Olá, amigos do FlatOut! Bem vindos novamente ao Project Cars #157. Neste último post falarei sobre o fim da montagem e o projeto de melhorar o desempenho do meu Chevette 1983. Vamos nessa?
Faltava pouco para finalizar a montagem e aproveitei para instalar uma manta asfáltica em todo assoalho, para diminuir um pouco o calor interno, que se agrava com os bancos em courvin e pelo fato de não usar película nos vidros, além de diminuir um pouco o ruído. E mãos a obra, aqui o volante Lotse já esta no seu devido lugar.
Agora era só montar os bancos e curtir o Chevette, mas antes ele ganhou alguns mimos, comprei um sistema de alarme, vidros e travas elétricas. Este é o kit:
Com tudo instalado e funcionando, era hora de finalizar a montagem.
Ainda era preciso alguns ajustes, como melhorar o acabamento do painel de instrumentos. Mas eu queria era logo curtir o Chevette e colocá-lo na estrada, então uma semana depois de finalizar a montagem, fui para Jaú/SP no que seria o primeiro evento após a restauração.
Foi muito gratificante ver que meu sonho havia se realizado e ali estava meu Chevette, que até três anos atrás muitos gente não dava nada. E assim fui curtindo o carro, praticamente todo mês eu ia a algum evento de antigos aqui por perto. Este abaixo foi em Lençóis Paulista/SP
E como todos sabem, um projeto destes nunca tem fim, então mas alguns upgrades vieram. O primeiro foi o abafador de inox Luzian de três polegadas:
Gostei demais do resultado, o ronco ficou bem encorpado, principalmente em alta. Fiz um vídeo na minha garagem, infelizmente não mostra com fidelidade como é o som do escape.
Depois, para melhorar um pouco o desempenho, comprei um kit 2E original do Chevette 92/93.
Enquanto não instalava o carburador 2E, aproveitei para melhorar o acabamento do porta-malas e o resultado foi este.
E como a idéia era curtir cada vez mais o Chevette, decidi organizar um pequeno encontro aqui em Avaré, reunimos cerca de 12 Chevettes, entre eles um raro 78 quatro-portas e um 86 automático, este do meu amigo e mecânico Rafael.
Não sei se posso fazer um jabazinho, mas aqui está o link da minha página de Chevettes no Facebook.
Cada vez mais eu me animava em participar de eventos aqui na região e sempre muito bem recebido, mesmo não tendo um carro placa preta. Alguns ‘’Zé Frisinhos’’ até elogiam, outros torceram o nariz, mas no geral agrada quase a todos. O importante mesmo é que para mim o Chevette está perfeito.
Em Botucatu/SP. Agradeço ao amigo Afonso pela companhia no evento
Auto Posto Bizungão – Castello Branco – Avaré/SP
Depois destes eventos, decidi finalmente instalar o carburador 2E, em quatro anos jamais havia tido se quer um problema com meu antigo H35 álcool. Sequer foi necessário uma limpeza ou regulagem neste tempo, mas era hora de dar um fôlego novo, mesmo que o ganho seja mínimo.
Vejam como ficou o funcionamento com o 2E, lenta perfeita:
Carburador novo, hora de testar seu desempenho e nada melhor que por o Chevette na estrada para isso, rumo a Joaquim Távora/PR.
Após todos estes eventos e curtir legal o Chevette, comecei a pensar, porque não melhorar o seu desempenho e quando o assunto é preparação as opções são infinitas, vamos a elas:
Chevette Turbo – A opção seria um kit básico e rodar com 0,5 ou 0,8 de pressão, com motor totalmente original e carburador 2E.
Chevette Aspirado – Troca do cabeçote pelo do Chevette 1.4, trabalhar o mesmo, coletor dimensionado, comando mais bravo e troca do sistema de ignição.
Chevette AP – AP 2000 usando o sistema original de injeção.
Chevette GM – Motor 1.4 econoflex ou 2.0 Vectra/Astra.
Chevette quatro ou seis Opala – Embora eu goste de um Chepala, creio que hoje não vale muito à pena.
Chevette V6 – Blazer – Verdadeiro sonho, distante para mim.
Mas eu não quero nada absurdamente forte, como podem ver o meu carro é para curtir uma estrada e para isso tem que ser confiável.
Então qual seria a melhor opção? Sinceramente ainda não defini o rumo do projeto, até porque todas as opções requerem uma boa grana investida, tempo e o principal, mão de obra qualificada, que por aqui é bem raro.
Outro fator determinante na escolha é a legalização, eu ainda preciso fazer isso na minha suspensão e legalizar o turbo seria relativamente fácil, no caso de se montar aspirado dispensa qualquer coisa do tipo e se partir para um swap a coisa já se complica, pois cadastrar o numero do motor é tranqüilo, porém legalizar a potência no Inmetro já não é fácil.
Não é uma escolha fácil, todo tem os prós e contras e quero fazer algo bem feito e uma vez só, para isso tem que ser tudo bem planejado e manter um foco.
Antes de realmente cair de cabeça nisto, estou focado em melhorar o visual do cofre e sinceramente acho que o OHC vai ficar ali um bom tempo, então vamos lá.
Comprei tampas de válvulas cromadas e uma polia com regulagem, que com o comando original é apenas estética. Agradeço ao amigo André pelo susto tomado, achei que havia recebido um tijolo no lugar da encomenda.
Estão guardadas, pois virá um coletor 4×1 e uma bobina do Gol Mi.
Instalei um filtro de ar bem safadinho, que como diz meu mecânico só filtra folhas e olhe lá.
Ainda preciso organizar melhor os fios do cofre, tenho em mente algo mais ou menos assim.
Enquanto me programo financeiramente para os novos upgrades, continuo a curtir o Chevette por aí. O último evento foi em Ourinhos/SP, encontro de Opalas, antigos, arrancada e som automotivo (que eu não gosto nem um pouco). Infelizmente a chuva não deu trégua e mal deu para ver algo.
Neste momento tive a certeza que estou seguindo o caminho certo da personalização do meu Chevette.
Agradeço ao amigo Edmar pela companhia no evento.
Minha pequena homenagem ao nosso ídolo Ayrton Senna.
Este é o meu Project Cars! Meu primeiro carro, onde depositei todas as minhas fichas, dedicando tempo e dinheiro para chegar nesta fase.
Posso dizer que está finalizado? Creio que não, pois um projeto destes jamais tem fim — sempre tem algo a melhorar e minha lista é enorme. Porém quero curtir um pouco mais e evitar que fique parado por muito tempo para grandes modificações.
Para mim o resultado foi além do esperado, principalmente na funilaria e pintura, onde foi feito um trabalho de qualidade, não penso que seja digno de uma grande restauração minuciosa, mas perfeita para a minha realidade.
Tenho um Chevette confiável, no qual posso viajar tranquilamente, com um desempenho aceitável e consumo decente. Quem quiser acompanhar as futuras mudanças, já que está é a última parte aqui no FlatOut, pode me adicionar no Facebook.
Agradeço a todos os amigos que fazem parte disto. Não vou citar nomes, pois a lista é imensa, muita gente me ajudou me tirando dúvidas, me ajudando a comprar peças inexistentes por aqui. Para mim é assim que se constrói um belo carro, com ajuda de amigos, que embora em sua maioria esteja distante e que jamais conheci pessoalmente sei que posso contar sempre. Agradeço à minha namorada que suporta toda essa loucura por Chevette, me acompanha em alguns encontros e está sempre me dando conselhos. Um deles é: não turbine este carro! Agradeço também aos meus pais, que contribuíram na pintura e funilaria. E por último à equipe do FlatOut por me dar esta oportunidade de mostrar a todos o projeto. Acompanho o site diariamente e nunca imaginei ver o meu xodó por aqui.
Para finalizar deixo mais algumas fotos do meu Chevette. Abraço a todos e obrigado!
Por Fred Castro, Project Cars #157
Uma mensagem do FlatOut!
Fred, seu projeto é uma excelente amostra de que você não precisa torrar uma fortuna, nem fazer uma transformação total para ter um Project Car que garanta muita diversão. Outro ponto bem legal é como você fez muito do projeto por conta própria, o que traz experiência e fortalece ainda mais a ligação homem-máquina. Agora, o melhor de tudo é ver como você está curtindo o carro pronto (ou quase, afinal, project cars nunca ficam prontos de verdade) viajando com ele para todos esses encontros. Parabéns e muita curtição!