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O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Jeep revela o novo Renegade – versão diesel deixa de ser oferecida
Há pouco menos de um mês avaliamos a linha 2022 do Jeep Renegade, que será oferecida com o novo motor GSE 1.3 turbo, acompanhado de retoques estéticos para manter o carro em dia com as tendências do design e diferenciá-lo das versões anteriores.
Na ocasião, o carro ainda estava camuflado e com o interior coberto, de um forma que o acesso às novidades acabou muito limitado. Nos restou analisar a comunicação oficial da Jeep e também o que era possível notar no carro camuflado. Agora, a Jeep revelou o carro e o restante dos detalhes que foram ocultados ou guardados para o lançamento do modelo — e acertamos boa parte de nossas previsões, publicadas aqui mesmo no Zero a 300 na metade de dezembro.
Esteticamente mudam apenas a cara do carro (afinal é um “facelift”…), para-choques e lanternas traseiras, além das rodas, claro. Por dentro, o interior coberto no modelo avaliado deixava claro que tudo mudaria — e mudou mesmo. O design é semelhante ao do Compass, com um novo quadro de instrumentos digital de sete polegadas, o volante também é compartilhado com o Compass, assim como o sistema multimídia de 8,4 polegadas com a nova interface/sistema operacional.
Mecanicamente, como suspeitamos, o Jeep Renegade perdeu a versão diesel. Nossa hipótese era que “por representar 10% das vendas do Renegade, a Jeep decidiu matar a versão diesel, substituindo-a efetivamente pela versão turbo flex”. É o que acontecerá: o modelo terá apenas o motor 1.3 turbo “T270” compartilhado com Toro, Compass e Commander, com 185 cv e 27,5 kgfm e terá transmissão de seis marchas na versão de tração dianteira e nove marchas na versão 4×4.
A versão 4×4 flex já havia sido confirmada na ocasião da avaliação do carro, o que reforçou nossa hipótese sobre o fim da versão diesel, especialmente com a confirmação de uma versão flex 4×4 “trail rated”, ou seja: o Renegade Trailhawk passará a usar motor flex.
Como as fabricantes não poderão produzir motores em desacordo com a sétima fase do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve L7) a partir de 01/02/2022, o lançamento oficial do Renegade 2022 está previsto para as próximas semanas. Provavelmente será no mesmo esquema dos lançamentos mais recentes de todas as fabricantes: uma série especial de lançamento com pré-venda (que será esgotada em pouco tempo), depois um sutil reajuste nos preços e a venda/entrega regulares.
Os preços ainda não foram divulgados, afinal, precisa restar alguma surpresa para o lançamento oficial. Considerando que o Renegade Flex parte de R$ 100.000 e, na versão diesel, esbarra nos R$ 200.000, podemos esperar algo partindo dos R$ 110.000 e chegando aos R$ 180.000. (Leo Contesini)
São Paulo terá nova motofaixa experimental
A Prefeitura de São Paulo irá testar uma nova motofaixa na avenida 23 de Maio. Chamada “Faixa Azul”, ela irá oficializar o corredor entre os carros usado pelas motocicletas atualmente. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, a faixa será mais larga que o corredor formado pelo espaço entre os carros para que haja menos riscos de colisões entre os veículos. A faixa deverá ficar pronta até o dia 24 de janeiro, entrando em operação logo em seguida.
O uso do espaço por motocicletas já foi motivo de discussão principalmente nos EUA, onde tal prática era proibida, mas, por pressão de entidades ligadas aos motociclistas, foi liberada em alguns estados depois que estudos apresentaram que a prática traz mais segurança aos motociclistas. Nos EUA, contudo, o uso do corredor tem regras para controlar o diferencial de velocidade. Ele só pode ser usado quando o tráfego estiver em velocidades baixas e os motociclistas devem praticar velocidade inferior ao limite nessa situação.
No Brasil, os acidentes com motociclistas são a principal causa de mortes no trânsito urbano — e muitos acidentes se devem ao grande diferencial de velocidade entre as motos nos corredores e os carros. Legalmente, ainda que o trânsito esteja fluindo a 10 km/h, por exemplo, as motocicletas podem andar no limite da via — o que resulta em um grande diferencial de velocidade e um maior risco de acidentes. Esperamos que a CET considere essa questão nesta avaliação e encontre uma forma de reduzir o risco de acidentes pelo diferencial de velocidade. (Leo Contesini)
Ferrari se reestrutura para lidar com eletrificação
A Ferrari reorganizou sua estrutura gerencial para “enriquecer sua excelência de produtos” e acelerar a transição para veículos elétricos a partir da próxima década. Sim, Ferrari eletrificada na próxima década. Bem-vindos ao século 21.
A marca mudou cinco departamentos estratégicos — desenvolvimento de produto, pesquisa e desenvolvimento, dados e sistemas digitais, tecnologias e infraestrutura, e compras e qualidade — realocando-os sob o comando direto do CEO da marca, Benedetto Vigna. Segundo a Ferrari, esta nova estrutura permitirá mais inovação e processos otimizados — o que significa que a Ferrari poderá ter produtos bem menos ortodoxos em um futuro próximo. Não se assuste com o que virá pela frente.
Além disso, foram trazidos nomes de empresas de tecnologia, como Ernesto Lasalandra, que era chefe de desenvolvimento da ST Microelectronics, a maior fabricante de semi-condutores da Europa, para assumir a mesma função na Ferrari. Silvia Gabrielli, que atuou na Microsoft durante a década passada, agora é a chefe de sistemas digitais e dados.
Os planos de eletrificação da Ferrari preveem a transição a partir de 2030, com o primeiro modelo elétrico programado para 2025. A Ferrari já disse anteriormente que não iria eletrificar sua linha até que a tecnologia permitisse “um carro que condiz com a posição da marca”, mas aparentemente esse momento chegou, já que 2025 está a apenas 3 anos de agora. (Leo Contesini)
Underground Racing oferece transmissão manual em Audi R8 novo
Confesso ter um certo carinho pelo Audi R8, o supercarro mais esquecido atualmente; mas infelizmente, apesar de conhecer bem tanto a versão V8 quanto V10 da geração anterior, nunca dirigi o que dizem ser o melhor de todos: o V8 manual.
Quando o carro da geração atual estreou em 2015, a Audi eliminou definitivamente o terceiro pedal, dando aos compradores apenas uma opção de caixa de câmbio: uma embreagem dupla de sete marchas. Nem toda esperança está perdida para os fiéis fãs do câmbio do-it-yourself, no entanto. Se você deseja um em seu novo R8, ainda pode ter uma. Você apenas terá que recorrer ao mercado de preparadores para que isso aconteça. E um bolso sem fim, claro.
A Underground Racing, preparadora sediada em Charlotte, Carolina do Norte, especializada em adaptar dois turbocompressores em Lamborghini Huracán e Audi R8, acaba de revelar seu mais recente carro de cliente, um R8 2020 com dois turbos e 1500 cv. A parte mais interessante do carro não é a enorme potência, no entanto. É a transmissão. A Underground Racing trocou a transmissão original por um manual de seis marchas. E pelas fotos, parece que a empresa fez um excelente trabalho ao fazê-lo.
Apesar de não ter sido projetado de fábrica para aceitar uma alavanca de câmbio, o console central da cabine parece totalmente OEM. O sistema de tração nas quatro rodas de fábrica foi mantida. A transmissão veio de um R8 V8 de 2012. A empresa diz que precisava fabricar um monte de peças personalizadas para montar a caixa no V10 atual e gastou muito tempo de pesquisa e desenvolvimento para garantir que todos os componentes eletrônicos funcionassem.
Underground Racing só fará o trabalho se o carro também estiver instalando um de seus kits twin-turbo. O preço não foi revelado, mas uma conversão twin-turbo da empresa fica na média em U$100.000, então barato não vai ser. (MAO)
Mercado de motocicletas cresce 26,5% no Brasil
Em meio a crise e preços altos tanto de automóveis quanto de combustível, não é surpresa que o mercado de motocicletas pequenas tenha crescido este ano. Ainda assim, em meio a uma grande baixa de vendas de carro zero km, o tamanho do crescimento espanta: as vendas de veículos de duas rodas subiram de 915.473 unidades emplacadas em 2020 para 1.157.369 em 2021. A alta foi de 26,42%.
A Honda continua sua liderança histórica nunca desafiada. Nada menos que 76% das motos zero km vendidas no Brasil são Honda. E desses, a CG e a NXR 160 juntas são nada menos que 38% do mercado. É uma coisa impressionante a dominação da Honda por aqui.
A Yamaha, segunda colocada, vende ¼ da Honda. Destaque este ano vai para a Royal Enfield em ótima fase: com as 650, a Himalayan e o sucesso da nova Meteor 350, chegou ao sétimo lugar de vendas, um crescimento de mais de 171% este ano. Não é surpresa: a índia e o Brasil têm muito em comum. Todos as 10 motos mais vendidas estão abaixo de 300 cm3, e sete delas são Honda, e o resto, Yamaha. A as duas japonesas juntas tem as 19 motos mais vendidas, a 20ª sendo a Shineray XY50. (MAO)
DriveTribe acabará este mês
O site DriveTribe anunciou que encerrará as operações até o final deste mês, citando “desafios significativos da indústria” que criaram um “ambiente operacional incrivelmente difícil para empresas dependentes de publicidade”. O site foi criado em 2016 pelo trio de apresentadores de tevê que ficaram famosos com o Top Gear da BBC inglesa, Jeremy Clarkson, James May e Richard Hammond.
Os sites e aplicativos DriveTribe e FoodTribe serão fechados até o final de janeiro, juntamente com os negócios por trás deles. Os usuários poderão baixar seu conteúdo em formato pdf, enquanto todos que gastaram dinheiro no Tribecoin (hã?) ou têm uma assinatura em andamento serão reembolsados no início de fevereiro. O mesmo vale para usuários de smartphones que compraram o aplicativo no Android ou Apple iOS.
Apesar das más notícias, a empresa anunciou que Richard Hammond continuará atualizando os canais de mídia social da DriveTribe, com Jeremy e James aparecendo de tempos em tempos. Isso inclui a página do Facebook, que reuniu 4,2 milhões de curtidas, e o canal do YouTube com mais de 2 milhões de assinantes.
O objetivo da iniciativa de nossos três patetas preferidos era se tornar uma plataforma online para os entusiastas automotivos se juntarem e criarem comunidades conhecidas como “tribos”, enviando conteúdo ao lado de uma equipe de redatores.
Embora o empreendimento tenha sido apoiado por investimentos maciços da 21st Century Fox (4,8 milhões de libras) e da Breyer Capital (4 milhões de libras), nunca decolou financeiramente. De acordo com Express and Star, DriveTribe supostamente perdeu £ 12,5 milhões em seus primeiros dois anos de operação. A pandemia e a resultante escassez de semicondutores no setor automotivo, levando a “graves reduções nos orçamentos de marketing em todo o setor”, pioraram ainda mais as coisas para os negócios que dependiam fortemente da publicidade. RIP. (MAO)
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