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Zero a 300

Rampage terá nova versão de entrada, Alfa Romeo elétrico terá “Coda Tronca”, GM reduz produção da S10 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Rampage pode ganhar versão Big Horn ainda neste ano

 

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Parece que a Ram está preparando uma nova versão de entrada para a sua recém-lançada Rampage. O perfil do instagram “CarangosPB” flagrou uma unidade da picape com uma configuração que não foi apresentada pela fabricante no lançamento da picape, há algumas semanas.

As imagens mostram uma Rampage com uma grade dianteira semelhante à da Laramie, porém com elementos cromados somente nas bordas, mantendo os filetes internos na cor preta. As rodas também são diferentes no desenho e no tamanho, com 17 polegadas de diâmetro em vez das rodas de 18 polegadas diamantadas da Laramie.

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Quanto à motorização, a saída de escape oculta sob o para-choques traseiro indica que ela usa o motor 2.0 turbodiesel, uma vez que o motor Hurricane 4, o 2.0 turbo a gasolina, coloca duas saídas de escape bem à vista na traseira.

As fotos do interior também mostram um acabamento simplificado para os bancos, deixando claro que se trata de uma versão de entrada — como são as Big Horn nos demais modelos da Ram. Considerando que a Rampage Rebel com o motor turbodiesel custa R$ 239.990 e a Laramie turbodiesel custa R$ 249.990, não seria surpresa se esta suposta Big Horn aparecesse por R$ 229.990 nos próximos meses.

 

GM reduz produção da S10 e da Trailblazer no Brasil

Depois da paralisação na produção da Volkswagen em suas três fábricas no Brasil, agora é GM que anuncia a redução da produção na linha da picape S10 e do SUV Trailblazer, em São José dos Campos/SP. Segundo a imprensa local, a GM suspendeu temporariamente o contrato de 1.200 dos 4.000 funcionários da unidade.

A medida se deve à adequação da produção à demanda pelos modelos, e deverá resultar na redução de um dos dois turnos nos quais a fábrica opera. O layoff inicia-se nesta segunda-feira (3) e tem duração de cinco meses, podendo ser estendido por outros cinco meses, o que significa que há a possibilidade de a produção ser reduzida por até 10 meses.

É importante lembrar, por outro lado, que a S10 já está com a nova geração em testes no Brasil e deverá ser lançada em 2024 — o que também significa que a produção talvez seja retomada em dois turnos somente a partir do próximo ano.

 

Programa do “carro popular” será estendido para PJ

O programa do carro popular, que concedeu subsídios fiscais aos carros que custassem até R$ 120.000, tinha sua duração prevista por cerca de um mês, com os benefícios limitados a R$ 500.000.000 para automóveis e outros R$ 700.000.000 para carros e ônibus.

Agora, pouco antes do esgotamento dos subsídios previstos originalmente (85% do valor já havia sido concedido até a última semana de junho), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em entrevista recente que os automóveis receberão mais R$ 300.000.000 em subsídios fiscais, mas, desta vez, os descontos também serão concedidos a clientes pessoa jurídica.

O pacote de incentivos incluiu isenções de impostos de até R$ 700.000.000 para caminhões e ônibus e R$ 500.000.000 para automóveis que custassem até R$ 120.000. Enquanto as vendas de caminhões e ônibus tiveram menos de 50% do valor total dos benefícios utilizado, as vendas de automóveis praticamente esgotaram os recursos e, por isso, haverá esta extensão do programa.

Na prática, o que deverá acontecer agora com a inclusão das PJ no benefício, é que frotistas como locadoras deverão esgotar os incentivos em poucos dias. Falando em números, os R$ 500.000.000 iniciais foram esgotados em pouco menos de 50.000 unidades de modelos de até R$ 120.000. Fiat Argo, Chevrolet Onix Sedan, Citroën C3, Peugeot 208, Renault Sandero, Renault Logan e Volkswagen Gol tiveram 100% de suas vendas de junho incluídas no programa.

Como dissemos anteriormente, o programa do carro popular é uma medida que ajuda, mas não resolve a situação da indústria e do preço dos carros no Brasil — vide a paralisação da produção da Volkswagen e da GM do Brasil para adequação à demanda. Contudo, novamente um programa de descontos em impostos mostrou como a carga tributária encarece os carros e freia as vendas de automóveis no Brasil: uma simples isenção que se traduziu em descontos de até R$ 8.000 resultou em uma corrida às concessionárias.

Como seria o mercado se, em vez de pontual, esse desconto fosse permanente, permitindo que o público pudesse planejar a compra em um prazo maior, e os fabricantes pudessem revisar suas estratégias para um prazo mais longo?

 

Carro elétrico da Alfa Romeo terá inspiração no passado

Lembra das previsões para o futuro dos anos 1980 e 1990? Nenhuma delas previu que o futuro seria tão inspirado pelo passado como ele vem sendo. Os carros retrô dos anos 2000, por exemplo. A moda e a cultura “vintage”, os revivals em série do mundo da moda. Parece que chegamos a um ponto em que sonhar com algo diferente é arriscado demais e, por isso, é mais seguro olhar para trás e revisar o que já deu certo.

Por que eu digo isso? Bem, porque à medida em que o Alfa Romeo elétrico se aproxima, novos detalhes sobre ele vêm à tona. O mais recente é que, além de ser baseado no Jeep Avenger (o que significa que ele será um SUV), ele também terá inspiração em modelos do passado — o que é curioso, visto que a Alfa Romeo não teve um SUV até 2017.

Em entrevista ao site Autocar, o chefe de design da Alfa Romeo, Alejandro Mesonero-Romanos revelou que ele e seu time de design buscaram inspiração nos modelos “coda tronca” dos anos 1960 — caso do Giulia SZ, do Giulia TZ e do Spider.

Eram carros com a traseira “cortada” segundo a teoria aerodinâmica de Wunibald Kamm, que descobriu que um corte abrupto na traseira reduzia o arrasto aerodinâmico ao “forçar” o ar a formar uma cauda aerodinâmica. Mesonero-Romano afirmou com todas as letras que este veículo elétrico está “trazendo de volta a Coda Tronca” não apenas como um aceno à história da Alfa, mas também devido à sua eficiência aerodinâmica, algo de extrema importância em um carro elétrico.

Por outro lado, o designer reforçou que é preciso tomar cuidado com o quanto de inspiração se traz do passado, pois é preciso mesclá-la com o “tempero novo” para tornar o carro interessante. O modelo já tem nome mas, segundo Mesonero-Romano, ele ainda não pode ser revelado — o designer limitou-se a dizer que “será italiano e será belo”.

 

Ram 3500 deixa de ser tratada como caminhão

Você talvez já tenha notado que as picapes Ram 3500 têm, no console central, um tacógrafo digital onde deveria estar uma base de recarga de telefones por indução. O equipamento é fornecido de série pela fabricante especificamente neste modelo porque, segundo a legislação brasileira, ele é considerado um caminhão.

Por ter peso bruto total (PBT) superior a 3.500 kg, a Ram 3500 é, legalmente, um caminhão — daí a exigência de CNH de categoria C para poder dirigi-la. Além disso, a legislação exigia, até agora, que os caminhões com PBT superior a 4.536 kg (um número curiosamente específico, não?) sejam equipados com tacógrafo e faixas refletivas em sua carroceria. Como a Ram 3500 tem 3.600 kg e pode transportar até 1.752 kg, seu PBT é de 5.352 kg – o que significa que ela precisa ter tacógrafo e faixas refletivas na carroceria.

Recentemente, circulou nas redes sociais um vídeo no qual um agente da PRF exige que a picape tenha as faixas coladas em sua carroceria para liberar os proprietários para circular. Ao pé da letra da lei, o agente estava correto, afinal, a legislação não diferencia a picape dos caminhões de pequeno porte com capacidade de carga semelhante.

Felizmente, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), revisou a resolução para dar um tratamento diferenciado à Ram 3500. Afinal, apesar de ser um veículo com PBT semelhante ao de um caminhão, ele tecnicamente não é um caminhão.

A partir de hoje (3), a resolução 993/23 do Contran entra em vigor, e traz uma ressalva para esse tipo de picape em seu texto. O trecho diz que nos “caminhões em que a carroceria faz parte do projeto original do veículo, com características semelhantes a uma caminhonete e comprimento inferior a 7 m”, o tacógrafo e as faixas refletivas não são obrigatórias. Como a picape mede 6,07 metros de comprimento, ela fica isenta da obrigatoriedade dos dois itens de segurança.

Isso significa que, além de não precisar mais homologar o tacógrafo a cada dois anos junto ao Inmetro, a picape poderá ser equipada com a desejável base de recarga por indução, como são as demais Ram dispensadas do tacógrafo.