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Pensatas

Um réquiem para um Audi

Requiem aeternam. Há 27 anos, tinha sido contratado por uma companhia alemã de processamento de termoplásticos por causa de minha experiência na indústria automobilística. A empresa criava peças em plástico de todo tipo imaginável, não só para automóveis: para construção civil, equipamentos médicos e produtos caseiros como baldes e mangueiras de jardim. No Brasil, a divisão de produtos automobilísticos estava começando, e eu era efetivamente toda a sua engenharia. Por isso, a empresa me mandou passar três meses na sede, numa cidadezinha na Baviera, pertinho da fronteira com a República Tcheca. Um fim de mundo, mas onde um batalhão de 300 engenheiros da divisão automobilística me ensinaria como era o negócio. Fui muito animado e motivado claro; mas seria uma decepção. O povo daquela cidade e daquela empresa me tratou como um alienígena — e um com uma doença contagiosa perigosa, mantendo distância segura. Posso dizer, sem medo de errar, que aprendi nada ali, a não ser c