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Zero a 300

Radares móveis voltam no dia 20/12, a baixa competitividade da indústria brasileira, Lewis Hamilton quer “interior vegano” nos Mercedes e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Fabricantes queixam-se da falta de competitividade da indústria brasileira

Apesar do cenário econômico otimista, o setor automobilístico brasileiro atravessa um momento preocupante. Depois de investimentos exigidos pelo regime Inovar Auto, que não conseguiu entregar o mercado consumidor prometido às fabricantes, o setor voltou ao patamar anterior à crise depois de atravessar quase quatro anos em baixa, mas ainda não conseguiu retomar o volume de vendas da virada da década, que motivou o programa e os investimentos feitos no país.

Isso ficou evidente não apenas com a fábrica que a Honda construiu em 2015 mas só começou a operar em 2019 ou com as incertezas da GM sobre a continuidade dos investimentos no Brasil, com o fim da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo/SP e com fábricas operando abaixo de sua capacidade como acontece com a Jaguar Land Rover, PSA, Mercedes e BMW, mas também pela oscilação do volume de produção e vendas ao longo de 2018 e 2019.

Agora, além de fechar sua fábrica, a Ford também reduziu a operação em seu campo de testes de Tatuí/SP, demitindo metade do quadro de funcionários da unidade. O portal Uol apurou que o sindicato local acredita que a Ford pretende terceirizar ou vender o campo de provas, uma vez que as placas que identificavam o local como propriedade da fabricante foram retiradas.

Em nota oficial a Ford mencionou “a necessidade de melhorar o nível de competitividade” para justificar um novo ciclo de investimentos no Brasil.

A GM também menciona a questão da competitividade. Em entrevista ao jornalista Fernando Calmon, o presidente da fabricante na América do Sul cita a incoerência entre o Brasil ter uma grande capacidade de produção e, ao mesmo tempo, não conseguir exportar a produção por questões locais — diz ele citando como exemplo nossas leis trabalhistas que, segundo o próprio Zarlenga, fazem com que o Brasil concentre 98% das ações trabalhistas do planeta.

Além disso, a instabilidade do Real também prejudica e torna os investimentos no Brasil uma aposta de risco, visto que o ciclo anterior de investimentos iniciou com o dólar na casa dos R$ 2 e terminou com o dólar a R$ 4. Zarlenga ainda fez ressalvas sobre os acordos firmados recentemente dizendo que a baixa competitividade do Brasil no mercado externo pode anular as possibilidades abertas com estes acordos.

Na prática, o que as fabricantes estão dizendo de forma política é que o Brasil precisa rever suas políticas trabalhistas e econômicas para oferecer estabilidade a quem tem dinheiro para investir no país. Uma citação encarada como “tom de ameaça”, na verdade, explica de forma pragmática e simples de entender como funciona o mercado globalizado, as relações econômicas e até mesmo a administração básica de dinheiro:

“Se ocorrer a abertura [e nada mudar], o que vamos fazer? Simples. Somos uma multinacional. Se não houver mudanças, levamos os investimentos do Brasil para outras fontes e vamos atender o mercado brasileiro do México, China ou Coreia, sem nenhum problema”.  (LC)

 

Lewis Hamilton quer que Mercedes deixe de usar couro natural em seus carros

Lewis Hamilton não está satisfeito em ser pentacampeão mundial de Fórmula 1. Ele agora também quer tornar o mundo um lugar melhor por meio do ativismo vegano. Adepto da ideologia desde 2017, ele agora está se mobilizando para convencer a Mercedes a deixar de utilizar couro natural em seus automóveis.

Segundo Hamilton, a adesão ao veganismo foi a segunda melhor decisão que ele tomou em sua carreira — a primeira foi o contrato com a Mercedes, segundo suas palavras. Ainda sobre o veganismo, Hamilton diz estar em seu melhor momento fisicamente e psicologicamente.

O veganismo de Hamilton o levou também a se interessar por causas como as mudanças climáticas e a se envolver com a Mercedes para reduzir a pegada de carbono e para tratar de outras questões ambientais. Foi nesta relação extra-Fórmula 1 que veio a sugestão para acabar com a utilização de couro natural nos carros da marca. “Quero fazer parte de um sistema que ajuda a consertar o mundo e fazer algo positivo para o futuro”, disse ao site britânico Autoweek.

Agora… um fato curioso divulgado nos últimos dias por Eddie Jordan, é que Hamilton e Toto Wolf estão supostamente acertados com a Ferrari para 2021. Será que ele consegue convencer um bando de italianos teimosos e tradicionais a abandonar os bancos de couro? (LC)

 

Justiça amplia o prazo para retomada dos radares móveis

Na semana passada a justiça determinou o prazo de 72 horas para que a Polícia Rodoviária Federal retomasse a fiscalização das rodovias federais por radares móveis e portáteis. O prazo deveria acabar às 10:25 do último domingo (15), contudo, duas horas antes o juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, prorrogou o período até a próxima segunda-feira (23).

O magistrado estendeu o prazo pois não havia considerado o tempo necessário para a realização dos atos administrativos para reestabelecer a fiscalização. Nas unidades em que as providências já foram tomadas, o prazo acaba na sexta-feira, 20.

A decisão considera que a suspensão dos radares foi tomada “sem embasamento técnico” — ainda que a utilização dos radares seja dispensada de embasamento técnico. Apesar do recorte estatístico apresentar um aumento no número de acidentes fatais nas rodovias federais entre agosto e outubro — logo após as suspensões — os números são inferiores aos de 2017, quando já havia a fiscalização por radares móveis e portáteis.

Além disso, o período entre abril e julho, quando os radares móveis e portáteis ainda estavam em uso pelos agentes (a suspensão ocorreu em agosto), o número de acidentes já era mais alto que no mesmo período de 2018. Não há, portanto, uma correlação entre a ausência da fiscalização e o aumento do número de acidentes. (LC)

 

Volkswagen Amarok terá motor de 258 cv em 2020

O site argentino Autoblog divulgou nesta semana que a Amarok com o motor V6 3.0 TDI atualizado para produzir 258 cv já aparece no configurador local da Volkswagen. A novidade será apresentada em janeiro, na versão Black Style, que ocupará o topo da gama Amarok na Argentina.

Apesar de ser o único modelo com a nova configuração do 3.0 TDI, a atualização irá abranger todas as versões com o motor 3.0 e chegará ao Brasil em 2020, uma vez que a Amarok vendida por aqui vem da Argentina. Com o upgrade o motor passa a desenvolver 258 cv e 59,1 kgfm — um aumento de 33 cv e 3,2 kgfm. (LC)

 

Honda confirma protótipo do S2000 para comemorar os 20 anos de lançamento do roadster

A Honda Access, divisão de acessórios do fabricante, revelou informações sobre o misterioso S2000 modernizado que comemora os 20 anos de lançamento do modelo que mostramos na última sexta (13). O carro foi batizado como S2000 20th Anniversary Prototype e foi personalizado de acordo com o feedback de consumidores. Ele será um dos destaques da marca no Tokyo Auto Salon, evento de carros personalizados e peças que começa no dia 10 de janeiro.

Não foram reveladas mais fotos do S2000 20th Anniversary ou detalhes sobre as modificações. O que podemos notar é um para choque com tomada de ar maior, faróis escurecidos, rodas esportivas e bancos com estilo similar aos originais porém modernizados. A Honda tem tradição de colocar em produção conceitos que recebem “Prototype” no nome, isso indica que o S2000 pode voltar em uma tiragem limitada, ou ser parte de um programa de restauração ou apenas ter os acessórios do conceito colocados em produção. Esperamos que seja a primeiro opção.

O S2000 não foi a única novidade da Honda Access para o Tokyo Auto Salon, a divisão revelou um sketch de um Civic Type REK9 com estilo retro-futurista. O nome desse conceito é grande: Civic Cyber Night Japan Cruiser 2020. Esse Civic vem com para-choque dianteiro mais agressivo e faróis semi-cobertos, as rodas tem estilo moderno. Pelo que o nome indica, o Civic deve ficar apenas como conceito. (ER)

 

Chevrolet Onix terá recall por vazamento de combustível

O novo Chevrolet Onix mal recuperou do polêmico recall para solucionar o risco de incêndio e já está sendo convocado para mais dois recalls, um sobre vazamento de combustível e outro por falha no LED do cambio. Essas convocações ainda não foram divulgadas oficialmente mas rondam pela rede de concessionárias e aparecem como resultado quando o consumidor consulta no site da marca se possui recall.

Entramos em contato com concessionários da Chevrolet e o comunicado chegou na última sexta (13) e estão esperando as peças chegar do centro de distribuição para começar o agendamento, a previsão é de iniciar nessa quarta (18). Segundo o comunicado de recall um conector em formato de “Y” da tubulação de combustível pode estar com material fora de especificação. A solução é trocar um trecho da tubulação de combustível do veículo. É recomendado levar o veículo com o tanque de combustível vazio, já que durante o reparo é preciso remover o tanque.

O segundo recall é mais simples, um LED de iluminação da alavanca da transmissão automática. O reparo é mais simples e envolve apenas substituir o chicote com o LED da alavanca. Como a Chevrolet não soltou um comunicado oficial não sabemos quantas unidades ou quais numerações de chassi estão envolvidas nessa convocação, o que sabemos é que unidades do recém-lançado Onix hatch também estão envolvidas. Para saber se o seu carro está envolvido consulte a página de recall no site da Chevrolet. (ER)

 

Baterias de carros elétricos perdem 2,3% da eficiência a cada ano

A empresa de telemática de frotas Geotab realizou um estudo para medir a degradação das baterias de carros elétricos. O estudo foi feito com 6.300 carros elétricos de frotas corporativas e de consumidores particulares. Em média as baterias perdem 2,3% da capacidade de carga por ano — mas essa perda depende de alguns fatores externos.

Assim como motores de combustão interna, as baterias de íons de lítio usadas por carros elétricos e híbridos trabalham melhor dentro de uma faixa de temperatura e precisam ser arrefecidas para manter a temperatura ideal de trabalho. E outras semelhança com os motores á combustão é que a refrigeração pode ser a ar ou líquida. Segundo o estudo as baterias refrigeradas a ar degradam mais rápida, o Nissan Leaf usa esse sistema e perde 4,2% da capacidade por ano, como comparação as baterias do Tesla Model S com refrigeração líquida degradam 2,3% por ano. Além do tipo de refrigeração a temperatura do ambiente pode acelerar a perda de capacidade, lugares com clima quente aceleram esse processo.

A curva de degradação das baterias não é linear, há uma queda inicial e depois a degradação é estabilizada, perto do final da vida útil a queda volta a se acentuar. A perda de capacidade das baterias depende de alguns fatores além da refrigeração, quando é indicado que a carga está zerada ou está em 100% ainda há uma quantidade de carga como medida de segurança, quanto maior essa zona de segurança menor é a perda de capacidade pelos anos. O Chevrolet Volt se destacou nessa área por ter zonas de segurança altas, possuindo degradação abaixo da média, com 0,4% ao ano.

Até a forma que o carro é recarregado influencia da degradação, ela é acelerada se for usada uma tomada comum de 120 volts e o uso constante de carregamento rápido (entre 200 e 800 volts) é o que mais degrada a bateria. O ideal para maximizar a longevidade é usar carregador de 240 volts.

A Geotab deu algumas recomendações para proteger as baterias de seu elétrico: Evitar deixar o carro parado com 100% de carga ou com a carga zerada, o ideal é usar na faixa entre 20% e 80% de carga, deixando a carga completa apenas para viagens; evitar o uso frequente de carregamento rápido, se possível deixar para carregar durante a noite em uma tomada de 240 volts; e evitar estacionar em locais abertos em lugares com clima quente. Entretanto a empresa diz que o uso frequente do carro não é um problema, ela também diz que essa degradação natural das baterias é menos perceptível em um veículo com baterias de alta capacidade. (ER)