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História

Quando dirigi um Volvo P1800

Podem me chamar de saudosista, de velho, decrépito e cego quanto quiserem. Mas não consigo negar uma realidade pessoal: eu sinto imensa saudades da época em que carros refletiam profundamente os países onde eram construídos. Hoje, por um motivo que não vou pretender entender, cada vez mais tudo converge para uma mesma coisa. Tudo é SUV de formatos parecidos, esquemas mecânicos parecidos, e tamanhos parecidos. Troque os logotipos e ninguém percebe; um carro japonês cada vez fica mais parecido com o coreano, que é igual a outro chinês, que parece com aquele outro alemão, que é o americano cuspido e escarrado. Mas nós entusiastas escapamos um pouco desse mundo moderno maluco por sermos capazes de andar com carros que pessoas normais fogem, por considerarem “velhos”. Podemos comprar um Honda dos anos 1990, um Opala 1985, um Chevette 1975, e com isso, viver um pouquinho dessas épocas como em máquinas do tempo ambulantes. A gente é mais feliz. [caption id="attachment_320467" align="al