Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Toyota está construindo um “mini-Nürburgring” no Japão
Talvez você não saiba, mas o braço esportivo da Toyota, a Toyota Motorsport GmbH, é uma empresa japonesas com operação baseada na Alemanha. O motivo está na localização mais centralizada geograficamente e também nos recursos locais para desenvolvimento — em especial Nürburgring Nordschleife, circuito do qual a Toyota é uma cliente assídua, tanto que sua divisão esportiva foi batizada GRMN — Gazzo Racing Masters of the Nürburgring. E aparentemente eles gostam tanto do circuito alemão que vão até mesmo construir uma “réplica” de Nür no Japão.
Claro, eles não vão construir um circuito de quase 29 km no espaço limitado do arquipélago japonês, mas pretendem construir um circuito de 5,3 km com 250 metros de variação topográfica e reproduções das melhores curvas do Inferno Verde. A reprodução fará parte de um novo campo de provas da Toyota, que irá ocupar um terreno de 6,5 km² e, além do “mini ‘Ring” terá outros dez circuitos. O novo complexo deverá custar cerca de US$ 3 bilhões, e ficará pronto em 2023.
Os novos carros da Force India e da Toro Rosso
Os dois últimos carros que faltavam ser apresentados para a temporada de 2018 da Fórmula 1 deram as caras nesta segunda-feira (26). O primeiro foi o Toro Rosso, que apesar da pintura semelhante à da temporada passada, em um azul mais vivo que o da Red Bull e uma faixa vermelha com detalhes em prata, tem sua principal novidade na parte traseira do carro.
A equipe italiana pertencente à Red Bull agora será equipada com os motores Honda, que deixou a McLaren quando os britânicos assinaram com a Renault. Nos demais aspectos, o STR13 terá as mesmas mudanças que os outros carros do grid: halo no cockpit, o fim da asa em T, da barbatana na cobertura do motor e dos apêndices aerodinâmicos à frente dos sidepods. A dupla de pilotos já havia sido renovada na metade da temporada passada, quando o francês Pierre Gasly substituiu Daniil Kvyat, e Brendon Hartley entrou no lugar deixado por Carlos Sainz Jr. após sua transferência para a Renault.
O outro carro é o Force India VJM11, que ficou ainda mais rosa que o modelo do ano passado. O modelo, segundo a equipe, foi projetado do zero de acordo com o regulamento deste ano — do halo ao novo conjunto aerodinâmico. O motor continua fornecido pela Mercedes-AMG, que vem servido bem à equipe indiana. A Force India deixou de ser uma equipe do fundão para se consolidar nas posições intermediárias — talvez a equipe mais sólida do pelotão do meio nos últimos anos, dado que terminou na quarta colocação dos construtores nos últimos dois anos.
Os pilotos novamente serão o mexicano Sergio Perez, que chega à sua quinta temporada pela equipes, e o francês Esteban Ocon, que estreou em 2017.
Fernando Carli Filho vai a júri popular nesta terça
O caso do ex-deputado Fernando Carli Filho, responsabilizado por um acidente de trânsito que causou a morte de dois jovens em Curitiba/PR no distante ano de 2009, finalmente será julgado, depois de quase dez anos se desenrolando na justiça. O Carli Filho será submetido ao julgo popular nesta próxima terça-feira (27), que decidirá se ele foi culpado ou não pela morte dos jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida.
O acidente aconteceu em 7 de maio de 2009, quando o Passat Variant de Carli Filho “decolou” na Avenida Monsenhor Zanlorenzi, no bairro Mossunguê, e sem contato com o chão para frear, acertou o Honda Fit em que estavam os dois jovens, matando ambos instantaneamente. Os laudos periciais atestaram que Carli Filho estava em velocidade entre 161 km/h e 173 km/h, e que tinha 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, quatro vezes acima do permitido na época. Além disso, sua CNH estava em situação de cassação por ter atingido 130 pontos em 12 meses.
Carli Filho acabou internado por quase um mês devido aos ferimentos na cabeça, e renunciou o cargo de deputado estadual. Em 27 de agosto de 2009, quase três meses após o acidente, ele é denunciado pelo Ministério Público por duplo homicídio qualificado com dolo eventual. Em novembro do mesmo ano a justiça aceitou a denúncia e abriu o caso, que teve seu julgamento adiado desde então. Após uma 33 recursos de Carli Filho para não ser julgado por júri popular, o Supremo Tribunal Federal extinguiu o habeas corpus do ex-deputado, o que permitiu que o julgamento fosse marcado para esta próxima terça-feira (27).
Supercarros de Paul McCartney, Rod Stewart e Nick Mason estão a venda
Normalmente leilões envolvendo estrelas do rock tratam da venda de guitarras raríssimas (como a Les Paul 1960 LH de Paul McCartney, ou a Fender Stratocaster 1953 de David Gilmour) ou itens usados pelos músicos em shows e/ou gravações. Mas desta vez o power trio anunciado pela Bonhams é formado por supercarros que um dia estiveram na garagem de Paul McCartney, Rod Stewart e Nick Mason — e eles são tão icônicos quanto seus proprietários.
Começando por Sir Paul McCartney, o carro a venda é um dos dois Lamborghini que o bom-moço de Liverpool teve ao longo de seus quase 76 anos, e o mais raro e valioso deles. Trata-se de um Lamborghini 400GT 1967, o segundo modelo criado pela marca italiana, com um novo motor 4.0 V12 no lugar do 3.5 V12 do 350 GT. O carro foi comprado por McCartney em 1968, durante a produção de Yellow Submarine, e é um dos 250 produzidos e um dos quatro importados para Inglaterra. A Bonhams estima que o 400GT será vendido por entre US$ 560.000 e US$ 700.000
O outro carro também é um Lamborghini, e também pertence a um músico condecorado pela coroa: Sir Roderick Stewart. O carro é bem mais novo que o 400GT de Sir Paul: um Lamborghini Diablo VT 1991 comprado pelo próprio Rod Stewart em dezembro de 1991 como presente de natal a si mesmo. Vai ver foi o sucesso de Vagabond Heart, seu 16º álbum, que ganhou disco de platina em seis países. A Bonhams estima que ele será vendido por entre US$ 170.000 e US$ 195.000.
O último não é um Lamborghini e também não foi de nenhum Sir Rocker, embora seja o mais entusiasta do trio: Nick Mason, o baterista do Pink Floyd, dono de uma das coleções mais impressionantes do planeta — que inclui uma Ferrari 250 GTO e um Auto Union de Grand Prix dos anos 1930. O carro em questão é bem mais mundano: uma singela Ferrari Dino 246 GT 1974. Além de ter passado pela garagem de Mason, esta Dino é uma das 21 fabricadas com os arcos dos para-lamas alargados, um opcional de época que você nem sabia que existia. Por esse motivo ela é avaliada em cerca de US$ 70.000 a mais que uma Dino comum, e deverá sair por entre US$ 525.000 e US$ 595.000.
Volvo não irá desenvolver novos motores a combustão
Vejam só mais um sinal dos novos tempos. A Volvo anunciou que o desenvolvimento de uma nova família de motores a combustão não está em seus planos futuros. Durante a apresentação do novo V60 em Estocolmo, a empresa anunciou que irá desenvolver powertrains híbridos até que seja feita a transição total para os elétricos. A transição não é novidade, dado que a Polestar já deu o primeiro passo rumo à eletrificação total, mas é surpreendente pensar que a atual geração de motores da Volvo será a última a funcionar sem nenhum tipo de auxílio elétrico.
Pagani levará dois show cars a Genebra
Apesar da migração em massa de fabricantes de esportivos para o mundo dos SUVs, algumas marcas se mantém fiel às suas origens garagistas. A mais famosa delas é a Pagani, que apesar de manter sua produção limitadíssima, está comemorando um aumento nas vendas em 2017. Pela primeira vez a fabricante italiana está chegando à marca de 40 exemplares por ano, conforme sua previsão para 2018, e para comemorar, eles levarão dois show cars a Genebra.
O primeiro será um Huayra Roadster com especificação americana. O modelo é claramente uma tentativa de Horacio Pagani conquistar o mercado americano, agora beneficiado pela lei que isenta os fabricantes artesanais de alguns itens de segurança, como airbags e controles eletrônicos, desde que usem um motor homologado — o que não é problema para o V12 Mercedes.
O outro carro é o Zonda HP Barchetta, o Zonda feito pelo próprio Horacio Pagani com inspiração nos Mercedes SLR do passado, como mostram os detalhes em xadrez nos bancos e no para-brisa mais baixo ao estilo “barchetta”.