Talvez você tenha ouvido falar da história de Ferdinand Puentes, o cara que fez esta selfie aí embaixo em pleno Oceano Pacífico, após sobreviver à queda de um avião Cessna Grand Caravan da companhia havaiana Makani Kai Air (no pun intended).
O que muita gente não sabe é que este auto-retrato é só o desfecho de um aterrorizante registro em primeira pessoa que o americano fez. Por uma enorme coincidência, quando os nove tripulantes da aeronave descobriram que fariam um pouso forçado na água, poucos instantes após a decolagem, Puentes já estava fazendo uma filmagem com sua GoPro. Com isso, ele registrou tudo: o momento do estol, o impacto na água, o desespero de tentar colocar o colete salva-vidas enquanto a água começa a invadir o assoalho da cabine, a saída ao mar, o momento em que o Cessna afunda no mar.
“É como se o tempo tivesse congelado e tudo o que você lembra de seu passado vem à tona – as pessoas que você ama. Eu não pude me despedir delas. Realmente, sua vida toda passa diante dos seus olhos”, declarou Puentes à rede norte-americana ABC. Ele também chamou o piloto, Clyde Kawasaki, de herói por ter conseguido pousar o avião de forma tão perfeita na água e ter mantido todos os passageiros calmos e ordenados na saída. Aliás, que passageiros hein: não ouvi um único grito durante a queda e a evacuação da aeronave foi nada menos do que exemplar.
Infelizmente houve uma fatalidade: Loreta Fuddy, 65, diretora geral de saúde do Havaí, faleceu após a saída do Cessna. As causas da morte ainda estão sendo investigadas – bem como as razões por trás da queda do avião, que aparentemente sofreu uma grave pane nos motores.
Não sei de vocês, mas queda de avião no alto mar consta na minha lista de mortes hipotéticas terríveis, que possui itens como “incêndio”, “quebra de carrinho de montanha-russa” e “acidente a bordo de um Effa M100”.