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Simplifique e adicione cilindros: este Lotus Exige esconde um motor V10 de BMW M5

Temos certeza de que você conhece o Hennessey Venom GT. Equipado com um V8 biturbo de sete litros e 1.240 cv, o “super Lotus Exige” é detentor do título não-oficial de carro de rua mais veloz do mundo desde fevereiro de 2014, quando chegou aos 435, km/h na pista de pouso do Centro Espacial Kennedy.

No entanto, o texano John Hennessey não foi o único a enxergar potencial supersônico naquele que é uma verdadeira ode à leveza sobre potência: o Lotus Exige. O esportivo britânico de motor central-traseiro orgulha-se de priorizar o comportamento dinâmico e a diversão ao volante, mas ele é tão bem acertado que consegue lidar com motores muito maiores e mais potentes, sendo uma ótima base para um supercarro.

Sendo assim, enquanto a Hennessey colocou um V8 Chevrolet no cofre do Exige, um entusiasta sueco chamado Johan Zackrisson está fazendo, em sua própria garagem, algo parecido: colocar um motor V10 BMW em seu Lotus. How cool is that?

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Cool pra caramba, diríamos. Johan, que é apaixonado pelos BMW M desde que tem idade para dirigir. E ele não era nenhum novato na arte dos engine swaps quando, em 2011, decidiu fazer um Lotus Exige com o V10 S85 do BMW M5. Você lembra de um M3 E30 com motor V10 que postamos aqui no site em abril de 2014? Não? Vamos refrescar sua memória:

Aquele carro, que foi colocado à venda na época, foi feito por Johan. Pouco tempo depois de completá-lo, ele decidiu colocar o V10 em algo mais moderno, que pudesse aproveitar melhor o temperamento do motor V10.

Como já comentamos aqui algumas vezes, o motor do M5 E60 foi o primeiro V10 produzido em série pela BMW, e empregava todo o conhecimento adquirido pela marca em seu programa na Fórmula 1. Assim, com cinco litros e 507 cv, ele atingia mais de 100 cv/litro (uma relação bem alta para um aspirado). A potência máxima aparecia às 7.750 rpm, com o torque máximo de 53 mkgf surgindo a 6.400 rpm. O giro máximo do motor era de 8.250 rpm  — em um sedã de quatro portas, não esqueça. E o ronco, então?

Pois bem: se um motor todo de alumínio com comando duplo variável nos cabeçotes, capacidade para girar bem alto e uma bela assinatura sonora não for perfeito para o Lotus Exige, não sabemos mais o que é.

Agora, claro, o Hennessey Venom GT foi um carro feito para provar que era possível, um carro para vencer um argumento — talvez até mais do que para ser um bom superesportivo em si. Na grande maioria das situações, mais de 1.000 cv em qualquer carro de rua ou de competição é exagero. Com exceção de Pikes Peak, porque aquilo é uma loucura, mesmo.

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Sendo assim, 507 cv em um carro que, originalmente, pesa menos de 950 kg soa bastante atraente. Mesmo sabendo que, para tal, Johan comprou um Exige S 2011 vermelho em perfeito estado. Daria até dó de bulir com ele, não é?

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Bem, Johan não teve. Determinado a colocar um V10 de cinco litros entre os eixos de um carro feito para um quatro-cilindros de 1,8 litro (no caso, um motor Toyota com supercharger e 221 cv), ele removeu os painéis da carroceria e construiu um subchassi traseiro que, além de reforçado, possibilitou um aumento de 27 cm no entre-eixos. As bitolas também foram alargadas — 9 cm na dianteira e 12  cm na traseira.

Além de ajudar a tornar a dirigibilidade do Exige S mais adequada ao novo motor, as modificações também contribuíram bastante para tornar seu visual mais assentado no asfalto. A impressão é boa.

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Acoplada ao motor está a caixa manual de seis marchas de um Porsche Boxster S, que a potência para as rodas de trás — um par de enormes ATS GTR Motorsport de 18×11 polegadas. Na dianteira, as rodas são de 18×9 polegadas.

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E o uso de componentes Porsche não para por aí. Na dianteira e na traseira, a suspensão com amortecedores do tipo coilover e braços inferiores recebeu componentes do 911 996. Os freios vieram do Porsche 911 GT3 da geração passada, 997.

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Uma vez que todo o conjunto mecânico do carro estava posicionado, Johan deu início à modificações dos painéis da carroceria — especialmente os da parte traseira da carroceria, ainda que quase todas as partes da carroceria tenham exigido alguma modificação, segundo o dono do carro.

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Durante o processo, Johan também decidiu trocar a cor da carroceria, que trocou o vermelho pelo preto “Carbon Black Metallic” da BMW. Absolumente tudo na base do do it yourself.

Ao olhar o carro com entre-eixos alongado, modificações estéticas (ainda que discretas) e rodas maiores, é realmente impossível não associá-lo ao Venom GT. Talvez Johan até tenha se inspirado nele para criar seu Exige V10 (as adaptações na estrutura são bem semelhantes). No entanto, não há como não valorizá-lo ainda mais pelo fato de o Johan ter ter feito tudo sozinho.