradáveis) surpresas ocultas e da manutenção inicial.
Depois de uma bela revisão o carro já estava quase em ordem. O quase ficou por conta do temido sensor MAF, que mede o fluxo de ar que entra na admissão e é um dos parâmetros que a ECU usa para calcular a quantidade de combustível que será injetada no motor. Esse sensor não é muito fácil de encontrar e na CAOA (representante oficial da Subaru no Brasil) só estava disponível sob encomenda (pelo menos três meses para entregar) e com os costumeiros preços exorbitantes.
Graças ao Google Street View, posso voltar até a concessionária Subaru nos EUA só pra tirar uma foto da fachada pra ilustrar este post
Felizmente, no início de 2014, fiz uma viagem aos EUA a trabalho e consegui dar uma escapada até uma autorizada Subaru, onde encontrei o sensor a pronta-entrega por razoáveis US$ 65, além de uma pequena peça de acabamento da porta, impossível de encontrar nova no Brasil, por menos de US$ 8. Gostaria muito de ter trazido muito mais peças, mas infelizmente a viagem foi muito curta e foi confirmada com quase nenhuma antecedência.
Sensor MAF, 100% original Made in Japan!
A peça é pequena, mas faz muita diferença na porta
O sensor MAF é extremamente simples de trocar. Só soltar um cabo e dois parafusos, tirar a peça velha, colocar a nova e prender de novo no lugar. Cinco minutos com o capô do carro aberto na garagem do prédio e pronto! Marcha lenta impecável, motor subindo o giro lisinho até o corte, andando mais e consumindo menos.
Localização do sensor MAF
Com o carro funcionando redondo, era hoja de dar um jeito no barulho… ou melhor, na falta dele.
Uma das características mais marcante dos Subaru é seu ronco peculiar, conhecido pelos fãs da marca como “boxer rumble”, o ronco grave e entrecortado, acompanhado pelo assovio da turbina. Curiosamente, e ao contrário do que o nome sugere e do que muitos acreditam, essa característica não advém da diretamente da configuração do motor com cilindros contrapostos (boxer), mas sim do comprimento desigual de cada metade do coletor de escape, uma vez que a turbina é montada atrás do motor deslocada para a esquerda.
Nesta foto de outro Subaru da para ver bem os canos que saem de cada bancada de cilindros e seu comprimento desigual
O Forester estava com todo o seu sistema de escape original, o que abafava quase que completamente o som do motor, bem diferente do meu antigo Impreza (cuja história eu contei no primeiro capítulo do ProjectTrip) que tinha apenas um abafador de D20 no final e todo o restante era livre. Assim, a primeira modificação foi retirar o abafador intermediário e posterior e substituir por um escape de três polegadas com apenas um ressonador no final. O ronco ficou muito mais encorpado, no limiar do que se tornaria desconfortável em longas viagens, mas berrando alto em giros elevados e soando grave na marcha lenta.
E ainda ficou bem bonito…
Para ilustrar este post fiz três vídeos rápidos, dois de dentro do carro e um de fora, parado. Infelizmente não tenho nenhuma gravação do som original, mas acreditem em mim, ficou bem melhor. Me desculpem pela terrível qualidade da imagem dos vídeos onboard, mas como o que interessa aqui é som, resolvi publicar assim mesmo.
No quesito “perfumarias” chegaram do exterior via eBay dois itens pequenos, mas que praticamente indispensáveis na receita de um STI “home-made”: a chave original STI e o emblema da grade. Ambos chegaram via Correios e, talvez pelo tamanho reduzido dos pacotes, passaram batidos pela nossa tão querida Receita Federal.
Chave original dos primeiros modelos da linha STI no Japão
Logo STI já devidamente afixado na grade
Por hoje é só. Até agora as modificações foram pequenas, mas sempre no sentido correto. No próximo post vou comentar os planos para o futuro imediato e dar mais um update no que foi feito. Até lá!
Por Rodrigo Savazzi, Project Cars #62