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História

Stratos: tudo que a Lancia pode ser

Não há nada de lógico num Lancia Stratos. Um carro de rali não precisa ser uma cunha; mesmo o Delta Integrale que o sucederia em rali mais tarde mostrava que um caixote would do just fine. Uma cunha exótica dos anos 1970 não deveria traduzir bem para um carro com entre-eixos pequeno e vão livre decente, mas de alguma forma ficou maravilhosa. É uma obra de amor ao automóvel. Mais que isso: de uma paixão visceral que transborda em cada linha da carroceria, cada parte da suspensão de longo curso, em cada berro de seu Dino V6 preparado para dar o máximo que pode em corrida. O Stratos é tão maravilhosamente desejável que chega a doer. Visceral. Talvez seja esta a palavra que melhor o define. Ninguém que não esteja disposto a dirigir de verdade com a faca entre os dentes pode se imaginar dentro de um. Como um carro de rali, satisfaz desde aquele entusiasta que só se importa com coisas simples, ágeis e bravas como um reles Escort dogbone, até quem se preocupa com marca, pedigree, hi