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Velocity High Roller: um F-250 restomod da Flórida
Além dos carros esporte, a crescente indústria de restomods também cuida do outro lado do espectro da alta performance: picapes e jipes off-road. A indústria deve continuar a evoluir, pois recicla carros antigos que não precisam atender as normas atuais de segurança passiva e emissões, e, portanto, podem ser mais leves e eficientes, usando tecnologias modernas. Mas é coisa cara; não é para os meros mortais.
Veja o exemplo desta nova Ford F-250 criada pela empresa da Flórida Velocity Restorations : custa um mínimo de U$ 285.000 (R$ 1.507.650). Mas é uma maravilhosa picape com tudo que se pode imaginar possível hoje em dia, mas com a cara, o espírito, e o maravilhoso desenho sem intervenção estatal dos anos 1960.
O carro tem o stance correto para este tipo de carro, com enormes pneus off-road Toyo de 33 polegadas, e alto, com suspensão e eixos expostos. As rodas são de aço e tem calotas como o carro original; mas são mais largas e maiores, dando um efeito sensacional com a pintura bicolor que parece de época, mas brilha como só algo moderno pode fazer.
A empresa instala também um motor moderno, claro: um Coyote 5.0L V8 da Ford Performance, com uma transmissão automática de quatro velocidades 4R70. Os freios são discos Baer em todos os quatro cantos, o chassi é da respeitada Roadstershop em Illinois, e o F-250 agora usa amortecedores Fox personalizados. Eixos Dana com air-locks, e tração nas quatro rodas, completam o pacote.
O interior, apesar da aparência fazendeira dos anos 1970, tem uma qualidade de revestimentos e superfícies alienígena para quem conhece a velha picape de perto, além de ar condicionado e um poderoso sistema de som Morel.
A empresa está tomando encomendas já para este modelo, chamado “High Roller”. O tempo de fabricação é estimado em 14 semanas. Há também um plano para lançar uma versão semelhante baseada na menor F-100 no próximo ano, embora nenhum detalhe concreto esteja disponível ainda. (MAO)
McMurtry Spéirling faz 0-96 km/h em 1,4 segundos
A esta altura do campeonato todo mundo já sabe como esta miniatura psicodélica de um Batmóvel elétrico em escala 1:2, o McMurtry Spéirling, é incrivelmente veloz. O carro foi uma estrela do Goodwood Festival of Speed deste ano, onde fez o percurso de subida de montanha em inacreditáveis 39,08 segundos.
O carro é criação da McMurtry Automotive, uma startup britânica fundada em 2016 pelo irlandês Sir David McMurtry. O nome “Spéirling” é irlandês para “tempestade”. De acordo com a empresa, a motivação por trás do carro era ver o que poderia ser alcançado sem olhar para nenhuma categoria de competição, e nem as leis de homologação para carro de rua. O Spéirling então não pode ser emplacado, e não pode ser enquadrado em nenhuma categoria de corrida. Foi criado apenas para andar muito. De verdade. Um fora-da-lei que podemos admirar.
A McMurtry pesa abaixo de 1.000 kg e tem mais de 1000 cv; 1 cv/kg era o objetivo do projeto. Também tem incrível downforce desde parado, criada por meio de ventiladores duplos que fornecem 2.000 kg de força descendente. Quando os ventiladores estão em velocidade máxima, eles emitem cerca de 120 dB de ruído, comparável ao de um motor a jato em velocidade máxima.
Recentemente, a publicação CarWow pode dirigir o carro, ainda que, com a relação final otimizada para o circuito de Goodwood, a máxima fosse de apenas 240 km/h. O carro fez tempos impressionantes como era de se esperar: 0-60 mph (96 km/h) em ínfimos 1,4 segundos. Mais que isso: atinge 100 mph (161 km/h) em apenas 2,63 segundos. O quarto de milha é despachado em 7,97 segundos. Barrabás.
O Spéirling tem uma bateria de 60 quilowatts-hora, que fornece uma autonomia estimada WTLP de 483 km. No painel, um botão reostato libera potências crescentes, até o máximo de 1000 cv; com um pouco menos do que a potência total, um motorista pode fazer voltas em velocidade de um carro da classe GT4 por cerca de 20 minutos.
A empresa agora está trabalhando numa versão homologada para uso em rua, que deve mudar muita coisa no carro. Esta versão de rua deverá ser vendida por “pelo menos £ 1 milhão” (R$ 6,44 milhões). (MAO)
Chevrolet recompra todos os Malibu 2022/2023 que foram alvo de recall
Toda vez que se coloca uma legislação como um Airbag, desenhado para salvar vidas, um novo problema, antes inexistente, aparece: se ele não funcionar, uma vida pode deixar de ser salva; deixar de salvar uma vida é um problema. De quem é a responsabilidade por isso? Claro que não de quem inventou o salva-vidas; de quem o projetou, fabricou e vendeu.
Assim, de todos os recall possíveis, os que dizem respeito ao airbag e seu funcionamento são os piores, olhando pelo lado da responsabilidade legal. Veja o caso do Airbag da Takata; uma tragédia que dizimou vidas, e a empresa antes conhecida como Takata. Mostrou também que ninguém estava imune aos recalls deste tipo: todo mundo usava esses airbags.
Um carro moderno é altamente complexo, e também é o projeto do disparo deste airbag. Qualquer variação aqui pode ser trágica. E variação, meus amigos, apesar de reduzida drasticamente hoje em dia, existe.
Vejam o caso em questão aqui: diz respeito a uma barra de impacto, a chapa estampada que liga as duas longarinas frontais de todo monobloco moderno, e serve como ponto de montagem dos sensores de impacto frontais, localizados que estão bem atrás do para-choque dianteiro.
Parece que um fornecedor desta barra para os Chevrolet Malibu dos anos modelo 2022 e 2023 errou na dimensão dela por alguns milímetros, fazendo a soldagem a ponto da barra na carroceria deficiente. A GM descobriu que isto afeta a leitura dos sensores do airbag, sem dúvida depois de inúmeros, trabalhosos e caros crash-tests.
O resultado é um aviso de recall da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA). As concessionárias foram informadas do recall em 14 de dezembro e os proprietários serão notificados a partir de 6 de fevereiro de 2023. As concessionárias inspecionarão os lados direito e esquerdo da barra em busca de uma solda incompleta. Curiosamente, os veículos em questão não serão consertados e a GM os recomprará dos proprietários.
Sim você ouviu corretamente. Se o problema existe, a GM prefere recomprar o carro, e certamente destruí-lo. Pode ter certeza que ela fez a conta, e descobriu que fica mais barato assim. Pode não ser a maneira mais ecologicamente correta de solucionar um problema, essa solução de destruir um veículo novo e perfeitamente usável por décadas, mas é certamente a mais segura para seus ocupantes, caso se envolvam em acidente. (MAO)
Honda processa Shineray por plágio. De novo!
Em 2017 a Honda venceu um processo contra a Shineray por conta de plágio; o processo tinha sido aberto em 2012, e dizia respeito às motos Max 150 e Explorer 150, supostamente copiados da CG 150 Titan e NXR 150 Bros. A Honda ganhou o processo, e foi aplicada uma multa por danos materiais calculada em cerca de R$ 130 milhões – que era o equivalente ao número de vendas dos das Max 150 e Explorer 150 no período de 2012 a 2017.
Agora, outro processo está correndo: a Honda alegou que a Shineray Ray 50 Turbo é uma cópia da Honda Biz. A Honda parece ter conseguido um parecer favorável em segunda instância, o que faz com que as vendas da Shineray sejam suspensas.
A Shineray deve recorrer, claro, e diz que a “RAY 50 e a BIZ 125 são produtos diferentes, e possuem visual suficientemente distinto, de modo que podem coexistir no mercado”.
O caso diz respeito basicamente ao desenho das motos, que, como no caso anterior de 2017, realmente é muito parecido com o da Honda. Não diz nada a respeito da mecânica, que apesar de cilindrada menor e muito menos sofisticação, também é parecida.
A Biz, afinal de contas, é uma descendente da Honda Super Cub 50 de 1958. Seu desenho básico e seu monocilíndrico horizontal são incrivelmente populares, com sua produção já acima dos 100 milhões de motos vendidas.
E isto apenas com a marca Honda; cópias, autorizadas ou não, abundam mundo afora. Como já dizia um sábio brasileiro, “Se gritar “Pega ladrão!”, não fica um, mermão.” (MAO)