Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Tesla Model S se envolve em acidente fatal com o modo semi-autônomo ativado
No último dia 23 de março um Tesla Model X bateu em uma barreira central de concreto numa rodovia de Mountain View, na Califórnia, causando a morte de seu condutor. Agora, neste último final de semana, a Tesla confirmou que o veículo estava com o modo Autopilot ativado, o que faz deste o segundo acidente fatal envolvendo o sistema semi-autônomo da Tesla.
Diferentemente do acidente de 2016, no qual o sistema não detectou um caminhão que cruzava a pista, desta vez o Autopilot alertou o motorista com uma antecedência de cinco segundos e a 150 metros do ponto de impacto. Segundo o comunicado oficial da Tesla, o motorista do carro, Walter Huang, que era engenheiro da Apple, ativou o sistema Autopilot, e não manteve mãos no volante nos últimos seis segundos antes do acidente — o que contraria as recomendações da fabricante, de que o motorista mantenha o comando do carro mesmo com o sistema ativado.
Como já vimos anteriormente — e os próprios fabricantes recomendam — os sistemas semi-autônomos e autônomos em testes devem ser usados como um backup de segurança para falhas humanas, mas não como substitutos dos motoristas. A investigação da Tesla demonstrou que apesar do alerta do sistema, que existe para impedir que o motorista se concentre em outra atividade, não houve reação humana, o que resultou no acidente.
Uber fecha acordo com família de vítima de acidente fatal
Enquanto isso, no Arizona, as investigações do acidente fatal envolvendo o protótipo autônomo da Uber devem chegar ao fim após o acordo firmado entre a empresa e a família da vítima do acidente. Embora seja positivo para os familiares, que serão indenizados pela perda, o acordo impede que o público e as autoridades conheçam as falhas e que haja uma discussão mais aprofundada sobre este aspecto da tecnologia e suas consequências morais e jurídicas.
O acordo não foi divulgado e a representante legal da família de Elaine Herzberg disse que a filha e o esposo da vítima não farão declarações públicas. Além disso, o acordo dispensa a Uber de um julgamento legal que poderia expor aspectos técnicos de seu sistema, e também alimentar a discussão pública sobre a atribuição de culpa em acidentes de trânsito com carros autônomos.
Toyota Supra poderá ter somente câmbio de embreagem dupla
Apesar de ter sido apresentado oficialmente em forma de conceito de corrida, a Toyota ainda não confirmou os detalhes técnicos da próxima geração do Supra. O que suspeitamos até agora é que ele usará os mesmos motores 2.0 turbo e 3.0 turbo da BMW, como mostraram alguns documentos da BMW revelados pelo BMW Blog há alguns meses. Já sobre o câmbio ainda não há nenhuma suspeita ou confirmação. Ou melhor, não havia.
Segundo o próprio engenheiro-chefe da Toyota, Tetsuya Tada, durante uma entrevista ao site japonês Info Seek, não há intenção da Toyota em oferecer o Supra com câmbio manual, “apenas com dupla embreagem”. O motivo, segundo Tada, é porque o carro terá “muita potência para ter um câmbio manual”. A relação entre a força do motor e o fato de ter um câmbio manual tem a ver com a embreagem, que precisa de uma pressão maior no platô para não patinar devido ao torque do motor. O Corvette, por exemplo, usa um auxílio hidráulico no pedal, além do atuador, para reduzir o esforço do motorista. Tada também disse que, uma vez acostumados ao novo câmbio de embreagem dupla, os clientes não farão mais questão de ter um manual.
Além do câmbio, Tada falou sobre as pretensões esportivas da Toyota. Segundo ele, o Supra foi desenvolvido para ser um carro de corrida desde o início do projeto. “O próximo Supra deverá ser adequado às regras da LM GTE, que é o regulamento para Le Mans”, disse.
Ferrari silenciosa é flagrada em Fiorano – seria um protótipo híbrido?
A essa altura de 2018 você certamente já sabe que a Ferrari irá adotar powertrains híbridos em toda a sua linha na próxima década e também já deve ter ouvido que a primeira delas será a sucessora da 488 GTB. Pois bem: aí está um protótipo silencioso sendo testado no circuito de Fiorano.
O vídeo, que parece uma pegadinha de 1º de abril, foi postado no último dia 28 de março pelo italiano Simone Masetti do canal PurePerformance no YouTube. São apenas 18 segundos, mas eles são suficientes para mostrar um protótipo de motor central-traseiro arrancando sem nenhum ruído de motor, aparentemente em algum tipo de modo elétrico de um conjunto híbrido.
Sergio Marchionne, o CEO da Ferrari, já confirmou que a marca está desenvolvendo um V8 híbrido para ser lançado em 2019. Ao que tudo indica, ele está nesta 488 que aparece no vídeo. Ainda não se sabe, contudo, qual será o modelo que irá receber este novo powertrain, mas nossa aposta é que será realmente a sucessora da 488 e, mais adiante, o SUV da Ferrari.
Hondata extrai mais 47 cv do motor 2.0 turbo do Civic Type R
Os californianos da Hondata, que se especializaram em extrair níveis obscenos de potência dos motores Honda, divulgaram nesta última semana os resultados de seu desenvolvimento do atual motor 2.0 turbo do Civic Type R. O resultado? Quase 50 cv extras.
O novo FlashPro da Hondata permite que os proprietários do novo Type R escolham entre diversos mapas de gerenciamento do motor e entre eles há um mapeamento para gasolina premium, com octanagem 91, que aumenta a potência em 33 cv e o torque em 5,4 kgfm, chegando a 343 cv e 45,6 kgfm. Com a gasolina de octanagem 93 ou superior (equivalente à nossa Pódium), o mapeamento específico para este combustível leva a potência a 357 cv e o torque para 50,2 kgfm.
Com gasolina E25 (a nossa gasolina premium, com 25% de álcool) o aumento de potência é ainda maior: o mapa extrai mais 59 cv e 10,7 kgfm, chegando a 369 cv e 55,6 kgfm. Pensando por este lado, o blend de “gasolálcool” brasileiro até começa a ficar interessante.
Mitos e verdades dos pneus – O dia da Mentira
O dia primeiro de abril é conhecido internacionalmente como uma data onde todos devem tomar cuidado com as informações que são espalhadas por mídias sociais e, até mesmo, veículos tradicionais da imprensa. Porém, quando o assunto é segurança, como os pneus, não há espaço para brincadeiras. Vamos, então, aproveitar para tirar alguns mitos espalhados com as suas respectivas verdades.
É possível usar pneus de marcas diferentes no mesmo eixo sem problemas.
Mito! Esse procedimento não é recomendado. Ao usar pneus diferentes no mesmo eixo, o veículo pode ficar desequilibrado, principalmente em situações de risco como frenagens e pista molhada. O ideal é sempre manter todas as rodas com pneus iguais, garantindo melhor aderência e segurança para todos os ocupantes.
Usar medidas de pneus diferentes das recomendadas não altera o comportamento do carro. Quanto mais largo o pneu, melhor a resistência do veículo contra aquaplanagens.
Mito! Usar pneus de medidas diferentes altera o comportamento do veículo, que foi projetado e desenvolvido em conjunto com a montadora para funcionar com pneus de determinada estrutura, diâmetro e largura. As condições de segurança do veículo em quesitos como dirigibilidade, aquaplanagem e frenagem, podem ficar seriamente comprometidas com a alteração das dimensões originais dos pneus e rodas.
Condução do veículo não afeta vida útil dos pneus
Mito! A forma como o veículo é conduzido afeta diretamente a vida útil dos pneus. Acelerações, freadas e mudanças de direção bruscas, desgastam ainda mais os pneus. Dirigir de forma suave garante maior segurança para os ocupantes e menor custo, não só preservando a durabilidade dos pneus como, também, diminuindo o consumo de combustível. A correta manutenção dos pneus também é fator fundamental para prolongar a vida útil dos pneus.
Os pneus podem ser calibrados de acordo com a preferência do motorista, sem que isso influencie no consumo de combustível ou em outros fatores.
Mito! Os veículos possuem indicação do seu fabricante para a pressão adequada que deve ser usada tanto para quando são utilizados com pouca ou muita carga. O proprietário precisa seguir estas instruções, assim garantir melhor funcionamento do veículo, menor consumo de combustível, melhor segurança em situações de risco como frenagens em superfícies escorregadias e ainda aproveitar o pneu em toda a sua vida útil. Além disso, pneu calibrado da forma correta é mais resistente à cortes e lacerações.
Pneus remoldados ou recapados são seguros e não alteram características do veículo.
Mito! O ideal é sempre, em caso de necessidade, trocar os pneus desgastados por novos. Para verificar quando chegou a hora, veja o TWI. O indicador, que está na banda de rodagem e é indicado na lateral do pneu em vários locais mostra exatamente quando chega a hora de trocar que é quando sua altura se iguala a da banda de rodagem. Em caso de dúvidas, procure um revendedor Pirelli autorizado.
Pneus run-flat podem ser utilizados em qualquer veículo.
Mito. É preciso que o carro seja preparado e homologado para rodar com pneus Run Flat. Em primeiro lugar, o veículo deve ser equipado com um sensor de pressão dos pneus, para evitar que o motorista não perceba que está sem ar no pneu. Como os Run Flat são mais rígidos que os modelos convencionais, é preciso que o projeto da suspensão do carro seja preparado para rodar com esse tipo de pneu. Além disso, a roda deve ter o aro preparado para esse tipo de tecnologia. Um pneu Run Flat instalado em rodas comuns, de liga leve ou de aço, pode sofrer detalonamento quando tiver perdido a pressão.
Pneus run-flat são mais duros e frágeis.
Mito, em partes. Os reforços estruturais nos flancos, ombros e talões do pneu Run Flat fazem com que ele seja um pneu robusto. Porém, esta robustez não interfere na performance do pneu.
Pneus verdes precisam de uma distância maior para frenagem.
Mito! A tecnologia verde utiliza novos compostos que garantem uma melhor performance, inclusive em requisitos de segurança como aderência e frenagem. Desta forma, os pneus verdes são ainda melhores do que os tradicionais em quesitos como frenagem, consumo de combustível rolamento e ruído.
Pneus carecas proporcionam melhor dirigibilidade em piso seco.
Mito! Pneus chamados carecas são produtos que já chegaram ao fim de sua vida útil, perdendo a aderência provinda do desenho da banda de rodagem com apoio dos ombros e dos blocos centrais, perdendo a capacidade de escoamento de água pelo desgaste da banda de rodagem, e estão mais propícios à furos pela baixa quantidade de borracha em sua banda de rodagem. A borracha do pneu careca não possui, em absoluto, a mesma aderência de um pneu slick para competições, por exemplo, gerando um enorme risco para as pessoas a bordo do veículo que utiliza os pneus nestas condições.