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Zero a 300

SSC divulga novo recorde do Tuatara após acusações de fraude, Tesla Model S ganha volante retangular, a volta do Jaguar C-Type e mais

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

SSC Tuatara anuncia novo recorde de velocidade após acusações de fraude

Um dos grandes fiascos do ano passado foi o “recorde” de velocidade do SSC Tuatara. Em outubro de 2020 divulgou a inacreditável marca de 509 km/h em uma rodovia dos EUA, mas suspeitas quanto ao método utilizado para aferição e a ausência de um vídeo não-editado para comprovar o feito acabaram levando a SSC a prometer uma nova tentativa.

Agora, o resultado desta nova tentativa foi divulgado – desta vez, com uma figura mais crível: 455,2 km/h. Desta vez, a SSC levou o Tuatara até a pista de pouso da NASA na Flórida, onde há uma reta de 4,6 km, e convocou o próprio dono do carro para conduzi-lo.

A velocidade máxima foi aferida em dois sentidos – 450,1 km/h no sentido norte, e 460,4 km/h no sentido sul. Tirando a média entre as duas medições, chegou-se a 455,2 km/h. Para garantir a autenticidade do recorde, a SSC usou um VBox da Racelogic e também contou com a ajuda da IMRA (International Mile Racing Association), que tradicionalmente acompanha provas de velocidade nos Estados Unidos.

Apesar de ser uma marca bem mais baixa que a anterior, os 455,2 km/h asseguram que o Tuatara recupere o posto de carro mais veloz do mundo – ainda que por uma margem menor sobre os 447,19 km/h que o Koenigsegg Agera RS obteve em 2017.

Conforme prometido, também foi divulgado um vídeo do recorde – uma produção bem mais modesta e crua que a anterior, de fato, e sem a câmera de 360°. O vídeo não mostra a instrumentação do carro, e traz apenas um overlay com os números, e isto também pode levantar suspeitas. A esta altura, porém, parece que a SSC perdeu todo o momentum da conquista – e outras empresas, como a Koenigsegg e até mesmo a Hennesey, já prometeram que vão fazer suas tentativas.

 

Tesla apresenta facelift do Model S com volante retangular e tela gigante

A Tesla mostrou a versão atualizada do Model S nesta semana. Por fora o carro não mudou tanto – o visual é praticamente o mesmo com o qual ele estreou em 2012. O que mudou bastante foi o interior, que continua minimalista (talvez até demais), mas ousa ao receber um volante retangular com dois raios com aspecto extremamente conceitual.

O design dividiu opiniões na imprensa, e com razão – faz sentido nos monopostos, que têm a relação da caixa de direção bem mais direta. Em um automóvel feito para ser usado no dia-a-dia, porém, fazer manobras não deve ser a ação mais confortável do mundo.

O que também mudou é a tela multimídia: o setup vertical usado anteriormente deu lugar a uma tela horizontal em posição mais elevada, dotada de um display de 17 polegadas. Nas fotos de divulgação, a tela mostra jogos em destaque em destaque – o sistema pode rodar jogos recentes graças a um processador com capacidade próxima do XBox One, e promete levar o entretenimento a bordo a um novo nível. Esperamos que só para os passageiros, mas não conseguimos deixar de pensar que, em breve, algum influencer vai gravar um vídeo jogando The Witcher 3 enquanto “dirige”…

Voltando ao carro: o Model S também ganhou o novo powertrain Plaid +, com “mais de 1.100 cv”, que promete levar o carro de zero a 100 km/h em 1,99 segundo e, graças a um novo conjunto de baterias que fazem parte da estrutura do carro, garantir autonomia de mais de 830 km com uma carga. Nenhum destes números foi verificado, ainda.

 

Renault Kiger é apresentado na Europa

Você provavelmente lembra da campanha de lançamento do Renault Kwid, em 2017, como “o SUV dos compactos” – uma campanha que certamente ajudou a chamar a atenção para o compacto de entrada da marca, mas também mostrou-se decepcionante quando, na prática, o Kwid era apenas um hatchback elevado aos moldes do Fiat Uno Way, só que menor. Tal manobra, aliás, certamente contribuiu para a recepção morna que o Kwid teve.

Para complicar ainda mais a situação, a Renault apresentou na Europa o Kiger – que, veja só, é o autodeclarado crossover do Kwid.

É evidente que o carro é baseado no hatchback, mas a Renault deu a ele uma nova dianteira, que segue a atual identidade visual da marca, e novas lanternas traseiras em forma de “C”, inspiradas pela mais recente reestilização do Renault Kaptur na Europa.

Com 3,99 m de comprimento, o Kiger foi desenvolvido inicialmente para o mercado indiano, onde o segmento dos carros com menos de quatro metros de comprimento é bastante disputado. Contudo, a Renault aposta nele como modelo de entrada na Europa e garante que o espaço interno surpreende – e, de fato, o porta-malas comporta 405 litros e, com o banco traseiro rebatido, o volume aumenta para 879 litros.

O motor pode ser um 1.0 turbo de 100 cv, que pode ser acoplado a uma caixa manual de cinco marchas ou a um câmbio CVT; ou um 1.0 aspirado de 72 cv, que aposta no câmbio manual de cinco marchas ou no automatizado Easy’R da Renault, que já chegou a ser oferecido no Brasil mas deu lugar ao CVT.

 

Jaguar anuncia série de continuação do icônico C-Type

A esta altura já estamos praticamente acostumados com séries especiais de continuação, mas é sempre bacana ver que as fabricantes resolveram valorizar mais sua heritage com “novos carros antigos”. O último deles é o Jaguar C-Type, precursor do D-Type e do E-Type.

Originalmente, o carro que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1951 e 1953 teve 53 unidades fabricadas, 43 das quais foram vendidas a clientes particulares. Agora, a Jaguar anunciou que fará mais oito exemplares do carro, usando os blueprints e esquemas originais – claro, com uma ajudinha dos sistemas atuais de design computadorizado para garantir o máximo de precisão nas peças. Isto posto, os painéis da carroceria serão moldados à mão e montados artesanalmente.

Cada um dos carros terá um motor seis-em-linha de 3,4 litros com três carburadores Weber e os mesmos 220 cv de antigamente. Os compradores poderão escolher entre 12 opções de pintura (oito sólidas e quatro metálicas), mais oito opções de revestimento interno. Preços ainda não foram anunciados, mas certamente são proibitivos para a maior parte das pessoas.

 

Bentley comemora 80.000 exemplares do Continental GT

Lançado há 18 anos, o Bentley Continental GT chegou à marca de 80.000 exemplares produzidos – um número impressionante em um segmento tão exclusivo. Evidentemente a tradicional fabricante britânica quer celebrar o marco, e para isto foi preparado um ensaio fotográfico “em família” com diversos exemplares importantes do modelo.

O carro em destaque é o próprio Continental GT nº 80.000 – um carro na cor laranja “Orange Flame” e equipado com o motor V8 biturbo de quatro litros e 550 cv, suficientes para levá-lo de zero a 100 km/h em quatro segundos. Com interior preto e acabamento escurecido do lado de fora, o carro representa uma das mais de 17 bilhões de combinações possíveis no configurador da Bentley.

A foto também traz outros exemplares marcantes na história do Continental GT, como o primeiro exemplar fabricado, de 2003; um Continental GT3 de competição; alguns recordistas – o carro que quebrou o recorde de velocidade no gelo em 2007, chegando a 321 km/h; e o carro que competiu na edição de 2019 da Pikes Peak International Hillclimb.