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Zero a 300

O futuro de Ricciardo e Piastri | o fim do Suzuki Jimny brasileiro | as assinaturas da BMW e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

O futuro de Oscar Piastri e Daniel Ricciardo na F1

A novela iniciada pela saída inesperada de Fernando Alonso da Alpine continua indefinida e deverá se estender por mais alguns capítulos. A semana passada terminou com a contratação de Oscar Piastri pela McLaren dada como certa pela imprensa britânica, o que significa que a equipe irá mesmo bancar a multa rescisória para dispensar Daniel Ricciardo.

Ao que tudo indica, a McLaren acha que esta é uma oportunidade boa demais para deixar passar, pois Piastri é uma das grandes promessas da nova geração e, caso fosse bem-sucedido em outra equipe, a negociação futura seria mais cara e mais trabalhosa para a equipe. A ida de Piastri para a McLaren também tem um fator político/pessoal na história: Mark Webber, que é o empresário de Piastri, é muito próximo de Andreas Seidl, o atual chefe da equipe com quem trabalhou durante seus anos no WEC.

Enquanto isso, na França, o pessoal da Alpine parece ter ficado mais surpreso com a falta de lealdade de Piastri do que com a saída repentina de Alonso. O “chapéu” da McLaren na Alpine, aliás, se repete depois de três anos: em 2020 a equipe britânica fez o mesmo ao trazer Daniel Ricciardo da Renault (que era a Alpine antes de 2021). Esse episódio, aliás, é o que pode impedir o retorno de Ricciardo à equipe: a saída repentina em 2021 não foi muito bem-vista pelos franceses.

E isso fica especialmente claro porque, apesar de Otmar Szafnauer (o chefão da Alpine) dizer nunca ter visto uma carreira tão mal-conduzida como a de Piastri desde 1989, quando começou a trabalhar no automobilismo, a Alpine ainda está brigando para manter o piloto na equipe em 2023.

Ricciardo, por outro lado, dificilmente ficará fora da Fórmula 1 em 2023. Seja pela McLaren ou por outra equipe, uma vez que atualmente a Haas, a Alpha Tauri e a Alfa Romeo ainda não definiram o segundo piloto para 2023 — na Haas apenas Magnussen tem contrato para a próxima temporada, na Alpha Tauri apenas Pierre Gasly foi confirmado e na Alfa Romeo somente Valtteri Bottas tem contrato.

Os rumores na imprensa europeia dizem que Ricciardo já foi notificado sobre a rescisão, mas também dizem que ele está negociando com quatro equipes, apesar de não haver menção sobre quais são estas equipes — seriam McLaren, Alpine, Haas e Alfa Romeo? É o que sobra, pois voltar à Red Bull pela Alpha Tauri não parece ser uma opção real, visto que ela é a equipe de acesso da Red Bull.

E ainda há, claro, a possibilidade de uma simples troca de cadeiras entre McLaren e Alpine. Ricciardo, aliás, ganhou um “boost” de patrocínios neste intervalo de verão da F1, o que deve ajudá-lo a se manter na categoria. (Leo Contesini)

 

Suzuki para de fabricar Jimny no Brasil

Mais uma vítima de legislação: o Suzuki Jimny fabricado no Brasil, a versão mais barata do jipinho, deixou de ser fabricada em Catalão, Goiás. O Jimny Sierra, versão atual mais moderna e cara, continua sendo importado e oferecido nas lojas da Suzuki no Brasil.

O Suzuki Jimny ainda aparece no site da marca como modelo 2022, basicamente veículos de estoque produzidos ano passado, visto que o Proconve 7 parece ser um dos motivos para seu fim. Os preços variam de R$ 111.990 a R$ 137.990. Um exemplo claro de como este impulso legislatório lentamente sobe preços de carros novos: o Jimny Sierra, agora em diante a única opção, custa R$ 156.990 a R$ 179.990.

Questionada pelo site Motor 1, a marca disse: “A Suzuki Veículos confirma a chegada, em breve, ao mercado brasileiro de novos modelos, com novas tecnologias. A marca está reposicionando seus veículos com a saída de alguns para a chegada de outros”. A notícia vem em seguida ao dos cancelamentos do S-Cross e Vitara. É realmente uma pena o fim da opção mais “barata” de jipe aqui no Brasil, mas inevitável. RIP. (MAO)

 

Toyota vai trocar o motor de GR86 usado em track-day em garantia

Recapitulando: Blake Alvarado, um cidadão estadunidense, perdeu o motor de seu Toyota GR86 novinho, com 22 mil km rodados, e teve o conserto em garantia negado pela Toyota por ter usado o carro em track-day. O caso virou uma popular discussão no cibespaço durante a semana passada, mundialmente.

Agora chega uma notícia totalmente esperada, visto a repercussão do caso: Mister Alvarado vai ter seu automóvel consertado pela Toyota, com um motor novinho em folha. A Toyota também diz que o problema foi material defeituoso de junta de cabeçote que causou o problema no carro de Alvarado, e que o problema foi resolvido na produção.

A resolução era esperada, pois seria um desastre completo de relações públicas se não fosse assim. Afinal de contas, o GR86 é um carro que é vendido como sendo um carro esporte raiz, para uso inclusive em pistas; promoções de venda do veículo inclusive dão temporadas inteiras de track-day nos EUA como brinde ao felizardo dono. Mesmo que a garantia continue não cobrindo uso em pista. Deixar esse assunto “fermentar” nas redes sociais não seria uma boa ideia.

A Toyota soltou uma nota sobre o assunto; os grifos são nossos: “Em relação ao GR86 2022 de Blake Alvarado, a marca Toyota GR é movida por entusiastas e focada em oferecer experiências incríveis onde quer que o motorista leve seus veículos, incluindo pista fechada, para as quais seus veículos são projetados, desde que sejam conduzidos de uma forma que se enquadre nos termos da garantia.

Embora a garantia do veículo exclua danos resultantes de atividades como uso indevido e corridas, a simples participação em eventos da High Performance Driver Education (HPDE) da National Auto Sport Association (NASA) ou eventos instrucionais semelhantes da NASA fornecidos como cortesia aos proprietários de GR não faria, por si só, anular a garantia. As reivindicações de garantia são avaliadas caso a caso.

Traduzindo: a garantia não cobre pista, mas analisaremos caso a caso. Principalmente se este caso viralizar, claro. O fato permanece, e nos lembra algo importante: toda garantia tem uma cláusula deste tipo; é um risco que se corre em usar carro em pista. De novo: nada demais isso, faz parte, mas é sempre bom lembrar. E de qualquer forma, a Toyota deve de agora em diante honrar as garantias do GR86, mesmo usados em pista: seria um completo contrassenso não o fazer. (MAO)

 

BMW acredita que clientes vão se acostumar com as assinaturas

Suponho que devemos agradecer à Tesla por isso: a empresa cobra uma taxa mensal por algumas de suas tecnologias avançadas de assistência à direção há algum tempo. E não se engane: a maioria dos fabricantes abertamente falam sobre seus planos de abrir um novo campo para gerar receita, justamente essas assinaturas.

Você deve se lembrar que recentemente a BMW começou a cobrar, na Coréia, uma taxa mensal pela função de bancos aquecidos (entre outras) em seus carros. A resposta do público foi péssima, pois a ideia de comprar um carro com o aquecimento dos bancos instalado, mas só poder usá-lo se a BMW liberar mediante uma taxa mensal fere totalmente o princípio de que, uma vez comprado, o carro pertence totalmente ao seu dono. Filosoficamente, é um precedente perigoso.

Falando para a Bloomberg, o porta-voz da BMW, Torsten Julich, é citado dizendo: “Sabemos de nossos clientes que suas demandas de mobilidade não são tão estáticas quanto costumavam ser”. O que a BMW implica com isso é que seria como uma opção: pagar milhares de dólares por um recurso como o Full Self Driving da Tesla, ou pagar uma taxa mensal única quando fazemos uma viagem?

Veremos cada vez mais deste tipo de conversa no futuro. Por isso começou devagar, na Coreia: esperam que lentamente nós vamos nos acostumar com a ideia, e assim, lentamente tornar algo que hoje parece absurdo, normal. Lembram a história do sapo, que se jogado na água fervendo pula e escapa da morte, mas se lentamente esquentado morre quietinho?

Não se enganem: as empresas enxergaram uma nova forma de nos separar de nosso dinheiro, e não desistirão dela fácil; apenas estão fazendo isso a conta-gotas para que a maioria nem perceba. Mas é um movimento que já estão perseguindo ativamente, desde já. (MAO)

 

Ford Escort RS Turbo da Princesa Diana vai à leilão.

Empatia. É o que faz a gente realmente lembrar com carinho das pessoas, mesmo muito tempo depois dela partir deste plano. Gostamos de pessoas que sejam reais, sem falsidades exageradas, e que mostrem também vulnerabilidades e sofrimentos que, todo mundo no fundo sabe, é parte da vida de todos. Até dos ultra-ricos e ultra-famosos.

Veja por exemplo Lady Diana Spencer, a antiga princesa de Gales. Apesar de bem-nascida, fabulosamente rica, famosíssima, e parte da normalmente odiada ínfima parcela da população mundial que detém toda a riqueza do mundo, é mundialmente conhecida como a “Princesa do Povo”.

Tudo por ter elegantemente tornado as inevitáveis mazelas de sua vida, públicas, e por isso mesmo gerando empatia, e a distanciando da imagem sisuda da realeza. E, também, por evitar o pedantismo e a superioridade normais então em meio a família real britânica. Parecia uma pessoa normal, embora não fosse. Afinal de contas, ninguém normal morre na traseira de um Mercedes-Benz W140 blindado, dirigido por chauffer, junto de um bilionário saudita, fugindo de paparazzi, de noite, e em Paris.

Mas muito da imagem de Diana vem também, claro, do que ela dirigia. Somente o fato de que dirigia, já era legal; mas ela sabia escolher seus carros também. É famoso seu Porsche 964 conversível, mas se existe um carro que ajudou a montar a imagem da “Princesa do Povo”, é este que agora é oferecido em leilão dia 27 de agosto, pela Silvestone Auctions. Um Ford Escort RS Turbo.

O carro é perfeito para a imagem dela: é um Ford, acessível e empático para a maioria da população inglesa. Mas é também o mais rápido e cool de todos os Escort Mk3. Proletariado chique, na medida certinha.

O Escort RS Turbo de 1985 tinha seu motor de 1,6 litro OHC melhorado por meio de um comando de válvulas mais bravo, injeção multiponto Bosch, e turbocompressor, para 132 cv a 6000 rpm. Como pesava menos de 1000 kg, era bem rápido: nove segundos de 0-100 km/h e 200 km/h de final. Bancos Recaro, rodas especiais e suspensão recalibrada faziam parte do pacote.

Inicialmente, Diana teve um Escort conversível vermelho brilhante, mas sua equipe de segurança não gostou de como o carro chamava atenção. Mensagens foram trocadas entre o Comando de Proteção da Realeza e a divisão de relações públicas da Ford, e um acordo foi alcançado. Diana recebeu um Escort RS Turbo, mas com uma diferença. A maioria dos RS eram brancos ou vermelhos, mas o da princesa seria um discreto preto. Somente três Escort RS Turbo pretos existem: um para ela, e os outros dois para a equipe de segurança dela.

As estimativas indicam que este carro, neste leilão, deve se tornar o mais caro Escort da história. A ver. (MAO)


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