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Montana e Tracker 2025 são mais potentes
A Montana e a Tracker, essencialmente o mesmo carro em carrocerias perua e picape cabine dupla, chegam em 2025 com mais potência. Graças ao bom trabalho da engenharia brasileira, que aproveitou o investimento aprovado para mais uma rodada de aperto nas emissões para não só atender esta nova legislação, mas também melhorar o consumo e o desempenho dos carros. Attaboy!
Ambos os motores passaram a contar com injeção direta e nova calibração liderada pela GM brasileira em São Caetano do Sul, que resultam em aumento de potência nos motores turbo tricilíndricos de 1,0 e 1,2 litro. O 1.0 turbo ganhou 5 cv, e agora tem 121 cv e 18,9 mkgf de torque. Já o 1.2 turbo ganhou 8 cv, totalizando interessantes 141 cv e 22,9 mkgf.
Lembre-se que a Montana é oferecida com este motor de 141 cv e câmbio manual; e o acerto de chão desses carros é bem interessante. A Montana mais rápida agora acelera de 0-100 km/h em 9,5 segundos; nenhum canhão, claro, mas 6% melhor que antes. E lembrem: mais econômica também.
No Tracker topo de linha, com o motor de 1,2 litro automático, a melhoria é ainda maior: A aceleração de 0-100 km/h foi de 11,1 segundos para 9,7 segundos, 12,6% melhor. A Tracker 1.0, também automática, agora acelera de 0-100 km/h em 10,9 segundos, uma melhoria de 7,6%. Velocidade máxima não foi revelada, talvez por ter sido mantida a mesma, limitada por pneus mais baratos, em torno de 180 km/h.
Todos os carros também estão mais econômicos, com melhorias que vão de 1% até 9%, dependendo do carro e o ciclo urbano ou rodoviário. De toda forma, uma mudança pequena, mas importante: acrescentou-se capacidade maior ao carro. Sim, continuam com a infame correia banhada a óleo, porém. Os preços e disponibilidade ainda não foram divulgados. (MAO)
Lamborghini atrasa elétrico
A Lamborghini não estava assim muito animada com eletrificação, prometendo seu primeiro elétrico para 2028. Quem pode culpá-la? Se tem uma empresa que perde sentido de existir num mundo elétrico, certamente é a Lamborghini. O que é um Lambo sem o seu grito apavorante? Mas agora parece que a Lamborghini vai adiar estes planos ainda mais. Essencialmente, vai fazer só quando não tiver mais jeito.
O chefe da Lamborghini, Herr Doktor Stephan Winkelmann, disse aos repórteres esta semana que o elétrico da marca chegará em 2029, de acordo com a Reuters. Vários fabricantes alteraram seus planos de eletrificação no último ano. O crescimento lento está forçando empresas como Volvo, Bentley, Ford e outras a reconsiderar suas estratégias e reorganizar seus cronogramas de lançamento.
A Lamborghini também está esperando por potenciais mudanças na proibição de motores de combustão da União Europeia definida para 2035, quando uma revisão ocorrerá em 2026. A Lamborghini também expressou interesse no potencial de combustíveis sintéticos para manter motores de combustão interna em novos veículos. Eu não teria dúvida: claro que haverá uma exceção na legislação para que os ricos possam continuar com seus caros Lamborghinis, nem que seja usando caros combustíveis sintéticos “verdes”. Eu e você que vamos dançar, não eles, claro.
O elétrico da empresa, se acontecer realmente, não será um supercarro. Em vez disso, será um grand tourer de quatro lugares previsto pelo conceito Lanzador em 2023, o carro que ilustra as fotos desta nota. Winkelmann disse no início deste ano que os supercarros elétricos não estavam vendendo bem e talvez nunca realmente atraíssem os consumidores. Jura? (MAO)
Miata psicodélico é “arte” sobre rodas
Essa notícia é tão bizarra que não consegui deixar de falar dela. Trata-se de um Mazda MX5 Miata que recebeu uma pintura especial. Pintura esta que, entre outras coisas, tem dragões fluorescentes, trens de metrô descarrilados e máscaras kabuki, e também brilha no escuro. Sério.
Trata-se do Mazda MX-5 “Kabuki Town”, um art-car bizarro inspirado em grafite e, segundo seus criadores, uma “carta de amor à cultura japonesa”. Foi criado pela concessionária belga Mazda St-Michel e pela empresa local Gisele Racing, que Deus, em sua infinita misericórdia, tenha piedade de suas almas.
O projeto é baseado no num MX-5 RF, a versão cupê, certamente porque o teto fornece mais área para decoração. A pintura vibrante “se inspira na cultura pop japonesa e nas tradições antigas, tudo isso enquanto homenageia o país de origem da Mazda”.
O design original foi concebido pelo artista mexicano Eric Lopez, com o artista belga Boris Sandron cuidando da adaptação e aplicação na carroceria do MX-5. O desenho original levou 300 horas para ser concluído, com mais 100 horas para adaptação do design, 100 horas para pintura, 5 horas para lixamento e outras 5 horas para envernizamento. No fim, um total de 510 horas foram investidas. Já pensou um motoboy acertar ele e ralar a lateral toda? Provavelmente nunca vai rodar, o pobre cupê.
Os destaques desta obra incluem o famoso monstro Godzilla no capô, acompanhado por um trem de metrô descarrilado e um dragão japonês ao longo do perfil. Múltiplas explosões, estrelas e elementos coloridos preenchem cada centímetro da carroceria, ao lado de máscaras kabuki que fazem referência ao teatro tradicional japonês. O que torna a pintura ainda mais especial é que ela muda sob luz negra. O efeito brilhante, possibilitado pelo uso de tinta fluorescente, faz o dragão e as explosões saltarem no escuro. Ui!
O Mazda MX-5 Kabuki Town é um carro único, e embarcará em uma turnê de seis meses pela Europa. Os compradores em potencial podem fazer suas ofertas, a partir de US$ 75.000. O que se a gente pensar, nem é caro pelo trabalho que representa. Bizarro apenas, ou tão diferente que até é legal? Lembrei do Porsche 356 lisérgico de Janis Joplin. Oh Lord, wont you buy me, a fluorescent Godzilla clad Mazda Miata…(MAO)
A volta da Honda GB500
Tenho que confessar logo de cara que pessoalmente tenho um certo fetiche por motocicletas de um cilindro esportivas. Especialmente se usam motores de grandes motos de trail. É uma tara que diz respeito a baixo peso, e motos pequenas e estreitas como uma CG 125; mas que tem potência e torque em abundância para seu peso. E uma das que mais gosto é uma moto que já era retrô quando lançada nos anos 1980: a Honda GB500.
A moto nunca foi um sucesso mundial; talvez fosse a frente do seu tempo, pois hoje, motos deste tipo proliferam e são populares. Uma moda que no mundo moderno veio das Triumph grandes inglesas, e das Royal Enfield indianas. Agora parece ser uma boa hora para a volta da Honda GB500; aparentemente é o que vai acontecer.
A Honda reviveu o nome GB na Europa para 2025 com o lançamento recente da GB350S, uma versão renomeada da CB350RS arrefecida a ar que está à venda na Índia desde 2021 como rival de ofertas igualmente simples motos Royal Enfield. Agora parece que o prefixo GB está pronto para retornar aos mercados de primeiro mundo em um modelo GB500.
A GB500 original era movida pelo single arrefecido a ar da Honda XR650L modificado, mas mantendo arrefecimento à ar, um comando no cabeçote e quatro válvulas radiais “RFVC” como nossa XL 250. O quadro era simples de tubo de aço, guidão clip-on, clássicos instrumentos redondos, garfo com polaina de borracha, e rodas raiadas de 18 polegadas. Era linda, a moto.
A nova GB350S que agora chegou ao mercado europeu em resposta às crescentes vendas de motos abaixo de 400 cm³, tem uma receita semelhante. Seu motor, também um single arrefecido a ar, é ainda mais simplista do que o antigo GB500, com apenas duas válvulas e uma potência máxima de apenas 20,8 cv (praticamente metade da GB500). Mas tem injeção de combustível moderna e ele fica em uma estrutura de berço de aço com design tradicional e um layout de suspensão que inclui amortecedores traseiros duplos e um garfo convencional de 41 mm.
Exatamente como a Honda criará o GB500 ainda está para ser visto. Algumas fontes japonesas sugerem que o motor da GB350S permite maiores deslocamentos. É hoje um motor subquadrado, 70 x 90,5 mm; um diâmetro de 84 mm, se for possível, daria exatos 501 cm³.
Mas uma coisa é certa, a GB500 dos anos 1980 é muito mais bonita que a GB350S moderna. Estilo aqui é fundamental. Cuidado com isso, Honda; mas esperamos aqui torcendo para ficar tão legal quanto a moto original. Veremos! (MAO)