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Segredo

Tudo que já sabemos sobre o futuro Toyota Supra – e sua versão BMW

Um dos esportivos mais aguardados pelos petrolheads certamente será a nova geração do Toyota Supra. Previsto para ser lançado em 2018, sabíamos que ele teria desenvolvimento conjunto entre BMW e a fabricante japonesa, que teria mais componentes mecânicos da alemã e que o projeto dará origem a um possível sucessor do Z4, que se chamará Z5. Mas agora temos informações muito mais completas graças ao site australiano Motoring.

O nome do projeto é Silk Road, ou estrada de seda, em tradução livre. Na verdade, é uma referência à Rota da Seda, um caminho comercial que ligava a Europa à Ásia, ou, neste caso, a BWM à Toyota…

Em março deste ano, a Toyota confirmou que a fase de avaliação de produto foi encerrada e que seu desenvolvimento técnico teve início. A divisão de tarefas para a criação dos veículos foi dividida em quatro elementos: desenvolvimento do esportivo, pilhas de combustível, tecnologia de eletrificação e tecnologia de economia de peso.

O desenvolvimento e a tecnologia de redução de peso, ainda que também conte com contribuições da Toyota, ficará a cargo da BMW, que é expert em comportamento dinâmico e tem algo que muito interessa à fabricante japonesa: o motor 3.0 de seis cilindros turbinado. A redução de peso vem do uso de materiais especiais, como alumínio e fibra de carbono, no qual a BMW também se especializou com a linha i.

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Para a Toyota sobraram as tecnologias verdes, como a parte de hibridização e de pilhas de combustível, dois setores em que a empresa é pioneira. No primeiro, com o Prius. No segundo, com o Mirai, o primeiro carro com pilha a combustível realmente à venda no mundo. Antes dele, a Honda havia permitido que seus clientes usassem o FCX Clarity, mas apenas sob leasing.

Ao contrário do que acontece com o GT86, que foi desenvolvido em conjunto com a Subaru e deu origem ao BRZ e também ao Scion FR-S, os modelos BMW e Toyota serão completamente diferentes em estilo. Isso porque os novos esportivos não serão monobloco, mas sim construídos sobre um chassi de alumínio, possivelmente o mesmo usado no BMW i8.

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Dizemos possivelmente porque, como os esportivos ainda estão na fase de desenvolvimento, essa estrutura é uma das mais cotadas para uso. Pode ser que algo mude até 2018, mas é pouco provável. E faz todo o sentido.

Primeiro, porque usar o chassi do i8 dá mais escala à solução e permite que o i8 tenha margens maiores de lucro, já que a amortização do investimento em seu desenvolvimento será mais rápida. Segundo, porque essa estrutura permite uma melhor acomodação de baterias e outros elementos necessários à tecnologia híbrida.

Segundo fontes do site australiano, a transformação do esportivo em um híbrido exigiu dos engenheiros da BMW o dobro do tempo que eles levam para criar um carro comum. Isso porque a engenharia da Toyota precisou determinar o melhor lugar para as baterias, que sistema híbrido seria mais adequado aos esportivos e como tudo isso poderia obedecer à tradicional distribuição de peso dos modelos BMW, com 50% para cada eixo.

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A carroceria dos veículos, tanto o da BMW quanto o da Toyota, deverá ser feita de fibra de carbono, seguindo, de novo, o esquema que a marca alemã adotou para seus modelos da linha i: um módulo para os sistemas mecânicos, chamado de Drive Module, e um para os passageiros, o Life Module.

O tamanho esperado para o novo Supra é 4,50 m de comprimento, com 1,84 m de largura e 1,34 m de altura, no máximo. Dizem que terá o mesmo porte de um Porsche 911. O entre-eixos ficará em menos de 2,50 m, prova de que o veículo será menor que o conceito FT-1, revelado no Salão de Detroit do ano passado e apontado como o futuro Supra. Ele tinha 4,68 m de comprimento, 2,74 m de entre-eixos, 1,97 m de largura e 1,23 m de altura.

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Não, o FT-1 não será o Supra, mas nós o usamos para ilustrar essa reportagem porque ele talvez fique mais próximo do modelo real do que todas as projeções tentando imaginá-lo, muitas das quais usadas aqui para ilustrar o quanto não se sabe nada sobre seu estilo. Pelo menos por enquanto.

Isso porque o estilo do Supra já está definido. Foi aprovado no terceiro trimestre do ano passado e estaria matador, segundo as fontes do site australiano. Com isso, é possível que ele já apareça, em forma de conceito, no Salão de Detroit ou no de Genebra de 2016. Com dois anos pela frente para o lançamento, pode ser a oportunidade certa de testar reações e criar expectativa.

O futuro Supra terá apenas duas opções de trem de força: uma com o motor 3.0 de seis cilindros, com 340 cv, e uma híbrida, também com o motor 3.0, mas com desempenho muito superior: 480 cv. O híbrido será do tipo plug-in, ou seja, poderá ser carregado em uma tomada para circular na cidade.

BMW-Z5

O Supra equipado apenas com motor turbo pesará em torno de 1.300 kg. O híbrido não deve passar de 1.500 kg, o que, considerando o peso das baterias e do motor, é um feito e tanto. Espere o mesmo peso para o BMW Z5, que terá mais opções de motores. O 2.0 turbo de quatro cilindros e 245 cv será a de entrada, com o 3.0 e o híbrido na sequência.