fotos classificados com br e jorge a ferreira jr na decada de 1980 o mercado brasileiro de automoveis fora de serie ja estava bem maduro depois do sucesso do puma como esportivo feito sobre a plataforma dos volkswagen a ar o puma dkw veio antes mas foi o puma vw que explodiu de verdade outras pequenas fabricantes de automoveis surgiam para suprir a necessidade de diferentes segmentos por mais variedade algumas concessionarias como a dacon e a souza ramos se aventuraram na fabricaçao e personalizaçao de automoveis e ate algumas empresas de outros setores decidiram abocanhar uma fatia do bolo e tinha bolo pra todo mundo nao apenas esportivos mas carros compactos cupes de luxo compactos e utilitarios fora de serie começaram a povoar as ruas do brasil e nos anos 1980 as opçoes eram muitas nos estamos aos pouco catalogando as mais interessantes delas hoje e a vez de dois curiosos utilitarios feitos no rio de janeiro o tanger e o ragge ambos sao criaçoes do engenheiro julio correa silla que na epoca trabalhava para a incofer s a industria e comercio especializada em metalurgia e foi uma das companhias de outras areas que viram na fabricaçao de carros uma oportunidade de expandir sua atuaçao apresentado em 1983 o tanger era um buggy em sua essencia sem invencionices ou frescuras straightforward como se diz em ingles de inegavel inspiraçao no volkswagen thing o carro do senhor barriga para quem nao lembra e ate mesmo pioneiro no gurgel xavante lançado em 1973 ele utilizava o chassi do fusca com entre eixos encurtado de 240 mm para 205 mm e aproveitava tambem o seu motor 1300 de 46 cv e 9 1 mkgf de torque como era costume entre os fora de serie o tanger usava componentes de varios outros carros farois de voyage lanternas de gol viradas de cabeça para baixo e para brisa de brasilia havia uma pequena porem interessante lista de opcionais ao menos para um buggy radio bancos reclinaveis rodas e pneus mais largos e uma capota parcial de lona a dianteira da carroceria nao tinha grade apenas um vinco com formato que lembrava um sorriso e dava ao buggy uma carinha bem simpatica no ano seguinte o design foi atualizado para incorporar uma grade falsa tornando o tanger visualmente mais robusto alem disso portas de lona ou fibra de vidro passaram a integrar a lista de opcionais equipado com elas o tanger ficava com mais cara de carro novas modificaçoes esteticas vinham com o tempo em 1987 vinha o tanger cabriole que tinha balanços menores para perder 29 cm de comprimento o entre eixos era o mesmo para choques envolventes e formas gerais muito mais harmonicas em parte graças a adoçao de componentes como os farois do gol reestilizado e as lanternas do fiat premio na minha humilde opiniao e este o mais bonito dos tanger depois disto a fabricante carioca decidiu inovar o tanger lucena apresentado em 1988 abandonava a plataforma do fusca e investia em uma estrutura tubular sob a carroceria de fibra de vidro com motor ap de 1 8 litro na dianteira e um curioso teto parcial que cobria apenas os passageiros da frente atras podia ser instalada uma capota de fibra com janelas laterais e vigia traseiro do fiat uno que tornava o lucena um hatchback; sem ela era uma picape compacta paralelamente ao tanger julio silla criou outro veiculo em seus mesmos moldes o ragge le se ragge enquanto o tanger era fabricado em duque de caxias/rj o ragge era construido em no bairro de cavalcante na zona norte do rio de janeiro sua conceçao era parecidissima utilizando o chassi da brasilia e substituindo o assoalho de aço por fibra de vidro integrada a carroceria era inegavel sua semelhança com o volkswagen golf mk1 lançado na europa em 1974 na dianteira com dois farois circulares de cada lado a parte posterior da carroceria porem era de picape aproveitava as lanternas do fiat uno ou do premio e tambem tinha capota de fibra de vidro removivel ao se desprender quatro presilhas os dois veiculos conviveram pacificamente e eram especialmente populares no rio de janeiro onde podiam ser vistos nas ruas com certa frequencia especialmente por jovens que visitavam as praias e os colocavam na areia auxiliados por pneus mais garrudos e suspensao elevada estima se que em seu auge a produçao do tanger original chegou a 20 unidades por semana no caso do ragge foram 200 unidades nos seis primeiros meses a pequena picape podia vir equipada com teto solar basculante farois de milha e revestimento em veludo no interior em 1987 o ragge passou a se chamar california e ganhou acabamento mais caprichado mais espaço para os passageiros do banco de tras e outras pequenas alteraçoes esteticas o veiculo começou a ser exportado para os eua em pequenas quantidades montado ou como kit car com mecanica zero quilometro ambos seguiram em produçao ate o inicio da decada de 1990 mas a tanger e a ragge tiveram o mesmo destino que muitas outras fabricantes de carros fora de serie naquela epoca a extinçao a chegada dos carros importados a preços competitivos colocou um fim consideravelmente abrupto em uma industria que ainda estava movimentada a fabricaçao artesanal e o mercado restrito tornaram os fora de serie caros demais alem disso colocados ao lado de um lada niva ou suzuki samurai que eram mais baratos inclusive ficava evidente como os veiculos da tanger e da ragge consistiam em adaptaçoes sobre adaptaçoes com visual nao muito harmonico em seus ultimos anos de fabricaçao via mario cesar buzian
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