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Mais um revival do Lancia Delta para ralis
O Lancia Delta tem entrado no radar dos restomodders e oficinas independentes de customização. Primeiro foi o Lancia Delta Futurista, criação da Automobili Amos. Depois foi o pessoal da equipe GCK, que decidiu fazer um Delta elétrico para competir no mundial de Rallycross em 2022. E como as fabricantes também estão entrando na onda dos restomods, recriações, continuações e revivals, a própria Lancia também anunciou a “volta” do Delta na forma de um hatch elétrico. Agora, a Automobili Amos, que foi a primeira a tirar o projeto do papel, usando um Delta original como base, apresenta uma versão de rali do seu Delta renascido.
Diferentemente da versão de rua, que se chama Futurista, o modelo de rali foi batizado com um nome mais adequado: é o Delta Safarista — uma clara referência ao Safari Rally. Como seu irmão comportado, o Safarista é baseado em um Delta Integrale 16V que teve seu monobloco mantido, mas todos os paineis de carroceria modificados, assim como o conjunto de para-choques, vidros e faróis.
Segundo a Amos, o Safarista foi projetado com base na filosofia de função sobre forma, um tema que foi mantido no interior, uma vez que ele é extremamente espartano. Há apenas dois bancos, a gaiola, o freio-de-mão hidráulico e um display digital sobre a coluna de direção exposta. Ainda não há detalhes técnicos, mas a Amos revelou que o Safarista terá um motor “completamente melhorado” em relação ao do Futurista, que já tem 330 cv. O motor e a transmissão sequencial serão construídos e montados pela Autotecnica Motori, que já faz os motores do Futurista. A suspensão será ajustável e os discos de freio serão de aço.
A construção do carro não será feita pela Amos, também como já ocorre com o Futurista. Em vez disso, ela é feita pela Podium Advanced Techonologies, que já constrói o Futurista e também os carros da Scuderia Cameron Glickenhaus.
O carro, aparentemente, não será feito para bilionários entediados que desejam mudar a decoração da sua garagem para a próxima estação. Segundo a Amos, o carro faz parte de um programa de ralis privativos, que “permitirá aos compradores usar seus carros no limite, rodeados por contextos naturais incríveis, do gelo sueco às dunas da Arábia”. Serão produzidos apenas 100 exemplares, a um preço de US$ 645.000. Eles serão entregues em 2023. (Leo Contesini)
Honda quer monitorar e alertar autoridades sobre sinalização precária
Se você já tentou usar uma assistência ativa de condução no Brasil, certamente levou menos de cinco minutos para perceber que ela não funciona em condições menos que perfeitas — algo observado em 99% das rodovias do planeta. Boa parte deles depende de faixas pintadas no asfalto com alto contraste, ausência de buracos e placas legíveis e claras. Sem isso, não há condução autônoma que dispense um motorista.
E para não jogar o abacaxi no colo dos governos, a Honda decidiu incluir uma função cívica em seu sistema de assistências de condução: ela vai usar as câmeras e demais sensores para detectar os problemas e alertar as autoridades sobre eles. Na prática, quando o sistema deixa de funcionar porque a faixa da borda da pista está apagada, as câmeras irão classificar o nível de legibilidade das faixas e, juntamente com dados de GPS e arquivos de vídeo “anonimizados”, esta informação será enviada às autoridades para que elas possam consertar as falhas do ambiente viário.
A Honda também estuda a possibilidade de tais informações serem compartilhadas entre os automóveis, para que os sistemas de assistência tenham em seus bancos de dados as informações mais atualizadas sobre o percurso, permitindo que os motoristas sejam alertados sobre os riscos, para que assumam o comando do carro nestes trechos críticos.
Segundo as autoridades que se manifestaram a respeito até o momento, caso do Departamento de Transportes do estado de Ohio, nos EUA, sistemas como estes ajudariam os governos a agilizar o trabalho de manutenção, pois dispensaria o monitoramento permanente por equipes do departamento.
Agora… resta saber se os governos serão igualmente ágeis para resolver os problemas, ou se a solução irá esbarrar em discussões sobre orçamento, competências etc. Ao menos ninguém poderá dizer que as fabricantes não fizeram a parte delas… (Leo Contesini)
Toyota e Lexus surpreendem mostrando 15 protótipos elétricos
Durante uma coletiva de imprensa sobre estratégias de veículos elétricos, Akio Toyoda surpreendeu a todos ao revelar 15 conceitos, efetivamente todos os modelos futuros da Toyota e Lexus totalmente elétricos.
Alinhar-se à singularidade elétrica é inevitável, aparentemente, especialmente para se vender carros na Europa, então não é algo totalmente inesperado. O inesperado mesmo foi mostrar toda estratégia de uma só vez. Talvez para tranquilizar o mercado; Toyoda e sua companhia já declararam que colocar todas as fichas de um futuro verde nos elétricos não é uma boa ideia. Mas obviamente, o que quer que seja o exigido da companhia, ela o fará.
Talvez seja o maior lançamento simultâneo de carros-conceito da história. Basicamente a linha completa do futuro elétrico da companhia. Isso inclui: carros urbanos, sedans, SUVs de todos os formatos e tamanhos, e até picapes e carros esportivos. Alguns deles são baseados em modelos existentes, mas também existem vários veículos totalmente novos baseados na arquitetura EV-dedicada e-TNGA.
No lado da Toyota, mostrou-se um ônibus urbano autônomo, uma van compacta projetada para negócios e lazer, e um versátil EV urbano. O bZ4X, SUV compacto de alta produção que será o primeiro a entrar em produção e já foi mostrado anteriormente, também estava lá, junto com mais quatro derivados SUV dele.
Além disso, produtos bem mais interessantes: um jipinho inspirado no Bandeirante/FJ Cruiser chamado Compact Cruiser EV. Uma versão elétrica da popular picape Tacoma. E finalmente o Toyota Sports EV, um MR2 moderno, elétrico, com os logotipos da Gazoo Racing nos para-choques para mostrar sua seriedade.
A Lexus também trouxe novidades: seu primeiro EV dedicado, chamado RZ, que é a versão de produção do conceito LF-Z Electrified. Depois, há carro que se parece com o sucessor espiritual do LF-A, com autonomia de mais de 700 km prometida graças a baterias solid-state e um 0-100 km/h na faixa baixa de 2 segundos. Além disso, vimos protótipos em tamanho real de um grande SUV (Lexus Electrified SUV) e um sedã esportivo sem nome. Este último também apareceu em uma interessante forma de perua shooting brake, ao lado de um Conversível de quatro lugares com um estilo semelhante.
Este tipo de lançamento, sem precedente em escopo e quantidade, e próximo das festas de fim de ano, é estranho. Será que Toyoda, que parece não gostar muito desse caminho, resolveu acabar com o compromisso inevitável o mais rapidamente possível? Tirar o band-aid de uma vez só e acabar logo com isso? Vai saber… (MAO)
Volkswagen se compromete a continuar com diesel para a década de 2020
Outra notícia inesperada. Com o imbróglio do Dieselgate ainda na cabeça de todo mundo, ainda mais os funcionários da empresa (os que não foram demitidos e/ou presos), não seria de se estranhar que a VW nunca mais quisesse ouvir falar de Diesel. Mas hoje em dia, cada um tem que se virar como pode; parece que é um mercado ainda muito grande para a empresa alemã desistir dele. Pelo menos, por enquanto.
A empresa declarou que todos os modelos entregues desde junho com motores a diesel TDI de quatro cilindros, podem ser usados com diesel parafínico, um combustível recém-desenvolvido que contém bicomponentes.
A Volkswagen acrescentou que outros combustíveis sintéticos, como Power-to-Liquid (PtL), serão oferecidos no futuro, os quais são produzidos a partir de fontes regenerativas usando CO2 e eletricidade. Nesse processo, o excesso de energia verde poderia ser usado em sua produção. O óleo diesel parafínico pode ser particularmente atraente para clientes de frotas, que operam com uma mistura de veículos elétricos e convencionais, diz a companhia. Prevê que a quota de mercado do combustível no setor do transporte rodoviário possa aumentar para 20-30% na Europa dentro de 10 anos.
Os combustíveis parafínicos são produzidos a partir de resíduos biológicos e materiais residuais, como óleo vegetal hidratado (HVO). Estes são então convertidos em hidrocarbonetos por uma reação com hidrogênio e podem ser adicionados aos combustíveis diesel em qualquer quantidade. Já estão disponíveis em postos na Europa.
Embora a Volkswagen tenha concentrado esforços recentes em aumentar sua oferta de veículos elétricos, essa medida mostra que a empresa está receptiva a outras maneiras de reduzir sua pegada de carbono, em sua tentativa de diminuir as emissões de carbono em 40% até 2030 e ser neutra em carbono até 2050. (MAO)
Audi volta a fabricar carros no Brasil
Há quase um ano exatamente a Audi parava a fabricação do A3 Sedan no Brasil, na fábrica do Grupo VW em São José dos Pinhais, perto de Curitiba no Paraná. Mas agora vem a notícia que a produção nacional da marca será retomada, na mesma fábrica.
Os modelos agora serão os SUV Q3 e Q3 Sportback com motor 2.0 e a tração integral quattro, que começarão a ser produzidos a partir de meados de 2022. “Estamos super felizes para anunciar essa retomada de produção. Em breve anunciaremos o novo ciclo de investimentos na região”, disse Johannes Roscheck presidente da Audi do Brasil, ao site Motor 1. Disse também sobre a versão escolhida: “nós vamos trazer essas versões 2.0 quattro porque temos convicção de que é o melhor para o mercado. Saímos dessa posição de “entrada do segmento”, e por isso não pretendemos voltar com a produção nacional com o motor 1.4. Temos certeza que esse é o modelo que o cliente quer, é a versão certa para o mercado”.
Além dessa bo notícia, a marca anunciou também que, em conjunto com a rede de concessionárias, vai fazer um investimento de mais R$ 20 milhões para a instalação de pontos de recarga ultra-rápida de 150 kW em todas as lojas da marca pelo Brasil. Nenhum anúncio de investimento hoje parece ser possível sem uma piscadela para a turma da singularidade elétrica, afinal de contas. (MAO)