para os nao iniciados o aston martin v8 vantage e apenas uma versao mais potente do v8 normal; analisando friamente e so isso mesmo mas era algo tao absurdamente legal e fora da caixa em 1977 que transcendeu afinal de contas em 1977 o carro mais veloz do mundo nao era uma baixa e impossivelmente desconfortavel cunha italiana de motor traseiro nem muito menos um porsche ou um corvette era este bruto e aparentemente quadrado e enorme cupe de luxo ingles os numeros mostram um carro brutal no desempenho 0 a 100 km/h em 5 2 segundos 0 160 em 12 segundos o quarto de milha em 13 e chegar aos 270 km/h no seu lançamento em 1977 era o carro mais veloz do mundo batendo lamborghini countach e o ferrari berlinetta boxer e numeros dizem pouco de como era acelerar este leviata de 4 8 metros de comprimento e 1 820 kg com a vontade necessaria para registrar esses numeros o vantage x pack de 1986 em diante com 432cv apesar de ja ter perdido o titulo de mais veloz era ainda mais rapido 280 km/h titulo ou nao um desempenho de respeito que ate hoje nao faz feio em lugar nenhum nos anos 1970 e 1980 algo realmente incrivel como um carro produzido a mao num shed ingles podia ser tao sofisticado assim como podia ser ate estavel a tanta velocidade e aparentemente andar todo um dia nessa velocidade maxima como projetado sem recurso algum pode ser tao bom assim a resposta esta na forma que era usada para realmente criar um carro puro sangue de baixo volume antigamente nas competiçoes especialmente as de longa duraçao e especialmente entre elas as 24 horas de le mans hoje uma frota gigante de prototipos tanto de motores quanto de carro e as empresas testam carros por milhoes de km antes de lança los; ha tambem mais recursos tecnicos e computacionais para prever mais falhas mas empresas pequenas nao podem fazer isso um prototipo fisico mesmo de um comum carro barato custa como um pagani nao antes com ajuda de clientes apaixonados as empresas se dedicavam a vencer corridas e assim ao mesmo tempo desenvolver seus carros este e o exemplo de hoje; de uma forma romantica e quase amadora de se criar carros mas que mesmo assim definitivamente diferencia um puro sangue de um pangare neste caso e ainda mais interessante porque o v8 vantage nasce de um carro so de um numero de chassi sim o v8 vantage tem um pai de quatro rodas o v8 aston martin desenvolvido ainda na era de david brown o v8 aston nasce como motor de competiçao o seis em linha dohc da marca nao podia passar muito de 4 litros ainda que alguns 4 2 litros experimentais tenham aparecido em 1959; obviamente o futuro da marca pedia um novo motor ja no inicio dos anos 1960 um v12 foi projetado mas sem muito sucesso; tadek marek o engenheiro polones que tinha desenhado o seis em linha parte para criar um v8 a pedido de sir david brown lembre se aqui que a aston vencera le mans em 1959 com carrol shelby ao volante competiçao ja era a forma que os motores e carros da marca eram desenvolvidos o novo v8 tinha entao parametros derivados de competiçao deveria ter pelo menos 32% a mais de potencia que o seis cilindros de 4 litros uma cilindrada de 5 28 litros e potencia maxima entre 300 e 350 cv o primeiro motor produzido tinha na verdade 4 806 cm³ mantendo o diametro de 96 mm do seis cilindros de marek com um curso de 83 min de fato a confiabilidade e o desempenho do seis cilindros eram tais sem mencionar as consideraçoes financeiras que o plano era incorporar o maximo possivel do design e dos componentes dele no novo v8 assim pistoes valvulas e conjunto de valvulas embora usando um angulo de valvula incluso de 64° em vez de 80° em razao da largura perfis de eixo de comando e padroes de rolamentos para o seis cilindros foram usados assim como dois comandos para cada cabeçote de aluminio do v8 de bloco de liga leve o motor aston no lola t70 foi planejado que o carro de corrida dp215 seria o primeiro a testar o novo v8 mas este so correu com uma versao definitiva de 345 cv do seis cilindros; logo apos sir david brown retirou a aston martin das corridas no final da temporada de 1963 john wyer o famoso chefe de equipe da aston saiu na mesma epoca para se juntar a ford e ao projeto gt40 lola aston martin t70 mas o v8 seria desenvolvido em corridas de qualquer forma uma parceria com a lola de eric broadley em 1967 faria aparecer um lola t70 carro normalmente equipado com motores chevrolet com um v8 aston martin em 1966 o resultante lola t73 participou das 24 horas de le mans em 1967 e foi um fracasso; mas o programa de corridas de longa duraçao que o carro participou em 1967 e 1968 foram inestimaveis para desenvolver o carro de rua mancais de virabrequim cresceram sistema de lubrificaçao melhorou e uma infinidade de tipos de falha foram descobertos e resolvidos no grande teste das pistas de corrida robin hamilton sir david brown vende a aston que passa por alguns anos dificeis; competiçoes parecem algo impossivelmente fora de proposito entao mas antes de db partir em 1972 aparece o dbs v8 com o novo motor de marek entao com injeçao bosch a aston iria a falencia em 1974 quando outros messias aparecem para salva la peter sprague da national semiconductor o hoteleiro de toronto george minden e jeremy turner um empresario de londres mas a situaçao estava como se pode imaginar confusa robin hamilton e seu dbs v8 em 1975 enquanto isso o jovem robin hamilton fundou a robin hamilton motors em tutbry com david jack sua especialidade aston martin corria com um db5 em provas do amoc aston martin owners club para desenvolver seu negocio; mas um acidente com seu carro o destroi em 1974 olhando para o futuro decide comprar um dbs v8 de 1969 chassi numero 10038 rc para continuar competindo e desenvolvendo know how vendavel ora correr com um dbs v8 parecia loucura era sim um dos carros mais rapidos e velozes de seu tempo capaz de 0 100 km/h abaixo de 6 segundos e 260 km/h mas era tambem um carro pesado nada menos que 1800 kg praticamente ninguem corria com ele ate ali; hamilton mudaria isso de forma decisiva dbs v8/10038/rc em 1977 o que acontece entao e incrivel o dbs v8/10038/rc foi sendo pacientemente desenvolvido corrida a corrida e ficava cada vez mais um carro de competiçao sensacional apos grandes modificaçoes no carro ao longo dos tres anos de 1974 a 1977 ele se tornou irreconhecivel e hamilton começou a sonhar com um aston de volta a le mans o rham 1 e o v8 vantage o carro seria modificado radicalmente com objetivo de competir nas 24 horas de le mans no grupo 5 em 1977 junto com um exercito de porsche 935 de fabrica era uma iniciativa essencialmente amadora claro mas como sempre na aston martin a fabrica e os entusiastas da marta do amoc acabam intrinsicamente envolvidos o carro de corrida dbs v8/10038/rc seria nomeado agora rham/1 robin hamilton aston martin nº 1 uma replica do rham1 em 1977 a aston martin consegue tempo no tunel de vento do mira para hamilton e com ele desenvolve a aerodinamica do carro os membros do amoc todos doaram dinheiro para a campanha; um deles patrocinou a equipe via sua empresa sas o carro de hamilton vai ao tunel de vento mas e no tunel de vento do mira no desenvolvimento do rham 1 que a grade fechada do vantage aparece descobre se uma diminuiçao de nada menos de 10% no arrasto com a grade fechada; estilisticamente no vantage tambem lhe daria uma personalidade unica decorado com farois auxiliares o spoiler dianteiro e traseiro do ventagem tambem saem deste projeto embora os do carro de corrida fossem mais radicais grade fechada vem de competiçao o conhecimento de hamilton na preparaçao dos motores aston tambem faz parte dessa troca de experiencia claro; hamilton conseguia 550 cv do v8 para competiçao ainda aspirado e de 5 3 litros mas para criar o v8 do vantage a fabrica foi pragmatica o projeto do pesado seda lagonda exigia mais torque do v8 que tinha sido amansado para emissoes americanas nos anos 1970; valvulas maiores foram entao usadas mas com comandos mais conservadores para baixar a rotaçao maxima o motor do vantage basicamente e o motor com valvulas maiores e os comandos dos primeiros dbs v8 mais agressivos; junte isso a uma bateria de 4 weber 48 idf/3 et voila o motor do vantage ainda com diametro dos cilindros 100 mm e curso dos pistoes 85 mm resultando em 5 340 cm³ o novo motor era algo extremamente exotico pornografico ate visto nos dias de hoje um cabo acionava uma serie de alavancas com articulaçoes esfericas e semiesfericas para fazer todas as oito borboletas dos carburadores italianos abrirem a um so tempo definir movimentos teoricamente perfeitos para estes acionamentos era uma arte neste tipo de carro que era levada a serio nada de economizar juntas esfericas caras nada de comprometer o perfeito e livre movimento por uns centavos a menos no custo perfeiçao mecanica era o objetivo custasse o que fosse nao existia mesmo em 1977 nada remotamente parecido com ele o motor nao faria feio em maseratis ou lamborghinis era um exotico e girador puro sangue multi carburado grande mas com apetite para altas rotaçoes mas tambem era tao torcudo quanto um cupe americano com um v8 de bloco grande algo entao em extinçao parecia um mustang ingles em aparencia nao algo italiano era musculoso macho bravo tanto quanto qualquer barracuda ou camaro mas muito mais sofisticado a suspensao tinha triangulos sobrepostos na frente e uma direçao de pinhao e cremalheira adwest com assistencia hidraulica na traseira uma suspensao dedion com freios inboard o diferencial traseiro era um salisbury autoblocante o maximo da sofisticaçao antes do controle de traçao e do torque vectoring eletronicos os pneus sempre foram enormes mas de qualidade e com perfil alto para a realidade atual primeiro avon ou pirelli cn12 na medida 255/60 r15 depois pirelli p7 na medida 275/55 r16 o cambio era zf alemao manual de cinco marchas com a primeira embaixo da re dog leg ; a embreagem tinha acionamento hidraulico mas ainda assim era pesada rham 1 em 1977 e o rham 1 era na verdade um carro de rua preparado para competiçoes seu motor tinha 550 cv as rodas eram maiores e os paralamas rodas e freios tambem mas era essencialmente um vantage de corrida mas nao significa que era pouco preparado o motor dava mais de 55 mkgf a 5 250 rpm com carburadores weber 50 ida quatro radiadores de oleo garantiram que a temperatura do motor nunca ultrapassasse 110 °c as rodas eram de magnesio bbs personalizadas e de peça unica e parafuso central as rodas mediam 19 de diametro 15 de largura na traseira e 13 de largura na dianteira e tinham pneus dunlop especiais e personalizados para elas as rodas em si precisavam ser maiores que 16 para passar pelos freios a disco ventilados lockheed de pinça dupla de 12½ sem servoassistido tudo isso era necessario para parar um aston martin v8 que aos 1550 kg era de longe o mais pesado carro da corrida e que seria cronometrado na pista a 305 km/h turbo em le mans 1977 o rham cruzou a linha de chegada apos 261 voltas de corrida com robin hamilton que dirigiu por mais tempo dos tres pilotos ao volante o rham/1 terminou em 17º lugar geral e 3º na classe categoria gtp que pensaram ser mais facil ; ironicamente se tivesse permanecido no grupo 5 teria terminado em 2º na categoria dezoito das 24 horas foram percorridas com discos de freio dianteiros rachados hamilton realizou a ambiçao de sua vida ao cruzar a linha de chegada de le mans com um aston martin calou a boca dos que alegavam que o pesado motor v8 dbs era totalmente inadequado para corridas o carro voltaria a le mans em 1979 com grandes ambiçoes ainda mais modificado com teto rebaixado para diminuir area frontal e dois turbocompressores garrett airesearch e nada menos que 800 cv pilotado por david preece e derek bell o carro nao acabou a prova o tudo de dion traseiro quebrou em reaçao a tanto torque derek bell disse que era o unico carro que alcançava os 935; começava a reta atras pela inercia mas feito um estilingue pegava todos no fim da reta continuava um carro de mais de 1500 kg; os ganhos de peso offsetados pelo motor turbo e tudo que veio com ele o aston martin v8 pode nao ter tido sucesso em pista; mas nao significa que nao foi desenvolvido e melhorado pela sua experiencia em pista sem ela o motor nunca teria tao longa e ilustre historia nas ruas racing improves the breed mas nao vencendo nada
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