Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
BMW Série 1 Sedan vem ao Brasil?
Quando apresentou a versão sedã do Série 1 na China, a BMW fez questão de salientar que o modelo era exclusivo para aquele mercado. Não parecia fazer muito sentido, uma vez que Mercedes e Audi também tinham seus sedãs compactos de entrada — o CLA e o A3 Sedan. Na ocasião, chegamos a questionar a possibilidade de ele ser vendido no Brasil, uma vez que os rivais já marcaram presença por aqui.
Agora, a BMW começou a vender o Série 1 sedã exclusivo para a China no México, contrariando o que havia dito quando o modelo foi lançado. Se ele não é mais exclusivo para a China, seria o caso de ele ser vendido no Brasil? Ou melhor ainda: produzido no Brasil, uma vez que compartilha a plataforma com a atual geração do BMW X1?
A BMW diz que não. Segundo a marca, o atual momento do mercado brasileiro é desfavorável para o modelo — especialmente com a apreensão do mercado financeiro sobre a eleição presidencial, que fez o dólar chegar próximo dos R$ 4 antes da intervenção do Banco Central. Como apontado pelo pessoal do Uol Carros, que entrevistou uma fonte ligada à marca, os rivais da Mercedes e da Audi precisaram ser simplificados para serem competitivos e, mesmo assim, estão custando na faixa dos R$ 125.000, onde concorrem com as versões de topo do Civic e do Corolla — este último o segundo sedã mais vendido no país. Desta forma, a BMW acha que não compensaria oferecer o modelo por aqui.
Por outro lado, a marca está envolvida diretamente na redação do projeto Rota 2030, e está com sua fábrica de Araquari/SC operando com ociosidade de 75%. Portanto, embora a marca anuncie categoricamente que não tem a intenção de oferecer o sedã no Brasil no momento, uma mudança no cenário local poderia trazer a produção do modelo para o Brasil, de onde ele abasteceria o mercado nacional e o mexicano. Outro cenário, é a produção do sedã na nova fábrica da BMW do México (prevista para 2019) e eventualmente importá-lo de lá.
T-Cross, o SUV do Polo é flagrado em Nürburgring
O próximo SUV da Volskwagen, o T-Cross, até agora só havia sido mostrado em renderizações exageradas e em forma de um conceito conversível apresentado em 2016 no Salão de Genebra. O carro já roda em testes no Brasil, mas desta vez os flagras foram feitos em Nürburgring, onde ele deu as caras vestindo camuflagem somente na dianteira e na traseira, deixando suas laterais expostas.
Considerando as imagens, o T-Cross tem balanços curtos e dianteira truncada, o que lhe confere um aspecto ainda mais compacto, algo como o Jeep Renegade, com quem irá disputar a atenção dos consumidores.
Apesar de ser considerado o “SUV do Polo”, ele não terá muito do estilo do hatchback, e ficará mais próximo do Tiguan e dos próximos SUV da Volkswagen, como fica confirmado pelo primeiro teaser da dianteira do carro, convenientemente publicado pela Volkswagen nesta quarta-feira, depois que o carro deu as caras em Nürburgring.
A relação com o Polo, contudo, resultará no compartilhamento de motorização — lá fora ele terá o 1.0 TSI e o 1.5 TSI, além do 1.6 TDI; por aqui, é provável que ele seja oferecido o motor 1.0 TSI de 128 cv e com o 1.6 MSI de 120 cv na versão de entrada.
MPF quer que governo forneça imagens de multas por vídeo
Como você talvez saiba, desde 2013 a fiscalização de trânsito pode ser auxiliada por câmeras de monitoramento das rodovias. Se uma infração for flagrada pelo agente responsável pelo monitoramento, ela pode ser registrada da mesma forma que se tivesse sido flagrada presencialmente pelo agente — exceto, claro, nos casos que exigem a abordagem do motorista.
O problema é que a validade destas infrações começou a ser questionada, uma vez que os motoristas não têm recursos para embasar a defesa. Com o vídeo oculto, por exemplo, é possível registrar uma multa sem a comprovação por imagem. Sem imagem, o motorista multado tem o direito de questionar, mas a desobrigação em fornecer as imagens usadas para gerar a infração eliminam a transparência do procedimento.
Por essa razão um motorista do Rio Grande do Norte questionou a infração recebida, o que resultou em um inquérito no Detran local. Com o inquérito instaurado, o Ministério Público Federal (MPF) interveio e recomendou ao Contran — ou seja, a recomendação se estende a todo o Brasil, não apenas ao RN — que cobre dos órgãos de fiscalização o fornecimento das imagens de vídeo que geraram a autuação como forma de comprovação e transparência.
Além disso, o MPF apontou que a resolução do Contran que autorizou as multas por vídeo proibiu a captura e impressão das imagens, o que contraria a presunção de legitimidade dos atos dos agentes de trânsito e incorre na decadência do direito de punir.
Com a recomendação do MPF, o prazo concedido é de 30 dias para que o Contran adote as medidas necessárias para apresentação das imagens, seja por alteração na resolução ou orientações aos órgãos. Além disso, as imagens não podem ser usadas para lavrar o auto de infração posteriormente, somente para comprovação das infrações.
Pirelli divulga preview do GP da Áustria de F1
Depois do retorno à França, a Fórmula 1 agora segue para a Áustria, onde irá correr neste próximo final de semana. A Pirelli, como de costume, divulgou uma previa do GP e informações sobre os compostos utilizados. Para o circuito de Spielberg foram escolhidos os compostos macio, supermacio e ultramacio — a mesma seleção do ano passado, porém neste ano todos os compostos são um degrau mais macios do que em 2017.
A razão para a escolha é que o circuito tem uma das voltas mais curtas do ano e a mais rápida em termos de tempo de volta, com cargas de energia relativamente baixas agindo sobre os pneus e um asfalto com boa aderência. A Pirelli também considerou que os dois primeiros setores são rápidos, enquanto o terceiro é mais lento e técnico, e sugere que estratégia de apenas uma parada deve se repetir como no ano passado.
“Teremos a mesma nomeação de pneus na Áustria que tivemos na França. Porém, são pistas bem diferentes, apesar de terem em comum o fato de serem circuitos renovados baseados em traçados históricos. Isso também dá ao Red Bull Ring um sentimento de velha guarda, e os pilotos sempre gostam disso. A pista é mais sobre acelerações e frenagens do que cargas laterais, mas a Áustria sempre tem a capacidade de produzir surpresas, principalmente por ser uma pista curta, fazendo com que o tráfego seja um fator a ser levado em conta. Uma das peculiaridades da Áustria é que a maioria das curvas é para a direita, mas as duas mais exigentes são para a esquerda. Isso faz com que os pneus cheguem nelas quase “frios”, uma vez que não são muito exigidos no restante da volta.” – Mario Isola, gerente de motorsport da Pirelli.
Aston Martin DBS Superleggera é lançado oficialmente — agora com todos os detalhes
Depois do vazamento de ontem, o Aston Martin DBS Superleggera foi finalmente lançado oficialmente, agora com todas as informações que faltaram no Zero a 300 de terça-feira. O modelo, como dissemos, é a resposta britânica com sotaque italiano à Ferrari 812 Superfast e, por isso, usa o V12 de 5,2 litros da Aston em sua especificação mais potente: 725 cv e 91,6 kgfm.
A potência é enviada para as rodas traseiras pelo câmbio automático de oito marchas da ZF, e leva o DBS Superleggera de zero a 100 km/h em 3,4 segundos — 0,5 segundo mais lento que a Ferrari de 800 cv — e aos 200 km/h em 9 segundos. A velocidade máxima é 340 km/h, a mesma da Ferrari 812. Confirmando o vazamento de ontem a carroceria produz 180 kg de downforce em seu limite de velocidade — 60 kg na dianteira e 120 kg na traseira —, e o carro aponta 1.690kg na balança, 60 kg a mais que a Ferrari.
A Aston também revelou que o carro usa rodas de 21 polegadas e calçadas em pneus Pirelli P Zero que, embora seja a mesma linha do Vantage, são sutilmente diferentes no composto e na construção, e também são revestidos de material anti-ruído.