Olá, amigos FlatOuters! Estamos de volta para mais um capítulo da minha jornada automobilística pelo velho continente. Para quem não lembra, nos últimos capítulos contei um pouco da origem do projeto e o planejamento, dei algumas dicas de viagem e contei como foi cruzar a melhor estrada do mundo (leia com a voz do locutor da CAOA), o Stelvio Pass.
De volta à Europa, estamos no décimo dia do tour. Começamos o dia em Modena e logo cedo já percorremos os cerca de 30 km que nos separavam de uma pequena cidade vizinha, de apenas 17 mil habitantes, chamada Maranello.
Se você é um legítimo FlatOuter, com certeza sabe exatamente o que isso significa. Significa que hoje é dia de…
FERRARI!
(Alguém segura o Bráulio? Na boa, valeu!)
A ansiedade era grande e acabamos chegando na frente do museu algumas horas antes da abertura, então aproveitamos para inverter o cronograma. Antes de ver as Deusas Ruivas tentaríamos colocar as mãos em uma.
De cada lado do museu tem uma locadora especializada em esportivos italianos com emblemas de cavalos rampantes e a concorrência entre elas por clientes é feroz. Fomos abordados na calçada em frente ao museu por uma mocinha simpática, cheia de sorrisos. O que aconteceu na sequência é meio turvo na minha memória. Só sei que poucos segundos depois eu estava cercado por uma 599 GTB Fiorano, um punhado de 360 Modena, duas ou três F430, uma 458 Italia, 575 Maranello — tudo isso sentado ao volante de uma California com a capota aberta.
Algumas das macchinne disponíveis
Te deixam bem à vontade e, se você quiser, pode só entrar nos carros e tirar fotos — o problema é resistir à tentação de dirigir uma delas. Eles tem pacotes para todos os bolsos, desde uma volta rápida pelas ruas locais até passeios de dia todo pelas estradas da região. Devido às restrições orçamentárias, acabamos escolhendo um dos pacotes mais básicos: meia hora a bordo de uma California.
Nossa California
Nos revezamos atrás do volante, sempre com um instrutor ao lado, que indicava o caminho a seguir e não nos deixava extrapolar muito os limites, apesar de ser bem permissivo e nos deixar dar boas esticadas nas estreitas ruas italianas e testar a aderência lateral do carro nas rotatórias.
Apesar de curto, o passeio já está de bom tamanho para quem, como eu, nunca havia dirigido um superesportivo. Claro que gostaria de ter dirigido mais, mas para mim foi o suficiente para o meu bolso.
Depois do rolê, conhecemos o antigo Museo Ferrari, uma vez que essa viagem foi feita em 2011 e em 2013 a Ferrari inaugurou um novo museu que substituiu esse.
A entrada do Museu
Devo ter tirado umas 2.000 fotos nesse dia, de forma que vou deixá-las contar como foi o passeio:
Alguns clássicos que nos recepcionam logo na entrada
Com esse carro o Mansell correu a temporada de 1989
F1 de 1990 pilotada por Alain Prost
312 M de 1971 – impressiona o quanto o carro é baixo
Miniaturas dos carros de todas as temporadas
Nenhum com o nome do Rubinho
Evolução das células e dos motores
Enzo: o escritório e o carro
Todos os carros campeões dos anos 2000
Galeria dos campeões, troféus dos Grandes Prêmios e capacetes originais
275 GTB4 de 1966
A belíssima 288 GTO
360 Barchetta E 458
Modelos para testes em túnel de vento
Gabarito da carroceria da 250 GTO, na minha opinião a Ferrari mais bonita de todos os tempos
Equipamento de tortura para pilotos desobedientes de musculação para pilotos
Precisa de legenda? Pôster da molecada dos anos 1990 ao vivo!
Na saída, fazendo questão de mostrar o parentesco entre os carros de rua e os de pista.
E por hoje é isso. Hora de pegar a estrada pois ainda temos 420 km até Roma! Até a próxima!
Por Rodrigo Savazzi, Project Cars #03