Desde que o mundo é mundo os “super gêmeos” Toyota GT86 e Subaru BRZ foram lançados, entusiastas do mundo todo dizem que eles são quase perfeitos, mas que falta uma coisa: potência. Isto poderia ser resolvido de um dos lados com a adição de mais três letras ao nome do Subaru BRZ: “STI”. Acontece que isto não está nos planos, ao menos por enquanto.
A notícia da Austrália, através do site australiano Motoring. Os caras conversaram com Nick Senior, diretor da Subaru Australia, sobre os planos futuros da divisão STI.
“O foco é aumentar as vendas pelo mundo todo. Ainda somos uma fabricante relativamente pequena e os recursos são limitados, e por isso precisam ser bem distribuídos”, Senior diz. Em um mundo ideal, todos os carros têm motor boxer de dois litros, 200 cv, câmbio manual e tração traseira. Contudo, não vivemos em um mundo ideal, e o Subaru BRZ (e seu irmão da Toyota) ainda é um carro de nicho, e não justificaria o investimento.
É verdade que a STI andou mexendo no BRZ ultimamente — edições especiais, como o BRZ tS (na foto que abre este post), no Japão, usam componentes STI para dar um tapa no visual e melhorar a dirigibilidade (com modificações na suspensão). A própria divisão australiana da Subaru já criou um pacote usando componentes STI — o S Pack (acima), que traz saias laterais, difusor traseiro, barra estabilizadora, suspensão do tipo coilover e rodas de 17 polegadas com pintura preta.
Mas, para fazer um BRZ STI de fato, a Subaru Tecnica International teria que investir bem mais em modificações mecânicas — por exemplo, turbinando o Boxer 2.0 para render 300 cv, colocando freios maiores e fazendo ajustes aerodinâmicos. Mas as vendas do BRZ não justificariam o investimento. Ao menos por enquanto.
“Isto não significa que eu e outros distribuidores pelo mundo não estejamos insistindo… sugerindo respeitosamente que haverá outra oportunidade para um STI, e eu tenho certeza de que um dia haverá. Qual será, eu não sei, mas olho para o portifólio de planejamento e não vejo outro STI por lá”.
Pelo jeito vamos ter que esperar até o ano que vem, quando o modelo 2015, levemente atualizado, fará sua estreia no Japão. Quem sabe a Subaru não prepara uma surpresa até lá?