No último post de Chris, Serial Killer, apresentei o carro a vocês, leitores, e não pude deixar de notar que muitos me questionaram sobre qual cor será o carro. Eis uma questão que eu ainda não sei direito qual a resposta e vou explicar o porque.
Toda restauração padrão original bem feita deve seguir os mínimos detalhes para que o resultado seja bem sucedido, não sou obsessivo — acredito que algumas lições devem ser respeitadas e muitas informações levadas em conta. Mas onde encontrá-las?
O Google é o primeiro lugar que devemos buscar as informações, mas nem tudo está lá, companheiros geraheads. As informações mais precisas estão na boa e velha literatura impressa. Antes mesmo da Plymouth chegar em casa eu já havia encontrado e comprado os manuais de serviço, os chip colors e as amostras de padronagem de tecido para a tapeçaria. A partir disso você começa a decifrar o enigma que um carro com mais de 50 anos pode ser, e estará munido para futuras surpresas, bem como conhecer o funcionamento de sistemas e estruturas do seu carro.
Quando a Plymouth chegou em casa pude observar que o carro apresentava somente um friso percorrendo toda a lateral enquanto que todas brochuras apontam para uma combinação bicolor com mais frisos na lateral. No entanto existia a versão Sport Suburban sem o que eles chamam de Sport Tone e isso só seria revelado verdadeiro no momento da remoção.
No meio do ano passado o carro começou a ser restaurado e logo que a pintura foi removida vimos que seria necessário muito trabalho para a remoção dos podres de algumas áreas. No entanto, pude confirmar que não havia nenhuma outra furação nas portas isso indica que o meu carro deve ser de uma cor somente para a carroceria o que torna este o modelo mais raro entre as station wagons.
Segundo o site Plymouthcentral.com sabe-se que era possível encomendar um carro como o meu, mas não há dados de quantos carros foram fabricados sem essa combinação de dois tons. Por este motivo e tristeza geral aqui no Flatout, a cor vermelha foi descartada da relação de cores; o carro pareceria uma viatura de um Fire Department qualquer.
No começo deste ano recebi uma ligação da restauradora onde o carro estava, dizendo que a empresa estava fechando as portas e que eu deveria retirar o carro de lá, então entrei em contato com o pessoal da Clássicos Caslini. Eles aceitaram o desafio de continuar a restauração, mas eu teria que esperar na fila para. A boa notícia é que eles começam a mexer no carro neste mês. No próximo post contarei o andamento desta restauração. Até lá!
Por José Eduardo Paravani Faillage, Project Cars #73
