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A Fiat Toro terá sua versão SUV?
A picape Toro da Fiat, por mais que os amantes da picape tradicional não gostem de ouvir isso, trouxe uma verdadeira revolução para o mercado nacional de picapes. Sua arquitetura monobloco e baseada em tração dianteira lhe conferiu um comportamento mais para automóvel do que para o de caminhão, e seu estilo caiu no gosto do povo, essas duas características felizes permitindo que a abocanhasse uma grande fatia do mercado na sua faixa de preço. Seja pegando clientes de sedãs urbanos, de Crossover SUV, ou de picapes maiores, o Toro é um imenso sucesso.
É claro que um sucesso assim dá outros frutos. Criar uma perua derivada da picape cabine dupla parece algo tão óbvio e simples que chega a doer; é o que os americanos chamam de “no brainer”, algo tão óbvio que fazê-lo não pede engajamento do cérebro para ser feito.
O Fiat Fastback mesmo, apesar de ser lançado em um formato diferente, nasceu num conceito baseado na Toro, e mostrado no salão do Automóvel de São Paulo em 2018. Agora, o site Motor 1 informa que Herlander Zola, VP da Fiat América do Sul, respondeu durante a coletiva de lançamento do Fastback que a Toro não terá um SUV-cupê, mas terá um derivado. O que entendemos ser o tão esperado SUV.
Muita discussão e especulação acontece sobre o posicionamento do novo carro no mercado, e de como ele não atrapalhará outras ofertas do Grupo Stellantis já existentes, especificamente o Renegade, o Compass e o Commander. Mas parece claro que de qualquer forma que ele apareça, seja com sete lugares mais barato que o Commander, seja uma opção ao Compass, deve, como a picape, cair nas graças do mercado. Certamente quem compra o Toro hoje para ser seu carro de família urbano deve migrar facilmente para um SUV baseado nele.
Sabe-se que a Stellantis está trabalhando em uma nova picape Ram monobloco, para se posicionar entre a própria Toro e as importadas Ram, com produção em Goiana (PE). O foco agora parece ser este, então o SUV do Toro deve demorar mais um pouco para acontecer. Mas parece inevitável que aconteça. (MAO)
Empresa alemã traz de volta a marca inglesa Vanwall
Em mais uma estranha instância onde alemães fazem carros usando marcas inglesas diversas para parecer algo diferente, a equipe de competição alemã ByKolles anuncia que o seu O Vanwall Vandervell 1000, um novo Le Mans Hypercar (LMH), terá uma versão de rua, para concorrer com o Aston Martin Valkyrie.
A Vanwall original é uma aventura importantíssima, mas que existiu há muito tempo, por um curto espaço de tempo, e por isso não é universalmente conhecida. O milionário Guy Anthony “Tony” Vandervell, herdeiro da CAV, fabricante de equipamento de injeção para motores Diesel, fez fortuna na produção de bronzinas por sua empresa Vandervell Products, sob licença da American Cleveland Graphite Bronze Company. Nos anos 1950, resolveu que os ingleses, vencedores da última grande guerra, deviam vencer na Fórmula 1 também. Financiou então a criação da Vanwall, que acabou sendo a primeira equipe inglesa a vencer na F1, e ser campeã na F1, em 1958.
Abriu caminho para todos os ingleses que vieram depois, e entre as pessoas que o ajudaram na empreitada estavam Colin Chapman e Frank Costin, que depois fariam sucesso com os Lotus de Chapman. Vanwall pode ter sumido logo, mas seu legado é imenso.
Mas como é um legado inglês, este também foi apropriado pelos alemães. A ByKolles ainda não detalhou os números de desempenho do Vandervell 1000, mas os regulamentos do Le Mans Hypercar (LMH) impõem um limite de 671 cv e um peso mínimo de 1.030 kg. Aparentemente o ‘1000′ do nome indica que o carro de rua terá 1.000 cv de seu trem de força híbrido com motor Gibson V8, e que pesa 1.000 kg.
ByKolles planeja começar a correr o Vandervell 1000 no WEC a partir do próximo ano, tendo iniciado os testes em pista em abril de 2022. O anúncio do carro de rua parece óbvio: é necessário ser fabricante de carros de rua para ser aceito na competição. Sua inscrição para correr na temporada 2022 do WEC foi negada; provavelmente algo relacionado a isso, e daí a existência agora do carro “de rua”. (MAO)
Ford está estudando um Mustang sedã?
Dentro do material enviado pela Ford a respeito do novo Ford Mustang está uma série de desenhos de estilo, que ilustram as possibilidades estudadas pela Ford antes de fechar um design para o Mustang. Mas entre eles existe um desenho que chamou atenção: um sedã quatro portas.
Está a Ford estudando um Mustang sedã? Este é um boato persistente na indústria, que fica cada vez mais forte quando vemos que as submarcas da Ford parecem importar mais que o próprio logotipo Ford. As pessoas dizem que tem Mustang, Bronco e Raptor; dizer “eu tenho um Ford” é cada vez mais raro. E não é que já não existam precedentes: todo mundo sabe que existe um SUV elétrico parecido com um Honda HR-V chamado Mustang Mach-E.
Comparado com o Mach-E, um sedã-cupê esportivo com o nome Mustang nem parece mais uma heresia. O esboço foi criado pelo designer de exteriores sênior da Ford, Christopher Stevens. Ele retrata um carro bonito, com uma linha de teto alongada, um par de pequenas portas traseiras que fazem parte dos arcos das rodas traseiras e compartilha muitas de suas características de design om o novo Mustang fastback.
Está a Ford ativamente estudando isso mesmo, ou é apenas um desenho das possibilidades para o novo carro, que no fim acabou rejeitada como tantas outras. Difícil saber com certeza, mas parece uma possibilidade cada vez mais próxima. (MAO)
Mercedes-AMG C63 chega na quinta-feira
Lembra do Mercedes Classe C AMG sem V8? Quem tem menos de 30 anos quase não lembra, porque ele apareceu em 1998, deu uma sumida em 2001, mas logo voltou em 2004 e nunca mais deixou de ser feito. Só que agora, como parte do esforço coletivo em limpar o ar da Europa e da Califórnia, a Mercedes revisou sua linha de esportivos e powertrains e decidiu que o C63 não terá mais um V8. Em vez disso, ele virá com uma derivação mais apimentada do M139 dos modelos AMG 45, combinado a um motor elétrico — sim, ele será um híbrido.
Na última vez que uma versão esportiva da Classe C foi equipada com um motor de quatro cilindros foi justamente a primeira vez que a Classe C teve uma versão esportiva — e nem se chamava Classe C. Você sabe de quem estou falando: o 190E 2.3-16 de 1984 e o 190 2.5-16 de 1988. Logo depois, em 1993, a Mercedes o substituiu pelo C36 AMG, equipado com um motor seis-em-linha de 3,6 litros e 280 cv.
Mas estes são novos tempos. Os anos 1980 não estão na moda, Kate Bush? Pois então, teremos um C63 à moda dos anos 1980, com um toque de modernidade. E ele chega na próxima quinta-feira (21).
O que esperar dele, além do motor quatro-cilindros? Bem, este M139 produz 421 cv no A45 S e será montado em posição longitudinal no C63. O motor elétrico será instalado na traseira, e deverá ter, ao menos, 55 cv — ele deverá ser derivado do motor elétrico usado no AMG GT 4 Portas E Performance (na imagem abaixo), onde produz 95 cv continuamente, mas pode fornecer até 204 cv por 10 segundos.
Considerando que o C63 da geração passada já tinha entre 476 cv e 510 cv, não é demais esperar que o motor elétrico tenha os mesmos 95 cv — o que resultaria em uma potência combinada de 516 cv. É praticamente a mesma da geração anterior, porém com uma entrega totalmente diferente por ser um híbrido e por ter tração integral. Sim, o C63 AMG terá tração integral, apenas.
Os números exatos e a configuração mecânica em detalhes é algo que conheceremos na próxima quinta-feira, quando ele finalmente for revelado. Por enquanto, tudo o que a Mercedes nos deixou foi um teaser daqueles escuros, que mostram quase nada. E nesse caso, não mostra nada de novo, pois a parte iluminada da imagem é justamente o que já conhecemos do atual Classe C. (Leo Contesini)
Edição de despedida do Chrysler 300C esgota em 12 horas
Dizem que o mundo está mudando e que os carros terão de ser elétricos pois as pessoas assim querem. Mas aí vem uma notícia como esta e nos deixa confusos: a edição de despedida do 300C, que voltou a ter um V8 de 6,4 litros, teve todas as suas 2.200 unidades vendidas em 12 horas. E agora há uma lista de espera pelo modelo, porque há mais gente interessada nele.
A estatística, você sabe, é uma ciência incompreendida. Ela prova pouca coisa, mas evidencia muitas outras. E embora 2.200 veículos não correspondam a 0,05% do volume de veículos vendidos nos EUA neste ano, eles são uma amostragem considerável. Porque, na estatística, a probabilidade de um evento ocorrer é maior em um universo estatístico maior. Então se há 2.200 pessoas que colocaram a mão no bolso e pagaram pelo carro, elas evidenciam que há um grupo maior com interesse pelo carro.
Apesar do interesse, a Chrysler não pretende aumentar a produção desta série final do 300C — isso é uma manobra arriscada em termos de reputação; quem lembra da Kombi Last Edition que esgotou e, no segundo lote, encalhou? O que a Chrysler poderia fazer, contudo, é repensar sua estratégia de se eletrificar completamente, especialmente quando o Mustang chega sem nenhum sinal de eletricidade além da bateria de 12 volts convencional e quando ela própria esgota um sedã V8 aspirado de 6,4 litros em 12 horas. (Leo Contesini)