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Zero a 300

Toyota adia Yaris Cross | JLR não produz nada | Guerrilla 450 finalmente no Brasil e mais!

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Royal Enfield Guerrilla 450 finalmente no Brasil

Ainda ontem contamos que a nova Royal Enfield Guerrilla 450 foi lançada na Argentina; pois bem, hoje vem a notícia de que a moto, a versão “street” da nova Himalayan 450, finalmente foi lançada no Brasil.

Para quem perdeu a notícia de ontem vai aqui um rápido TL;DR: quadro e motor da Himalayan numa moto de rua Naked com rodas de alumínio de 17 polegadas, mais barata que a Himalayan, mesmo motor monocilíndrico arrefecido à líquido com 40 cv a 8.000 rpm e 4,1 mkgf de torque a 5.500 rpm, com mais de 85% do torque disponível já a partir de 3.000 rpm. O câmbio é de seis marchas e conta com embreagem assistida e deslizante.

A moto tem freio a disco em ambas as rodas, com diâmetro de 310 mm na dianteira e 270 mm na traseira, ambos com ABS de duplo canal. O tanque de combustível tem capacidade para 11 litros, e pesa 185 kg. A distância entre-eixos é de 1.440 mm, e o assento está a 780 mm do solo.

O painel TFT circular de 4 polegadas integra conectividade Tripper Dash da RE. Tem acelerador eletrônico, modos de pilotagem Eco e Performance, iluminação full-LED e chave eletrônica com função de imobilizador.

Tudo isso, se você estava prestando atenção, não é novidade. Novidade aqui é só as versões e preço, então vamos à elas. Existem duas versões: Guerrilla 450 Mid que vem nas cores Smoke Silver (prata fosco) e Peixe Peix Bronze (marrom fosco), e custa R$ 28.990. Além dessa, existe também a Guerrilla 450 Top, que vem nas cores Yellow Ribbon (amarela/roxa) e Brava Blue (azul/branca), e custa R$ 29.490.

A moto começa a ser vendida oficialmente no Brasil a partir de 27 de setembro próximo, como ano/modelo 2026. Já pode ser reservada no site e nas concessionárias da marca. (MAO)


Honda mostra duas motos 500 cm³ de quatro cilindros

Conforme esperado, a Honda mostrou uma nova versão de uma de suas motos mais desejadas de todos os tempos, a CB500 Four. O que nos deixa felizes de verdade. Há algo especial que aquece nossos coraçõezinhos sofridos quando motos seguem a fórmula tradicional de um cilindro de 125 cm³. Uma fórmula clássica, que faz bicilíndricas de 250 cm³ e um pequeno quatro em linha de meio litro, como é o caso aqui.

CB 500 Four: o início da tradição

Mas a surpresa é que, além da Naked CB500 Super Four, com estética agora do início dos anos 1980, há outra CB 500 nova: a CBR 500R Four, uma esportiva carenada moderna.

Em um segmento dominado por bicilíndricos, a Honda aposta no motor que a fez famosa, o quatro em linha, aqui arrefecido a líquido. Embora não existam muitos detalhes ainda , a Naked CB500 Super Four parece que vem com ciclística de primeira e quadro moderno, compartilhado com a CBR 500R Four. Imagens teaser apontam para um garfo dianteiro invertido e pinças de freio de montagem radial, e tudo mais. As duas  motos foram mostradas durante a CIMAMotor, na China, mas detalhes ainda são escassos.

Espera-se que o motor de quatro cilindros forneça pelo menos 80 cv, uma potencia perfeita para o tamanho e peso das novas motos. A nova CBR 500R seria então um concorrente à altura da Kawasaki Ninja ZX-4R. A moto também conta com a tecnologia de embreagem assistida E-Clutch de segunda geração, além de garfo invertido KYB e freios a disco.

As motos devem ser fabricadas na China e com a possibilidade de uma versão de 400 cm³ para outros mercados. Quando forem divulgados mais detalhes, contamos! (MAO)


Toyota adia Yaris Cross por causa de ventania

Todo mundo recebeu imagens da terrível ventania que assolou o estado de São Paulo na segunda-feira passada, especialmente o estrago na fábrica da Toyota em Porto Feliz. A ventania arrancou quase todo o telhado do galpão, entortou estruturas metálicas e chegou a capotar um carro no pátio da unidade.

Pois bem, o imbróglio já tem uma consequência para a empresa além da paralisação momentânea da produção: o adiamento do lançamento do Yaris Cross.

A fábrica é responsável pela produção dos motores do Corolla e Corolla Cross, e no passado, os dos Etios e Yaris. O novo “SUV de entrada”, um Yaris atingido pelo mesmo raio suvizador que transformou o Corolla em Corolla Cross, era para acontecer em outubro; mas como, segundo a marca, a estrutura da planta foi ”severamente danificada”, o evento de lançamento será reprogramado; ainda não tem data para acontecer.

O carro teve imagens vazadas na Argentina, publicadas pelo site Motor 1, mas dificilmente é uma surpresa: um Corolla Cross, em tamanho menor. Pretende competir com os mais caros “SUV” de marcas de carro barato, como o Chevrolet Tracker, Peugeot 2008 e VW T-Cross.

Já se sabe que na Argentina o motor será o 1.5 aspirado Dual VVT-i de 106 cv e 14 mkgf do Yaris hatchback, ou opcionalmente uma versão híbrida, ambas com câmbio automático CVT.  Então, o atraso deve deixar chateado exatamente zero pessoas que estão lendo isso aqui. Mas ainda assim, desejamos boa sorte e uma rápida recuperação à empresa. (MAO)


JLR está desde agosto sem produzir nada

E já que falamos de tragédias inesperadas, vamos falar um pouco da JLR, a empresa antes conhecida como Jaguar Land Rover, mas que por algum motivo agora chama-se pelas iniciais apenas.

A empresa está enfrentando um dos momentos mais difíceis da sua história recente, em meio a uma crise que não dá sinais de melhora. Já se passaram mais de três semanas desde que um grupo de hackers adolescentes atacou a empresa na Inglaterra, paralisando sistemas internos e parando a produção. A empresa confirmou agora que a paralisação foi prorrogada novamente, desta vez até pelo menos 1º de outubro.

Normalmente, mais de 1.000 veículos saem das linhas de produção da JLR todos os dias. No entanto, as unidades de Solihull, Halewood e Wolverhampton, no Reino Unido, estão em silêncio desde o ataque cibernético em 31 de agosto. A paralisação prolongada gerou preocupações de que fornecedores de pequeno e médio porte possam entrar em colapso se a produção não for retomada em breve.

Alguns boatos dizem que a paralisação está longe de acabar: essas fontes falam que só produzirá carros de novo em novembro, o que seria uma tragédia. A paralisação da produção está custando entre £ 5 milhões (R$ 35,7 milhões) e £ 10 milhões (R$ 71,4 milhões) POR DIA para a JLR. Vários fornecedores da empresa disseram à BBC que não têm recursos financeiros para lidar com uma paralisação prolongada.

Duas coisas aqui: primeiro, lembramos do terrível incêndio na Jaguar em 1957; uma história que já contamos aqui. As tragédias sempre mudam, por mais que tentemos impedí-las: nos dias de hoje é quase impossível um incêndio nas proporções do que atingiu a Jaguar em 1957; aprendemos a preveni-los e contê-los em ambientes industriais automobilísticos. Mas um novo tipo de destruição sempre aparece…

A segunda coisa vem da primeira. Tragédias de fonte externa inesperadas como este ataque, o incêndio de 1957, e até a ventania de segunda-feira na Toyota, podem ser tragédias, mas tragédias são parte da nossa vida; e servem para mostrar o pior e o melhor da humanidade. O pior é exemplificado pelos hackers modernos, e o melhor, pelos funcionários das empresas nesses casos, sempre indo muito além do esperado deles, para voltar tudo ao normal.

Jaguar, em 1957, um dia depois do incêndio

Tenho certeza que a Toyota em breve coloca sua fábrica em pé de novo, e, quem sabe, a JLR, em situação tão ruim hoje, seja como a Jaguar de 1957: algumas horas depois que os bombeiros apagaram o fogo, os funcionários voltaram para limpar os destroços das linhas de montagem. Limparam tudo, levaram carros queimados embora, selecionaram as peças que podiam ser reusadas e as que eram lixo. A produção limitada recomeçou apenas seis dias depois da tragédia.

O que não nos mata, afinal de contas, todo mundo sabe: nos deixa mais fortes. Tomara que uma nova JLR apareça depois deste problema. E o que seria melhor ainda: uma nova-nova Jaguar. (MAO)


A volta do Zenos E10

A fabricante britânica de carros esportivos Zenos está retornando, depois de falir em 2017, depois de vender apenas 100 unidades de seu roadster de dois lugares. Oito anos após entrar em recuperação judicial, volta com uma nova versão do seu E10.

O E10 conseguiu alguma fama devido ao seu chassi, cuja espinha dorsal era a maior extrusão de alumínio jamais usada na indústria automotiva. A carroceria usava “fibra de carbono reciclada”. A rigidez torcional era superior a 10.000 Nm/grau, e o peso, contido: o carro pesava 720 kg. Com um Ford dois litros turbo de 250 cv em posição central-traseira, fazia 0-100 km/h em 4 segundos.

O carro continuará com o chassi extrudado e a suspensão duplo A sobreposta independente nos quatro cantos, com coilovers operados por pushrods na dianteira.  A carroceria é nova, fabricada pela AC inglesa, mas ainda usa fibra de carbono reciclada.

Terá também um novo motor: um Volvo de dois litros turbo que gira até 7200 rpm, e fornece 380 cv e 52 mkgf de torque.  A tração é traseira, via um transeixo manual de seis velocidades. Por causa da potência extra, os engenheiros refizeram o subframe traseiro, antes em alumínio, agora em aço para suportar o maior torque. Por isso, o carro é mais pesado que antes: 790 kg.

O preço começará nos £ 140.000 (aproximadamente um milhão de reais), na Inglaterra. A empresa espera começar a entregar carros no segundo semestre do próximo ano. (MAO)


Mercedes-Maybach V12 Edition: ouro, couro e uma boa dose de realidade

Lembra quando a Mercedes disse que só venderia carros elétricos a partir de 2030? Pois é. Enquanto a narrativa verde sufoca cada vez mais com a fumaça da combustão interna, ainda há clientes dispostos a pagar uma pequena fortuna para ter doze cilindros queimando gasolina.

Prova disso é o  Maybach S680 V12 Edition, uma tiragem de apenas 50 exemplares do que a marca chama de homenagem à própria história. Na prática, é o mesmo V12 biturbo de seis litros e 612 cv, empurrando duas toneladas e meia como se fossem um Classe A. Zero a 100 em 4,5 segundos, velocidade final limitada a 250 km/h. Tudo muito impressionante — mas completamente irrelevante para quem vai passar 99% do tempo deitado no banco traseiro, testando o sistema de massagem.

O que muda está no fausto. Pintura em dois tons (verde metálico em cima, preto obsidian embaixo) que leva dez dias para ser concluída, rodas forjadas pintadas no mesmo tom, couro Nappa marrom em cada centímetro do interior e acabamentos em nogueira. O detalhe mais chamativo, e talvez mais constrangedor, é um emblema de 24 quilates na coluna C, porque aparentemente cromado já não impressiona o suficiente em 2025.

O preço, claro, não foi revelado. Mas se um S680 já parte de US$ 245.000, este V12 Edition deve custar no mínimo o dobro. E quem comprar ainda leva de brinde taças de champanhe prateadas, tapete de porta-malas combinando com o couro e um discreto badge “1 of 50” para não deixar dúvidas de que o dinheiro realmente não foi problema.

Enquanto BMW, Audi e Bentley já enterraram seus doze cilindros, a Mercedes insiste que “ainda não é hora da despedida”. Pode até ser verdade. Mas no ritmo em que ela muda de ideia, melhor brindar com as taças de prata agora — porque amanhã pode ser que o V12 seja condenado em nome da neutralidade de carbono. (Leo Contesini)