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Salão do Automóvel é adiado para 2021
O Salão do Automóvel de São Paulo não será mais realizado em novembro deste ano. Segundo a apuração da revista Quatro Rodas, a organizadora do evento, Reed Exhibitions, decidiu adiar a exposição para 2021 devido à desistência de mais de dez grandes fabricantes, além da cotação do dólar elevada e até mesmo à possibilidade da propagação do coronavírus.
A organização do evento ainda não confirmou a data em que o evento será realizado em 2021, porém realizou uma reunião com a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta última quarta-feira (4) na qual discutiria a situação da exibição. O comunicado oficial deverá ocorrer nesta sexta-feira (6), durante a coletiva da entidade.
No lugar do Salão do Automóvel, a Reed estuda realizar um evento diferente voltado ao público do Salão, na mesma época e no mesmo local, porém ainda não há nada confirmado. A intenção de adiar o Salão também se deve ao fato de que há diversos lançamentos importantes para previstos para 2021, o que poderia torná-lo mais atrativo para os fabricantes que desistiram de participar desta edição de 2020.
Ainda que o Salão venha a ser realizado no início de 2021, com mais fabricantes, será necessário reinventar o formato que, como dissemos anteriormente, já tem mais de 100 anos e remete a uma época em que os automóveis eram uma grande novidade tecnológica. Com custos elevados e uma segmentação muito específica do público, esse tipo de evento acaba se tornando pouco atrativo em termos de retorno do investimento.
É precipitado, contudo, considerar que as pessoas não se interessam mais por automóveis. A questão talvez seja apenas a forma na qual os carros são apresentados: o Salão nunca foi barato e, como disse mais acima, é extremamente segmentado e voltado a um público que já tem um grande interesse por carros. Mais ou menos o que chamamos de “pregar para convertidos”. (Leo Contesini)
M4 vaza com dianteira “polêmica”
É… parece que o BMW M4 vai mesmo ter a polêmica dianteira que troca a grade duplo-rim por uma nova abordagem “dentes-de-castor”. Depois de uma série de projeções e flagras bem disfarçados — e do lançamento do i4 com esta identidade — o pessoal do Bimmerpost conseguiu uma foto meio torta do carro sem nenhum tipo de camuflagem na dianteira, praticamente confirmando o visual.
O modelo será diferenciado do M3 (o sedã) pelo formato da grade, que é separada em duas por uma barra vertical, enquanto o M4 flagrado tem apenas a sugestão da divisão, formando uma grade geométrica e menos “ousada”, digamos, e também por isso mais harmônica.
Há algo realmente estranho acontecendo com a boa e velha BMW. Não duvido que o carro continuará sendo a referência em comportamento dinâmico neste segmento, mas, acho que a BMW cometeu um erro ao transformar o M3 no M4, criando um nome com quase nenhuma identificação com aqueles cupês dos anos 1980, 1990 e 2000. E isso é especialmente negativo agora que ela decidiu por abandonar o tradicional design evolutivo dos alemães para enlouquecer completamente sobre as pranchetas do departamento de design. O resultado é um BMW com nome estranho e visual polêmico. Vejamos como ele se sai no mundo real. (Leo Contesini)
Novo BMW X6 é lançado no Brasil por R$ 515.000
A BMW lançou no Brasil a nova geração de seu SUV-cupê X6 – também conhecido como um dos grandes responsáveis por popularizar este tipo de carroceria que, entre os entusiastas, é no mínimo controverso. Mas é um carro que faz sucesso entre seu público-alvo.
A BMW decidiu trazê-lo em versão única, a xDrive40i M Sport, equipada com um seis-em-linha biturbo de três litros com 340 cv a 5.500 rpm e 45,6 kgfm de torque. O motor, naturalmente, é ligado ao câmbio automático ZF de oito marchas, com tração nas quatro rodas. É o suficiente para ir de zero a 100 km/h em 5,5 segundos, com velocidade máxima limitada em 250 km/h.
A nova geração ficou maior e até mais elegante, especialmente com o novo desenho da traseira. E e agora ele tem 4,93 metros de comprimento (2,6 centímetros a mais) e 2,97 m de entre-eixos (um aumento de 4,2 cm). Por outro lado, agora ele ficou 6 cm mais baixo, com 1,69 m. Com isto, suas proporções ficaram ligeiramente mais horizontais e harmônicas, verdade seja dita.
O preço do novo X6 parte de R$ 514.950 – sim, é um carro caro. Por este valor, ele oferece diversos itens de série sofisticados, como o Intelligent Personal Assistant, sistema que recebe comandos de voz; assistentes ativos de estacionamento e permanência em faixa; câmera de ré de 360; Display Key, chave com uma tela colorida que exibe informações como localização do veículo e alertas de manutenção; sistema Live Cockpit Professional, com duas telas de 12,3 polegadas; reconhecimento de gestos e conexão à Internet com cartão SIM. (Dalmo Hernandes)
Suposto Lamborghini Huracán STO aparece camuflado
O usuário do Instagram @allanlambo publicou em seu perfil fotos de um Lamborghini Huracán camuflado com alguns detalhes interessantes – um scoop no teto, uma enorme asa traseira, saídas de ar na região do vigia e novos para-choques. Ao que tudo indica, este carro pode ser o esperado Huracán Super Trofeo Omologato – versão legalizada para as ruas do Huracán Super Trofeo, que compete nas categorias GT da FIA.
Segundo informações publicadas pela revista Automobile Magazine em 2019, o carro já recebeu o sinal verde da cúpula da Lamborghini, e deverá ser lançado como ano-modelo 2021 – ou seja, possivelmente ele será apresentado antes do fim de 2020.
De acordo com informações publicadas no fórum Piston Heads, citando fontes internas da Lamborghini, o Super Trofeo Omologato terá o mesmo motor V10 naturalmente aspirado de 5,2 litros e 640 cv do Huracán Evo, porém contará com uma bela redução de peso, perdendo cerca de 150 kg – ou seja, o STO pesará aproximadamente 1.270 kg. Ele também deverá contar com alguns componentes do carro de competição, como os freios, por exemplo. De todo modo, o carro terá produção limitada – algo entre 400 e 700 exemplares, segundo boatos. (Dalmo Hernandes)
Gumpert Nathalie, primeiro carro movido a célula de combustível de metanol, é apresentado
A Gumpert, que ficou famosa graças ao supercarro Apollo, decidiu mudar de abordagem e apostar em combustíveis alternativos. Prova disso é o Gumpert Nathalie, cupê esportivo que usa uma célula de combustível de metanol para gerar energia elétrica – e alimentar um motor de 544 cv.
O carro foi desenvolvido em parceria com a fabricante chinesa Aiways, que é a atual dona da Gumpert, e projetado pelo próprio Roland Gumpert. O design da carroceria ficou a cargo do japonês Ken Okuyama, famoso por seu envolvimento no projeto da Ferrari Enzo.
O Gumpert Nathalie usa a célula de combustível de metanol para produzir hidrogênio e eletricidade – esta, responsável por alimentar o motor de 540 cv. Este é ligado a duas caixas de duas marchas sincronizadas, uma para cada eixo, e o conjunto leva o carro de zero a 100 km/h em 2,5 segundos, com velocidade máxima de 300 km/h. O tanque de metanol tem 65 litros de capacidade e leva três minutos para ser abastecido. Com o tanque cheio, mais uma bateria reserva, o Gumpert Nathalie tem autonomia de até 820 km.
O carro ainda tem uma carroceria feita com materiais alternativos e ecológicos – fibras de linho, por exemplo, são responsáveis por 50% da composição dos painéis. Serão feitos 500 exemplares, custando US$ 455.000 (o equivalente a quase R$ 2,1 milhões em conversão direta), com entregas começando em 2021. (Dalmo Hernandes)
BMW apresenta novo logotipo
Sim, BMW de novo neste Zero a 300, mas é a última. A fabricante bávara apresentou com o i4 a versão “light” de seu logotipo, que passa a ser bidimensional (ou seja, sem efeitos sombreados e de relevo), além de abandonar o aro preto ao redor do círculo azul e branco da Baviera em favor de um elemento vazado. Sabe aquela história que sempre mencionamos aqui, de os alemães viverem se copiando? Pois é uma abordagem muito parecida com a da Volkswagen, não?
O objetivo, aliás, é o mesmo: torná-lo mais adequado aos formatos digitais e trazer um aspecto mais leve e limpo, características desejavelmente associadas aos modelos híbridos e elétricos. Além disso, a defesa criativa do logotipo diz que ao remover a cor preta, a BMW passa uma mensagem de clareza e transparência para o consumidor.
A mudança é, de certa forma, um distanciamento muito mais radical de sua origem do que o novo logotipo da Volkswagen, que remete à versão utilizada nos anos 1950 e 1960. A BMW sempre usou a cor preta ao redor de seu círculo bávaro para destacar as letras de seu nome e, sinceramente, não me parece uma decisão muito inteligente porque a transparência do logotipo irá destacar a cor do veículo, que nem sempre será harmônica com o azul do centro, enquanto o preto é uma tonalidade neutra, que servia como transição e isolamento do azul.
Contudo, note que o BMW M3 flagrado ainda tem o logotipo antigo, com o anel externo preto. Talvez o novo logotipo seria aplicado inicialmente apenas nos modelos híbridos e elétricos da linha i. (Leo Contesini)