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Nissan Sentra volta em 2023
Se você achava que a Nissan iria manter no Brasil uma linha enxuta, formada apenas pelo Kicks e pelo Versa no segmento mais popular e pelo Leaf e pela picape Frontier em nichos mais específicos, bem, aqui vai uma surpresa: a marca confirmou a volta do Sentra ao Brasil. Sim, um sedã médio em pleno 2023.
A Honda parece ter desistido do seu, a GM não se mostra muito empolgada em substituir o Cruze, a Toyota já conseguiu fazer o Corolla Cross mais popular que o Corolla sedã, mas, mesmo com este cenário, a Nissan vai bancar o lançamento de um sedã médio no Brasil em pleno 2023 — uma aposta ousada e respeitável, simplesmente pelo fato de tentar oferecer algo que, talvez, não esteja tão em baixa como parece.
O que a Nissan tenta fazer, pelo jeito, é fisgar o público que não poderá trocar seu Civic usado por um novo porque a Honda não tem um Civic novo. Como o público do Honda costuma ter um perfil diferente do público do Toyota, é possível que eles estejam realmente fazendo esta aposta.
Infelizmente a Nissan se limitou a dizer que trará o carro e que fará isso no primeiro semestre de 2023. Não há menção a versões e motorizações, muito menos a preço. O que sabemos é que o carro é produzido no México e, por isso, tem o benefício da isenção do Imposto de Importação — o que o torna mais competitivo que a eventual volta do Civic, que é feito no Canadá e nos EUA, mas não no México e, por isso, terá que deixar uma boa grana na alfândega. O modelo é o mesmo produzido desde 2019 lá fora.
Sobre a motorização, o Sentra brasileiro já teve um motor exclusivo quando compartilhava o 2.0 com a Renault. Desta vez, contudo, o Sentra deve vir com uma versão mais atual daquele 2.0 (DR20DE), que troca a injeção no coletor pela injeção direta (DR20DD), embora mantenha a potência na casa dos 150 cv. Eu não esperaria uma versão 1.3 turbo SCe de 170 cv por aqui. Embora isso pudesse ser uma estratégia matadora para o Sentra no Brasil, é bem provável que a projeção de vendas neste segmento encolhido não justifique o investimento. (Leo Contesini)
O novo Ruf Bergmeister
Pegue um prato de Eisbein, um copo de Eisenbahn, vista um lederhosen e venha pronunciar o nome da mais nova criação da Ruf, que deve ter o nome mais alemão já visto no universo automotivo desde o acidente que levou Manfred Winkelhock: o Ruf Bergmeister. Repita como se estivesse dando uma bronca apocalíptica em alguém: RUF BÉRG MAISTER!
Você já viu um Porsche com esse “berg” no nome antes, o Porsche 909 Bergspyder, o carro mais leve já feito pela Porsche, criado a pedido de Ferdinand Piëch, que era tão obcecado pela redução de peso quanto Colin Chapman e Jane Fonda. O carro tinha só 385 kg (sim: trezentos e oitenta e cinco quilogramas, por extenso para não restar dúvida) e foi o campeão europeu de subida de montanha de 1968. Bergspyder é justamente “spyder da montanha” — logo, Bergmeister é “o mestre da montanha”.
É claro que a Ruf não faria um spyder de corrida quase sem nenhum apelo estético como era o 909 Bergspyder. Por isso, eles chamaram ninguém menos que Tony Hatter, que você talvez não conheça, mas foi o cara que desenhou o 993.
O modelo foi feito sob a encomenda de um cliente, que pediu “um carro divertido, inspirado nas subidas de montanha” e, como a própria Ruf tem um histórico conhecido nas subidas de montanha europeias, o resultado foi o Bergmeister.
O carro é baseado em um monobloco de de 993 conversível que Alois Ruf tinha guardada em sua fábrica. Os paineis da carroceria foram substituídos por novos de fibra de carbono e o motor é o mesmo flat-6 turbo de 3,6 litros que a Ruf instalava no BTR2 dos anos 1990, porém com algumas atualizações como as bielas de titânio e, claro, um novo gerenciamento eletrônico. O resultado são 450 cv e 61 kgfm despejados no câmbio manual de seis marchas, que manda tudo para o eixo traseiro. As rodas têm 19 polegadas e são muito parecidas com as usadas no atual Ruf SCR, combinadas aos freios de carbono-cerâmica.
Por dentro, ele é o mais espartano possível, com apenas dois bancos concha com camurça e o tecido houndstooth/pied-de-pole “Pepita” e apenas comandos de ventilação, luzes de neblina e chave geral de bateria no painel. O carro pesa 1.099 kg, afinal, a homenagem não pode ser apenas no nome e no visual.
Segundo a Ruf, 15 clientes já manifestaram interesse no Bergmeister, então parece que teremos 15 unidades dele rodando pelo mundo. O modelo feito sob encomenda irá para o cliente que o encomendou, claro, os demais, serão baseados no atual monocoque de fibra de carbono da Ruf, aquele usado no CTR Anniversary, o que significa que eles serão ainda mais leves que o 993 modificado. (Leo Contesini)
Daniel Ricciardo deixa a McLaren
Parece que o caminho de Piastri para a McLaren está livre: Daniel Ricciardo não irá mais correr pela equipe a partir de 2023. Ricciardo e a McLaren chegaram a um acordo para encerrar seu contrato antecipadamente, visto que o piloto tinha um acordo de três anos com a equipe, firmado no final de 2020.
Ricciardo não divulgou seus planos para o futuro, mas disse que irá contá-los em breve. A McLaren, claro, não disse os motivos que levaram à saída de Ricciardo, mas basta ver seu desempenho comparado ao de Lando Norris que a razão fica evidente: Ricciardo, apesar de ter vencido oito corridas em sua carreira e ter quase 10 temporadas de experiência, está 59 pontos atrás do novato (mas não muito) Norris.
Isso, claro, sem contar a negociação que Mark Weber, empresário de Oscar Piastri, vinha fazendo com a equipe britânica, cujo diretor Andreas Seidl trabalhou com Weber no programa da Porsche no Mundial de Endurance. (Leo Contesini)
A Ferrari 410 Sport Spider de Fangio, Shelby e Hill foi vendida por R$ 113.000.000
O que você acha de sentar a sua busanfinha no mesmo lugar onde antes repousaram os mais famosos derrières de gente como Carroll Shelby, Juan Manuel Fangio e Phil Hill? Um carro vencedor de inúmeras corridas e sobre o qual disse Shelby: “Enzo Ferrari me disse que este foi o melhor carro que ele já construiu.”? Sem dúvida nenhuma, mesmo antes de se avaliar sua raridade, estado, e atributos como veículo, um carro desses, quando colocado à venda, certamente baterá recordes de valor.
Assim foi com este Ferrari 410 Sport Spider chassi 0598 CM, de 1955, leiloado este fim de semana passado no leilão da RM Sotheby’s em Monterey, Califórnia. Vendido por US$ 22.005.000 (R$ 113.105.700), foi o veículo mais caro vendido em leilão no Monterrey Car Week deste ano.
Shelby venceu oito corridas e terminou no pódio 10 vezes ao volante deste Ferrari. Apenas dois 410 Sport Spiders foram construídos pela Ferrari, basicamente um carro de corrida com o motor V12 de 4,9 litros e 24 velas. Com o carro, o felizardo comprador levou também o primeiro (1956) e último (1958) troféus conquistados por Shelby dirigindo o Ferrari, juntamente com a placa original de corrida de Nassau de 1957″.
Ao todo, este Ferrari 410 Sport Spider de 1955 da Scaglietti participou de 40 corridas entre 1956 e 1958, vencendo 11 delas e terminando no pódio 19 vezes. Um carro de corrida, sim, mas de 1950: pode ser facilmente dirigido nas ruas. (MAO)
Mclaren diz que poderá fazer um SUV
A gente não pode dizer que isso é inesperado. Depois que até a Ferrari se curva aos volumes de venda interessantíssimo dos super-SUV, e a Lotus prepara um SUV elétrico, nada mais pode ser considerado sagrado. Falta só a Caterham e a Morgan depois dessa…
O fato é que o novo chefe da McLaren Automotive, Michael Leiters, falando para a Autocar inglesa, disse que está aberto a lançar um SUV, e a empresa está investigando ativamente que forma esse modelo pode assumir.
A Autocar revelou pela primeira vez que os planos estavam em andamento para um SUV da McLaren em junho, antes de Leiters ingressar oficialmente na empresa, detalhando que um novo modelo poderia estar a caminho de chegar ao mercado na segunda metade desta década, com um preço esperado em torno de £ 350.000 (R$ 2.103.500).
Parece também que a proposta é fazer um carro totalmente elétrico a bateria, com várias opções 4×4 e 4×2, somando mais motores elétricos (1, 2 ou 3) para isso. O desempenho será elevado, claro, provavelmente próximo ao recém-lançado Aston Martin DBX 707, que atualmente é anunciado como o SUV mais rápido do mundo. (MAO)
Esta é a nova Yamaha Fazer FZ 15
A Yamaha acaba de lançar mais uma opção em suas motos urbanas de baixa cilindrada, a faixa tradicionalmente dominada pela Honda CG e suas derivadas. Como a Honda, a Yamaha pretende aumentar sua participação dando mais opções de acabamento e preço. Esta, é a topo de linha: a Fazer FZ 15.
Trata-se de uma moto de 1.330 mm de entre-eixos, e com altura de assento de 790 mm. É uma monocilíndrica refrigerada a ar, flex, com 149 cm³ e 12,4 cv de potência a 7.500 rpm e 1,3 kgfm de torque a 6.000 rpm, com Etanol. O peso em ordem de marcha da Yamaha Fazer FZ 15 é de 135 kg (125,9 kg a seco) e o tanque acomoda até 11,9 litros de combustível, sendo 3 litros de reserva. O câmbio é mecânico de 5 marchas e a transmissão final é feita por corrente.
As rodas são de liga leve de 17 polegadas, com largos pneus Pirelli Diablo Rosso II 100/80 na dianteira e 140/60 na traseira, mesma largura da Fazer 250. Os freios são a disco em ambas as rodas, sendo que o disco dianteiro tem 282 mm de diâmetro na frente e 220 mm atrás. O ABS é de série na roda dianteira.
Oferecida nas cores Racing Blue (azul), Magma Red (vermelha) e Midnight Black (preta), a nova Yamaha é uma opção mais bonita e com cara de moto maior, na faixa das 150. Fabricada em Manaus (AM) custará R$ 16.990 (R$ 17.555 no estado de São Paulo) sem frete. (MAO)
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