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Zero a 300

Russell na Mercedes (e Albon na Williams), sucessor do Pagani Huayra terá motor V12, o novo Lotus Emira de corrida e mais

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Russell vai para a Mercedes, Albon entra em seu lugar na Williams

Na última terça-feira (7) a Mercedes-AMG confirmou a contratação de George Russell para 2022 – colocando um fim ao “mistério” sobre quem seria o colega de Lewis Hamilton na equipe. Aspas porque, bem, todo mundo já sabia – Wolff praticamente admitiu o contrato há alguns dias, quando disse que só faria o anúncio quando o futuro de Valtteri Bottas estivesse garantido. Com Bottas na Alfa, o caminho ficou livre para Russell. Certamente foi só assinar os papéis.

Aquele que um dia foi um jovem fã de Lewis Hamilton agora trabalha com ele – e, considerando escalada excepcional de seu desempenho nas últimas duas temporadas, mesmo com aquele que provavelmente é o pior carro do grid (e sim, dói dizer isso da Williams), é bem possível que estejamos testemunhando o nascimento de um novo ídolo que tem tudo para dar uma nova dimensão às disputas.

Em seu lugar, a Williams anunciou a chegada de Alexander Albon, que competiu em 2018 pela Toro Rosso e, em 2019 e 2020, pela Red Bull. Em 2021, o piloto tailandês foi reserva na Red Bull, e passou seu tempo livre competindo na DTM – ou seja, ele não ficou parado. Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, comemorou a contratação de Albon e prometeu que vai acompanhar seu progresso e sua evolução na equipe adversária. O colega de Albon na Williams será Nicholas Latifi, que renovou seu contrato.

Se a atual temporada, mesmo na atual conjuntura, anda surpreendendo por corridas imprevisíveis e uma disputa acirradíssima no campeonato, o ano que vem promete ser épico – além da dança das cadeiras das equipes e pilotos, também haverá a estreia do novo regulamento. Que venha 2022!

 

Sucessor do Pagani Huayra chega em 2023 com motor V12 AMG

A Pagani é uma daquelas fabricantes “de um homem só” que o MAO sempre menciona (quem acompanha nosso podcast sabe do que estou falando) – por mais que seja uma empresa com dezenas de funcionários e diversas facetas em seu negócio, Horacio Pagani ainda é o CEO e principal projetista da empresa, fazendo superesportivos exatamente como quer, sem ter que responder a bean counters. E ele decidiu que, como seus clientes fazem questão de um carro com motor V12, um carro com motor V12 eles terão.

Isso porque, como você bem sabe, o Pagani Huayra já tem dez anos – tempo mais que suficiente para nos habituarmos a ele. Assim, é chegada a hora de pensar em seu sucessor. Que, o próprio Horacio Pagani garante, continuará movido pelo motor alemão.

Atualmente chamado pelo codinome “C10”, o novo hipecarro trará uma versão atualizada do V12 biturbo de seis litros da AMG – um propulsor que, no Huayra BC, chega aos 800 cv e 107 kgfm de torque. Pagani diz que o motor não só será mais potente, como também estará de acordo com as leis de emissões pelo menos até 2027. Algo que só é possível porque a Pagani produz menos de 50 carros por ano e, por isso, tem metas menos agressivas para cumprir.

Conversando com o Top Gear, Pagani diz que foi uma decisão muito simples – a fabricante sempre procura ouvir seus seus clientes e perguntou a eles o que eles procuravam em um eventual sucessor do Huayra. “No fim, nenhum deles estava interessado em um Pagani elétrico ou mesmo híbrido”, revelou. “Em vez disso, eles expressaram o desejo de ter mais um carro leve e fácil de guiar. Isso levou a uma jornada de trabalho duro com a Mercedes-AMG, por mais de 72 meses, para criar o novo V12 Pagani com potência e torque extraordinários – e vamos colocá-lo em um carro como o Roadster BC, que pesa menos de 1.300 kg.”

Horacio Pagani também falou sobre o elefante branco na sala – o fim dos motores a combustão, que no caso da Mercedes-AMG está marcado para acontecer em 2030. E, novamente, eis a beleza de uma companhia “de um homem só”: Pagani resolveu, paralelamente, dar sequência ao desenvolvimento de um powertrain alternativo. Só por precaução.

“Nos últimos três anos, apesar do fato de nenhum cliente ou revendedor ter expressado, em momento algum, qualquer tipo de interesse nessa direção, temos trabalhado em um carro com powertrain alternativo.” Note que Pagani evitou usar a palavra “elétrico”, mas dificilmente se trata de outra coisa. No passado, ele já havia dito achar interessante a ideia de um superesportivo elétrico, e que  caso a Pagani seguisse nessa direção, o desafio seria torná-lo leve.

Mas talvez seja melhor se preocupar com isso mais adiante, quando o contrato com a AMG acabar. Até lá, o V12 está garantido.

 

Lotus Emira ganha versão de corrida

O Lotus Emira, último esportivo de combustão interna da lendária fabricante britânica, acaba de ficar ainda mais interessante: foi anunciada nesta semana sua versão de corrida, o Emira GT4.

Como o nome diz, trata-se de um Lotus Emira modificado para correr na categoria GT4 da FIA. Para isso, ele passará por uma dieta para chegar aos 1.260 kg (ou menos) – em comparação, a versão de rua tem 1.405 kg. Além disso, ele trará um novo kit aerodinâmico com tudo a que tem direito – spoiler dianteiro, difusor traseiro e uma asa nada discreta – e gaiola de proteção aprovada pela FIA. Sem falar nas rodas de 18 polegadas com pneus Pirelli GT4 (a versão de rua calça rodas de 20 polegadas). A Lotus ainda menciona uma célula de combustível com capacidade para 96 litros e novos sistemas de freios e suspensão.

O que não vai mudar será o motor: o Emira GT4 trará o mesmo motor V6 Toyota de 3,5 litros com supercharger da versão de rua – produzindo os mesmos quatrocentos-e-poucos cv.

A Lotus não diz quantos carros serão feitos, mas garantiu um lote inicial para a temporada de 2022 da FIA GT4.

 

Itália quer leis menos severas para esportivos a combustão, diz ministro

Na contramão do movimento anti-combustão na Europa, a Itália pode se posicionar por leis mais brandas para os carros esportivos. De acordo com Roberto Cingolani, ministro da transição ecológica na Itália, Cingolani diz que existem discussões acerca de como as novas leis que proíbem motores a combustão irão afetar as fabricantes de esportivos e superesportivos – e que há certa tendência a um relaxamento das metas para o segmento.

Isso porque, como se sabe, grande parte da Europa planeja extinguir os motores a combustão dos carros novos a partir de 2035. Porém, segundo o ministro, no caso dos esportivos e superesportivos a conta pode sair muito cara. Ele argumenta que, como são empresas  de nicho, com menor receita e menos volume de produção, estas fabricantes não têm condições de abandonar a combustão interna com a mesma urgência – o que é especialmente válido no caso das fabricantes que operam de forma artesanal ou próxima disso.

Na prática, uma possibilidade é que o prazo para a transição seja prorrogado no caso das fabricantes de esportivos – que têm marcas de peso como Ferrari, Lamborghini, Maserati, e mesmo Pagani, como representantes na Itália.

 

Ford Maverick XLT pode ser a versão vendida no Brasil

A Ford confirmou a chegada da picape Maverick ao Brasil em 2022 – e, naturalmente, a grande questão tem a ver com a versão e o preço.

Nos Estados Unidos, a picape monobloco nasceu para ser o novo modelo de entrada da marca. Por lá, a versão mais acessível (XL) custa US$ 19.990 –  pouco menos que um Ford EcoSport. Ela vem com rodas de aço estampado e acabamento espartano, mas de cara já é equipada com motor 2.5 aspirado híbrido de 193 cv. Opcionalmente, qualquer versão pode ser equipada com o motor 2.0 turbo Ecoboost de 253 cv.

Como dificilmente a Ford traria uma versão básica da Maverick em sua nova fase por aqui, é certo que a fabricante optará por uma variante recheada. E os colegas do Autos Segredos dizem já saber qual será: a Maverick XLT, completa com motor 2.0 Ecoboost, câmbio automático de oito marchas e tração nas quatro rodas.

Nos EUA, a versão XLT já vem com ar-condicionado, painel analógico com tela de 4,2 polegadas para o computador de bordo, sete airbags, monitoramento de pressão dos pneus, controles de tração e estabilidade, hill-holder, central multimídia SYNC3 de 8”, som Bang & Olufsen com seis alto-falantes.

Com tudo isso, só podemos reforçar nossa teoria de que, caso venha para brigar com a Toro, a Ford Maverick XLT deve mirar nas versões de topo Ultra e Ranch – e olhe lá. Levando em conta que o Bronco Sport, com quem divide plataforma, já se aproxima dos R$ 270.000, uma etiqueta com menos de R$ 200.000 pela Maverick seria um feito notável.