Salve, pessoal! Mais uma semana começando, e para a lista de anúncios do GT40 de hoje decidimos fazer algo diferente: queremos saber que carros anunciados no site você compraria com R$ 500.000 na carteira. Toma, pode pegar. É dinheiro imaginário.
O negócio é simples: você tem quinhentos mil mangos e precisa gastar tudo com os carros que estão à venda no GT40. Não importa quantos forem, ou quais. Você estabelece seus critérios, desde que faça sobrar o mínimo possível.
Nós três (Juliano, Leo e Dalmo) fizemos nossas listas individuais, que coincidentemente não tiveram carros repetidos, e demos nossos motivos pessoais para cada escolha. O resultado você confere a seguir.
Juliano Barata
Pra encabeçar a minha seleção, começaria logo com um bad boy. Este Pontiac Firebird 1974, equipado com o V8 mais produzido na história: o Chevy 350. Provavelmente com o tempo ele acabaria virando um Pro-Touring de câmbio manual e look histórico (nada de rodas Foose) nas minhas mãos. Mas a essência seria exatamente essa: V8 350, preto, customizado apenas o suficiente. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Embora seja um sacrilégio para muitos pensar num clássico deste como daily, considerando que esta geração foi produzida por doze anos, há peças a rodo, é reconhecida como uma das mais robustas da história e que meus horários de direção são pouco usuais, não veria absolutamente nenhum problema de elencá-la como minha parceira do dia a dia após um belo overhaul. O mundo já tem Corollas e Civics demais. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Ter um JDM fazendo companhia a um muscle é o antagonismo perfeito para um entusiasta como eu. Este Eclipse GSX está gerando algo próximo a 500 whp, com toda aquela pegada noventista que sou fã. Para passeios pouco educados pela madrugada ao som de um retrowave. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Numa mini-coleção como esta que estou desenhando, não conseguiria deixar de fora um ou outro clássico nacional. Por menos sofisticados que sejam se comparados aos veículos estrangeiros da mesma época, o fato é que marcou minha infância e adolescência. Este Gol GT traz a mistura perfeita entre um carro preparado e original. Se nem na época os playboys deixavam estes carros 100% OEM, não serei eu a contradizer a tendência de época… [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Jamais estaria totalmente realizado nesta seleção se não tivesse uma Alfa Romeo desta época. Poderia ser uma GTV 2000, mas como não temos um conversível elencado, fui com esta maravilhosa 2000 Spider Veloce. Pense num Miata, mas com sotaque e charme italiano. E tem peças a rodo também, tanto nos EUA quanto na Europa. E muitas opções de preparação com loucos como os caras da Alfaholics. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Sem um Project Car meio insano, não teria a menor graça. Eis o eleito para a loucura. Faria neste Chevette para-lamas alargados a la Escort MK1 Mexico (ou Divisão 3), arrancaria os para-choques, rodas Minilite, rollcage parcial, um C20XE com turbina pequena e pintura como os antigos carros de rali da Castrol. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Silverado 454 SS V8 big block. Porque carros antigos precisam de transporte de peças a todo instante e não é porque uma picape é necessária que precisa ser qualquer picape! [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Leo Contesini
Dizem que se você quer saber como será seu carro daqui a 20 anos, é só dar uma olhada para o Mercedes Classe S de hoje. Um S Class AMG novo não custará menos de 1 milhão de reais nestes tempos de dólar a 3,50. Mas por um quinto deste preço dá pra comprar um Classe S da geração passada — que apesar de ser “passada”, ainda está longe de ser obsoleto. Este não é exatamente um Classe S, mas cumpre a mesma função: é um CL, o cupê de luxo da Mercedes entre 1991 e 2014. O motor é o 6.2 V8 do C63 Black Series, com 525 cv. Mas as semelhanças param por aí.
Em vez de suspensão rígida e bancos concha, ele tem suspensão adaptativa com molas pneumáticas, controle ativo de rolagem da carroceria, bancos com aquecimento e resfriamento e massageadores. Quadro de instrumentos digital? Pode incluir na lista. É o carro perfeito para dispensar ônibus e aviões e atravessar estados, países e até continentes ao volante e por isso é minha escolha como “gran tourer”. Para quem vive pegando a estrada como eu, não há carro melhor por esse preço. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Sim, eu sei. Esse carro tem só 203 cv, tem um câmbio automático e interior bege. Mas quem disse que você tem que comprar um carro segundo a receita dos entusiastas raiz? Não seria legal se sentir naqueles filmes velhos da velha Sessão da Tarde? A experiência de ter um carro também envolve as sensações que ele provoca na gente. E esse carro, por algum motivo, me transportou de volta aos passeios de carro que me fizeram gostar de carros ainda na infância, com esse visual monocromático. Além disso, estes Stingray com para-choques envolventes de plástico adotados a partir de 1980 — que não foram apenas estéticos, mas também tinham a função aerodinâmica de reduzir o arrasto do Vette — são os meus favoritos desta geração. A potência é algo que se resolve, ainda mais sendo um small-block 350, o “AP dos americanos”. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Para o papel de clássico da minha garagem fui direto à origem dos clássicos mais belos da história: a velha bota chamada Itália. Eu poderia escolher um Alfa Romeo, mas seria algo meio óbvio — como aquele personagem que canta todas as mulheres e dirige um conversível vermelho de todos os filmes que se passam na Itália. Por isso escolhi algo mais mundano e igualmente charmoso e divertido: o Fiat 124 Sport Spider. Tudo o que há de legal nos italianos desta época está nesse carro: motor “bialbero” (nesse caso um 1.6 de 108 cv), tração traseira, câmbio de cinco marchas, peso leve (cerca de 950 kg), design Pininfarina, rodas de magnésio Cromodora e o par de carburadores Weber. Perfeito para curtir a serra nestas tardes de outono. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Bem… eu já tenho um carro para pegar a estrada, outro carro para viajar no tempo e um carro para curtir o fim de semana. Preciso de outro carro para o dia-a-dia e, como bem disse o Juliano mais acima, o mundo já está cheio de Hondas e Toyotas e Hyundais. Por isso optei por algo mais divertido: um hatchback alemão de duas portas, tração traseira e motor seis-em-linha aspirado. Caso você não lembre, isso existiu no Brasil por alguns anos, quando a BMW importou o 130i de primeira geração. O banco de trás e o porta-malas não são grande coisa, mas para isso eu tenho o CL63 AMG. Ele é compacto o suficiente para estacionar na cidade, tem espaço adequado para uma família de três pessoas, tem motor de sobra para cumprir os afazeres nas cidades vizinhas (o N52, ainda em sua versão mais potente, com 265 cv). O câmbio é automático, mas não tem problema: não há nada de divertido em trocar marchas nos congestionamentos da cidade. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Dalmo Hernandes
Não é segredo para ninguém que o Fiat Uno é um dos meus carros favoritos no mundo inteiro – se não for o meu favorito, e tudo começou com o Uno CS 1.3 1988 que o meu pai pegou em troca de um Fusca 1600 1979/80, seu primeiro carro. Este exemplar anunciado no GT40 é um pouco mais antigo, de 1985, mas também tem motor 1.3 a álcool, também é um CS e está em melhor estado do que o carro do meu pai estava há 15 anos. Seria um excelente sucessor, e provavelmente o carro que eu mais usaria desta lista. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Eu compraria este para fechar um ciclo: fui dono de um Golzinho 1985 com motor 1.6 a álcool e câmbio de quatro marchas, mas ele passou mais tempo parado na oficina do que rodando. Este aqui, um Gol Plus 1986 com o mesmo conjunto de motor e câmbio, interior marrom e rodas BBS de 14 polegadas, certamente acabaria com quaisquer traumas. [highlight color=”eg. yellow, black”] Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Um Fiat 147 bege para fazer par com o Uno, para os fins de semana em que eu estivesse me sentindo mais old school. Fabricado em 1980, jamais restaurado, motor 1050, todo original. Procuraria mantê-lo assim para sempre. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Todo entusiasta brasileiro já quis um Opala uma vez na vida, e pode apostar que eu me incluo nesta. Mesmo sendo um quatro-cilindros, este aqui ficaria ótimo no meu estábulo: muito bonito e íntegro, com customização leve e interior marrom. Viajaria com ele de tempos em tempos. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Sou fã assumido de versões “renegadas”. Obviamente eu teria um Mini Cooper na minha lista, mas ficaria com este aqui. Além de ter o volante do lado esquerdo (me sentiria bem mais confortável do que em um carro de mão inglesa), este exemplar de 1979 tem a chamada frente quadrada, tentativa de reestilização que não foi muito aceita na época, mas para mim tem um charme todo especial. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Esta lista não ficaria completa sem um aircooled. Depois de analisar diversas opções, incluindo Fusca, Brasilia e até o Gol, optei por esta Puma GT 1500. Fabricado em 1969 (apenas o segundo ano de produção), o cupê branco ainda tem as lentes sobre os faróis, interior minimalista e motor 1500. Um clássico que não precisa de mais nada. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
OK, nem só de lasanha vive o homem: a verba de R$ 500 mil deu para um esportivo moderno que está entre os melhores do planeta: um Porsche Cayman. Este aqui aqui, fabricado em 2010, tem um flat-6 naturalmente aspirado de 2,9 litros com 265 cv, câmbio manual de seis marchas e honestamente, é todo o esportivo de que eu precisaria para me divertir a vida inteira. Na rua, na estrada e na pista. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Dito isto, sempre há espaço para um hot hatch na garagem dentro da minha cabeça. E eu iria de Honda Civic VTi EG6: motor B16 de 160 cv, câmbio manual, dinâmica absurdamente boa para um tração dianteira, itens de conforto básicos e visual irretocável, na minha opinião. Prata, para não chamar tanta atenção. [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Quando estava terminando de fazer a lista, vi que não havia nenhum sedã médio! Como assim? Juro que tentei achar algo mais normal (mentira), mas acabei cedendo por um Alfa Romeo 156 Elegant. Motor 2.0 Twin Spark com comando duplo no cabeçote e 155 cv, câmbio manual, detalhes de madeira no interior e o design irretocável assinado por Walter de Silva. Ainda não fizeram sedã mais bonito. E ainda sobraram R$ 2.100! [highlight]Clique para ver o anúncio.[/highlight]
Agora é sua vez, caro leitor! Dê uma olhada no GT40, escolhas seus carros e monte sua garagem com R$ 500 mil. Não esqueça de colar os links para os anúncios nos comentários para que todo mundo possa saber de que carro você está falando.