a cultura automotiva e mesmo algo extremamente diversificado com tribos e adeptos de diferentes estilos florescendo muitas vezes em locais inesperados por exemplo quem poderia imaginar que no extremo norte do mundo civilizado existiriam alguns europeus absolutamente obcecados pela cultura americana das decadas de 50 60 e 70 os raggare que espalham por todo o pais escandinavo o ronco dos v8 jaquetas de couro topetes e acordes de guitarra [youtube id= iosjvylbbo4 width= 620 height= 350 ] na decada de 50 uma das maiores tribos urbanas dos eua eram os greasers que usavam jaquetas de couro topetes com gel ou brilhantina dai o nome e gostavam de elvis presley little richard e chuck berry culturas semelhantes surgiram pelo mundo todo — como no reino unido onde se chamavam rockers ou ton up boys e ajudaram a iniciar a cultura das cafe racers — e definharam com o passar dos anos contudo em um lugar a adoraçao por barcas americanas e os primordios do rock segue firme e forte a ponto de se tornar parte da identidade nacional a suecia onde os greasers se chamam raggare e fazem o que podem para se divertir a moda dos americanos de seis decadas atras a cultura americana chegou a suecia atraves do plano marshall que foi criado depois da segunda guerra para que os eua ajudassem os paises europeus a recuperar sua economia enfraquecida por causa do conflito — e tambem para evitar que eles adotassem o comunismo sovietico que estava em expansao mas nao foram apenas recursos financeiros que os eua exportaram — sua cultura tambem foi extremamente difundida durante os primeiros anos do pos guerra [youtube id= 1f7rffx8a84 width= 620 height= 350 ] a ajuda americana fez bem a economia da suecia — que havia permanecido neutra durante a guerra — e alem de se tornarem avidos consumidores de cultura americana os jovens tambem acabaram tendo mais acesso ao que viam em filmes de james dean marlon brando e do proprio elvis presley ao mesmo tempo em que passaram a cultuar o american way of life como o modo ideal de se levar a vida e nao estamos so falando de roupas e cortes de cabelo mas de atos de rebeldia e claro carros porque isto e o flatout afinal de contas como conta o vice a suecia na decada de 50 ainda era um pais extremamente conservador apesar da invasao cultural americana sendo assim os habitos da entao nova contracultura causavam certo escandalo — musica barulhenta dança sexo e bebidas eram suficientes para dar pauta a tabloides e provocar rebuliços nos suburbio a tribo ficou conhecida como raggare logo no inicio porque ragga em sueco significa algo como pegar garotas em uma traduçao livre — algo que pode ser entendido mais amplamente como curtir a vida adoidado ter um carro ajudava muito nesse ponto — de preferencia um bom exemplar de aço americano — pois ele se tornava uma especie de clube sobre rodas voce e seus amigos tinham um lugar aconchegante para ficar com as garotas um meio de transporte um lugar para escutar suas musicas favoritas e guardar suas bebidas e uma ferramenta para transformar qualquer estacionamento de cafe em um salao de dança era muito comum que um raggare desse carona a uma garota e que o passeio acabasse em sexo no banco traseiro nos anos que se seguiram a cultura raggare cresceu exponencialmente na suecia e era inevitavel que os jovens se dividissem em gangues as maiores e mais importantes ficavam nos grandes centros como o norte de estocolmo brigas entre gangues raggare e hippies ou punks eram bastante comuns e repercutiam negativamente na midia local — o que certamente fazia com que mais e mais jovens se tornassem adeptos nas cidades menores onde o acesso a carros americanos era mais dificil os rapazes se viravam com modelos da volvo opel e mercedes benz os pintando de preto e customizando para dar lhes um visual americanizado [gallery columns= 4 link= file ids= 15940 15939 15946 15945 15944 15942 15937 15930 ] a popularidade dos raggare durou varios anos e acabou incorporando tambem os muscle cars das decadas de 1960 e 1970 contudo foi tambem nesta epoca que os primeiros raggare começaram a deixar as ruas e a constituir familias — muitas vezes com as garotas que engravidaram no banco de tras do carro — e assim sua presença na paisagem urbana foi ficando cada vez mais escassa como qualquer subcultura contudo os raggare nunca desapareceram por completo pois o legado que eles deixaram sobrevive ate hoje na suecia e boa parte dele esta justamente nos carros graças aos raggare poucos paises tem uma cultura tao forte em torno dos carros americanos quanto a suecia — mais ate do que os proprios eua— embora a tradiçao de personalizar carros europeus ao estilo americano continue existem mais carros americanos das decadas de 50 e 60 restaurados em territorio sueco do que em seu pais de origem e todos os anos cerca de 2 000 carros classicos americanos sao exportados para a suecia [youtube id= jb5h3jawf9g width= 620 height= 350 ] todos os anos desde 1978 os adeptos da cultura raggare e entusiastas de carros americanos se reunem no power big meeting na cidade de vasterås o evento que acontece desde 1978 e um dos maiores encontros de carros americanos nao apenas da suecia mas do mundo todo nos ultimos anos muitos jovens suecos passaram a se interessar pela subcultura raggare e embora os poucos pioneiros do movimento que ainda estao vivos nao os considerem verdadeiros raggare seu modo de se vestir suas roupas e seu comportamento sao exatamente iguais — porem com menos garotas pegando carona e mais atençao a cerveja a musica e claro aos carros
SEJA UM MEMBRO DA
FAMÍLIA FLATOUT!
Ao ser um assinante, você ganha acesso irrestrito a um conteúdo verdadeiro e aprofundado. Nada de jornalismo genérico e sensacionalista. Vale a pena? Clique aqui e confira os testemunhos dos assinantes, amostras livres e os benefícios extras que você poderá desfrutar ao ser um FlatOuter!
PARA LER MAIS, CADASTRE-SE OU ASSINE O FLATOUT E TENHA ACESSO LIVRE A TODO CONTEÚDO DO SITE!
JÁ POSSUI CADASTRO OU É ASSINANTE DO FLATOUT?
Este é um conteúdo restrito: pode ser uma matéria só para assinantes, pode ser porque você já atingiu o limite de matérias gratuitas neste mês.


