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Tera argentino vem com quatro cilindros aspirado

O VW Tera foi lançado no mercado argentino. É basicamente o mesmo carro que temos aqui, aquele que criou uma verdadeira confusão quando se visita uma concessionária VW: Polo, Tera e Nivus todos embolados em preço, e basicamente o mesmo carro. Ein? Pois é. Um amigo desistiu de explicar para a esposa: “só vê o que você acha mais bonitinho aí, e a gente leva”.

Mas os argentinos têm uma versão que não é oferecida aqui. É o motor quatro em linha aspirado DOHC 16 válvulas e 1,6 litro que temos aqui nas Saveiro, e antes era opção no Polo e Virtus. Na Argentina, oferecido somente a gasolina, tem 110 cv e 15,7 mkgf, e é o motor básico: pode vir com câmbio manual de cinco velocidades ou automático de seis. Não há, na Argentina, o 1.0 aspirado de três cilindros no Tera; a legislação lá não dá vantagens de preço a ele, então o básico lá é o 1.6.

Estranhamente, a versão mais sofisticada e cara, a 170 TSI, tem menos potência. Vem com o 1.0 Turbo, que lá, de novo apenas a gasolina, volta ao tempo do Up! TSI com apenas 101 cv. É exclusivamente oferecido com caixa automática de seis velocidades.

No Brasil, a frenagem autônoma de emergência (AEB) é item de série em todas as configurações. Na Argentina os clientes ainda podem escolher ficar sem essa intrusão no seu comando em nome da segurança: será de série apenas nas versões mais caras High e Outfit. Nas mais acessíveis, Trend e Comfort, estará disponível apenas como opcional, sem valor divulgado. Teve gente noticiando que “Tera argentino será menos seguro”, quando o correto seria “Tera argentino dá direito de escolha ao cliente”.
Estão melhor os Argentinos em termos de Tera? Bom, na versão topo de linha não: o nosso é mais potente. Mas certamente em versões mais baratas, sim. Aqui em casa temos um Virtus 1.6 manual e um Nivus 1.0 Turbo automático. O Virtus, apesar dos 6 anos de idade e 120 mil km, é mais econômico e mais veloz de uma forma que qualquer um percebe facilmente; o que significa “bastante”. E lembre-se: o Nivus 2026 é a versão de 128 cv.

Mas de qualquer forma, a linha da VW hoje, apesar de confusa em preço e essencialmente o mesmo carro em dois entre-eixos (Polo, Tera e Nivus com 2.566 mm e Virtus e T-Cross com 2.651 mm), permanece uma de carros de uso bem úteis. Estão longe de perfeitos ou foco de paixão, mas são sólidos, duráveis, e fáceis de manter. E se com o 1600 com câmbio manual, até bem divertidinhos de guiar no dia-a-dia, e ainda mais duráveis e econômicos. Sorte dos argentinos, que ainda tem esta opção. (MAO)
Cadillac CT5-V Blackwing Curated by Cadillac

Com todo esse blablablá de eletrificação na Cadillac, e o fato de que o único que vende bem mesmo é o paquidérmico Escalade, a maioria das pessoas esquece que os melhores Cadillac continuam a ser os sedãs. E que hoje em dia, são até mais desejáveis que muitos carros alemães mais populares. Uma pena: vendem pouco, mas são os únicos Cadillac que realmente mereciam ser um sucesso.

Vejam o caso do CT5-V Blackwing: é um carro incrivelmente especial, com um motor V8 “LS” de 6,2 litros supercharged com nada menos que 677 cv, e, pasme, uma transmissão manual de seis marchas. Em 2025! Agora, a empresa anunciou que ele pode ficar ainda melhor graças ao novo programa “Curated by Cadillac”.

E olha veja só: o programa é um spin-off de um programa de carro elétrico, o do Celestiq. Inspirada no mesmo processo de criação sob medida que dá origem ao ultraluxuoso elétrico, a Curated by Cadillac visa estabelecer um “novo padrão em luxo personalizado”. Como parte desse esforço, o CT5-V Blackwing oferece ampla personalização, com o auxílio de um concierge dedicado.

Cada membro da equipe de concierge tem experiência em design e trabalhará com os clientes para dar vida a seus veículos exclusivos. A Cadillac não entrou em muitos detalhes, mas afirmou que os clientes encontrarão uma paleta de cores expandida, com mais de 160 opções. A marca diz que cada carro será “feito à mão” no Artisan Center em Warren, Michigan. Certamente um exagero: partes dele serão refeitas a mão lá, muito provavelmente.

Além da pintura personalizada, o carro contará com uma seleção expandida de cores e materiais para o interior. Estes podem ser “misturados e combinados em milhões de combinações diferentes para proporcionar um ambiente interno tão individual e único quanto cada cliente”.

Mas não será barato, claro: o “Cadillac CT5-V Blackwing Curated by Cadillac” vai custar a partir de aproximadamente US$ 158.000 (R$ 850.758), nada menos que US$ 56.000 (R$ 301.534) a mais do que o modelo normal. Mas nos dias de hoje, talvez seja o segredo para aumentar vendas: mas caro e “exclusivo” parece o caminho. Por mais estranho que pareça. (MAO)
Koenigsegg Jesko anda mais que qualquer elétrico

Todo mundo sabe que o elétrico tem números de desempenho imbatíveis hoje em dia. Some alta potência e torque, torque total desde zero rpm disponível, e controle muito mais preciso de quanto desse torque é despejado, e o elétrico é sempre mais rápido e veloz. Ou não?
Na verdade, a disputa está acontecendo, e ainda não há um vitorioso completo. Lá nos limites do possível, batalham o Rimac Nevera do lado dos elétricos, e o Koenigsegg Jesko do lado da combustão interna. E hoje, é hora da marca sueca reaver o pódio.
Para que a Koenigsegg recuperasse o recorde de 0-400-0 km/h da Rimac, foram necessários apenas alguns ajustes de software no Jesko Absolut. Os engenheiros de software da empresa recalibraram a transmissão Light Speed e o sistema de gerenciamento do motor, além de introduzir um novo sistema de controle de torque que agora permite que o Absolut gerencie a tração “como nunca antes”.
As mudanças, que a Koenigsegg chama de Absolut Overdrive, serão implementadas para os clientes atuais. O Jesko completou a prova de 0-400-0 km/h em 25,21 segundos e o desafio de 0-250-0 mph (0-402-0 km/h) em 25,67 segundos, superando o Rimac Nevera R por meio segundo. O 0-400 km/h se deu em 16,77 segundos, contra 17,35 do Nevera! Carros rápidos, de verdade.

O Rimac tem quatro motores elétricos, um por cada roda, que totalizam 2.107 cv, em um carro de 2300 kg. O Koenigsegg Jesko Absolut Overdrive vem com um V-8 biturbo de 5,0 litros que produz 1.600 cv, tração só traseira, mas pesa quase uma tonelada a menos: 1390 kg. Números que mostram dois mundos diferentes. Qual é o melhor? Deixo para vocês formarem sua própria opinião.
“Conseguir esse nível de desempenho com um carro de produção utilizando apenas um motor a combustão com tração traseira — superar todos os carros elétricos com tração nas quatro rodas em linha reta — é quase mágico e mostra que ‘verdades’ podem ser reescritas”, disse o fundador da empresa, e nosso herói, o aristocrático e gente-fina Christian von Koenigsegg.

A Koenigsegg quebrou o recorde da Rimac em 7 de agosto no aeródromo de Örebro, com o piloto de testes de fábrica Markus Lundh ao volante, e é o mesmo Jesko que estabeleceu o recorde anterior da Koenigsegg em 2024. A luva está de volta ao ringue; quem vai pegá-la no chão? (MAO)
Ian Callum cria um Vanquish Shooting Brake

Ian Callum, o pai da linguagem moderna dos Aston Martin inaugurada no seu DB7, e famoso diretor de design da Jaguar, hoje é dono de um estúdio independente / fabricante de automóveis. Sua mais nova criação é de fazer cair certas partes da anatomia humana que deveriam estar fixas. Um Aston Martin Vanquish Shooting Brake.

Isso mesmo: o mais recente projeto reinventa o Aston Martin Vanquish 2001 como uma peruinha sensacional. Embora tenha sido apresentado apenas como um conceito de design, o Vanquish 25 Shooting Brake pode se transformar em um modelo de produção, caso alguém esteja disposto a desembolsar uma quantia inevitavelmente alta para encomendar um.

Ao transformar o Vanquish em um Shooting Brake, Ian Callum fez algumas mudanças na dianteira do carro, adicionando uma grade secundária maior e novas entradas de ar onde antes ficavam os faróis de neblina originais; uma tentativa de mudar o que não pode no carro original, em sua época. Esse tipo de revisionismo, o designer original mudando o carro para seu desejo, 25 anos depois, é algo que nunca vimos antes da jornada atual de Callum. E é sensacional.

Novos faróis também foram instalados, completos com luzes DRL, acompanhados por um capô novo e agressivo. Acima, o teto de fábrica dá lugar a um amplo painel de vidro panorâmico que se estende até uma traseira sutilmente elevada, formando a inconfundível silhueta de um shooting brake. Completando o exterior, rodas de liga leve exclusivas, lanternas traseiras fumê e um Splitter traseiro redesenhado.
Sob o capô, o estudo prevê um V12 de 6,0 litros naturalmente aspirado ligeiramente modernizado, com admissão de fibra de carbono, comando de válvulas revisado e nova calibração para produzir 60 cv adicionais, elevando o total para 580 cv.

O chassi tem amortecedores Bilstein, freios de carbono-cerâmica, bitola mais larga e barras estabilizadoras mais rígidas, tudo visando aprimorar a dirigibilidade sem comprometer o caráter original do Vanquish. Alguém se prontifica a encomendar um? Pois se você tem os meios, é algo altamente recomendado. (MAO)