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Salão de Detroit 2015

Um Lexus para brigar com os alemães, a nova geração da picape Tacoma e as novidades da Scion no Salão de Detroit

Se, no Brasil, temos a Toyota Hilux como picape de uso misto urbano/trabalho, nos EUA as coisas são maiores e, por isso, a “Hilux” deles é a Tacoma. A picape foi lançada em 1995, ganhou uma segunda geração em 2005 e agora, dez anos depois, chega à terceira. Se você não curte picapes, fique tranquilo:  a Lexus levou para Detroit o GS F, que veio para brigar com o M5, e a Scion trouxe um hatch conceitual bem interessante. But wait, there’s more!

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Parece que 2015 está sendo o ano das picapes em Detroit — tivemos a nova Raptor, a Ram 1500 Rebel, a Nissan Titan XD e agora, a Toyota Tacoma 2016. A nova geração, que foi concebida do zero pela divisão americana da Toyota, no centro técnico de Ann Arbor, no Michigan, usa aço ultra-resistente integrado à carroceria, que conta com painéis moldados a quente para reduzir peso.

O visual é totalmente novo. A dianteira ganhou faróis mais estreitos, com uma grade hexagonal de aspecto mais esportivo — um visual que se afasta das concorrentes americanas e, para nós, é bastante agradável.

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Atrás da grade e do radiador podem estar dois motores diferentes: um quatro-cilindros de 2,7 litros, 160 cv e 24,9 mkgf de torque, e um novo V6 de 3,7 litros cuja potência ainda não foi revelada mas, equipado com dois sistemas de injeção — um tradicional e um direto —  deverá ficar na casa dos 300 cv. Ambos os motores são acoplados a uma caixa manual de seis marchas ou, no caso do V6, manual, também de seis marchas.

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Além da nova Tacoma, a Toyota levou para o Salão de Detroit a TRD Tacoma Pro, versão especial da geração anterior, equipada com um V6 de 240 cv e acessórios TRD, como um novo sistema de escape.

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Mudando totalmente o foco, a Toyota também levou para Detroit o Mirai, seu novo carro movido a célula de combustível de hidrogênio. O carro é uma evolução do conceito FCV, que a marca trouxe para o Salão do Automóvel de São Paulo em outubro passado, e funciona da mesma forma: o hidrogênio é comprimido e se transforma em energia para alimentar um motor elétrico, produzindo apenas vapor de água no processo.

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Contudo, o motor elétrico é mais potente, com 153 cv, que são suficientes para que o Mirai chegue aos 100 km/h em apenas nove segundos, com 480 km de autonomia com o tanque cheio de hidrogênio pressurizaso. Mirai significa “Futuro” em japonês e, de fato, a Toyota planeja colocá-lo em circulação em um futuro próximo, com a produção de 700 unidades prevista para 2015.

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Para dar um clima (bem) mais entusiasta ao estande, a Toyota também levou oara o Salão a picape Tundra que venceu a Baja 1000 do ano passado. O rali de resistência, que acontece na península de Baja California, no México, é um dos mais desafiadores do mundo, e a Tundra correu na categoria  Full Stock — que só permite modificações que melhorem a segurança e a capacidade do veículo de carregar suprimentos.

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Com um V8 de 5,7 litros e 380 cv, a Tundra percorreu os mais de 1.900 km do rali (“Baja 1000” é praticamente uma licença poética), a Tundra venceu a prova em sua categoria, mas não sem marcas de batalha: o enorme rasgo na lateral foi feito quando a picape teve que passar pelo vão estreito entre outra picape e… um cacto.

 

O conceito FT-1, que fez sua estreia em Gran Turismo 6 como parte da série Vision Gran Turismo e, dizem, pode ser a base para o novo Supra (uma conversa que escutamos há pelo menos dez anos, cada hora de um jeito diferente), também foi a Detroit — desta vez, pintado de cinza.

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Mas nem só de games vive o estande: também estavam em exposição alguns dos Camry com os quais a Toyota corre na Nascar. As especificações técnicas são bem diferentes das do modelo de produção (não diga!): um V8 de 5,9 litros com injeção eletrônica e 850 cv move as rodas traseiras através da transmissão manual de quatro marchas. Ao lado deles, o Camry que servirá de pace car para a Daytona 500 neste ano.

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A divisão de luxo Lexus decidiu seguir uma abordagem diferente: a do alto desempenho. E a maior novidade foi o sedã GS F, que tem a dura missão de enfrentar o BMW M5 e o Mercedes-Benz E63 AMG na briga pela preferência dos gearheads (ricos).

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Para isso, sua arma principal é um V8 naturalmente aspirado — eles deixam isto bem claro — de cinco litros, 473 cv e 53,7 mkgf de torque acoplado a uma caixa automática de oito marchas com borboletas atrás do volante, e a Lexus garante que as trocas são tão rápidas quanto a de qualquer transmissão de dupla embreagem.

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A suspensão, com braços triangulares sobrepostos na dianteira e multilink na traseira, tem acerto exclusivo, mais rígido, e foi ajustada com testes em Nürburgring — James May não curtiu isto. Os pneus Michelin Pilot Super Sport de medidas 255/35 (frente) e 275/35 (traseira) calçam rodas de 19 polegadas, que por sua vez cobrem discos de freio de 15 polegadas com pinças de seis pistões nas quatro rodas.

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O mesmo V8 de 473 cv é o que está debaixo do capô do cupê RC F, que também usa a mesma transmissão. A missão do cupê lançado em 2014 é parecida com a do sedã: combater os alemães — mais precisamente, o BMW M4 e o antigo Mercedes C63 AMG (ao menos até a nova geração do cupê ser apresentada e se juntar ao sedã e à perua).

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Ainda sobre o RC F: também está em Detroit a versão GT3, que foi lançada em março do ano passado no Salão de Genebra e é voltado para equipes de corrida independentes. No GT3, o motor é preparado para render pelo menos 540 cv e é totalmente homologado para a categoria GT3 da FIA, o que garante que ele pode correr em eventos como as 24 Horas de Nürburgring e no campeonato Super GT do Japão.

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A Scion, divisão americana da Toyota voltada para o público mais jovem e descolado, também apresentou algumas coisinhas: o conceito iM, que será produzido ainda este ano, e o santo graal dos entusiastas, o FR-S, que nada mais é do que um Toyota 86 rebatizado.

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O iM, se analisarmos a fundo, também é um Toyota: o Auris, hatch baseado no Corolla que é comercializado no Japão. O iM foi feito sobre o Auris, e pretende reconquistar sua fatia de mercado, que não está muito satisfeita com o quadrado xB e o pequeno iQ.

Não há informações sobre motorização ou preço, mas sabe-se que o visual do iM já está bem próximo do modelo de produção, que deverá ser revelado em abril, no Salão de Nova York.

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Por outro lado, o FR-S nós já conhecemos bem: trata-se da versão da Scion para o Toyota 86, completo com o motor boxer de dois litros e 200 cv de origem Subaru. O exemplar amarelo do Salão estava equipado com acessórios da TRD, como para-choques e difusor traseiro.

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Falando nisso, a Subaru também exibiu BRZ em seu estande. Nenhuma novidade — não que precisemos delas para querer dar uma longa volta no cupê de dois lugares com tração traseira e um sonoro boxer 2.0 de 200 cv debaixo do capô.

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O WRX STI foi outra atração da Subaru — e ele continua formidável (na verdade, estamos aprendendo a gostar do seu visual). Nunca é demais lembrar que em seu cofre mora um boxer 2.5 turbo com 309 cv a 6.000 rpm e 40 mkgf de torque a 4.000 rpm, acoplado a uma caixa manual de seis marchas ou uma CVT.

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Quando o vimos em outubro, no Salão do Automóvel, sua chegada foi dada como certa em 2015 — só com câmbio manual e custando cerca de R$ 200 mil. Estamos esperando!

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