FlatOut!
Image default
Car Culture

Quando andei em Nürburgring com o carro da firma

O motor soava toda sua cacofonia a diesel enquanto a última fração de seus sessenta e quatro cavalos-vapor eram espremidas pelo meu pé direito cravado ao fundo. A gravidade ajudava, uma longa descida de baixa inclinação ladeada por pinheiros altos, que pareciam estar ali há séculos, muito antes daquela comprida faixa preta de estrada ser colocada ali por funcionários vestindo suásticas. O rádio captava uma rádio americana; mesmo mais de 50 anos depois da guerra, e sete anos depois da queda do muro que separava Berlin em duas cidades, tropas e bases americanas estrategicamente espalhadas pelo país permitiam uma travessia da Alemanha de carro ouvindo rádios em inglês, com sotaque forte de Michigan. Sim, estava numa autobahn, cruzando a Alemanha o mais rápido que podia, completamente sozinho, rumo a um templo sagrado para aqueles de nosso credo: o Nürburgring Nordschleife. Mas não o de hoje, mundialmente conhecido, e com alguma infraestrutura (apesar de ainda estar localizado num fim-de-mund