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Agora é a McLaren que vai fazer um SUV
Não foi exatamente o que eles disseram, mas se eu descrevesse um canal de carros brasileiro, com um coreano, um engenheiro de 2 metros de altura e um cosplay de caminhoneiro você pensaria em quem? No Donut Media? Pois é mais ou menos isso o que a McLaren fez para não dizer que considera um SUV em um futuro próximo.
Em entrevista ao site Automotive News, o diretor de estratégia de produto da McLaren, James Corstorphine, disse que a McLaren pretende fazer um modelo mais espaçoso, que seja capaz de levar mais que dois passageiros (ou mais que três, no caso do Speedtail), mas que ainda não decidiu como será esse carro.
“O mais importante é fornecer um veículo que tenha mais espaço e capacidade para que o cliente McLaren compartilhe esta experiência (de ter um McLaren) com mais pessoas. Se ele será um crossover… isso é algo que será decidido mais adiante… e, na verdade, não há nada definido até agora”, disse.
É claro que ele também usou o argumento de “manter o DNA no SUV”: “Se formos fazer algo, seja ele um SUV ou qualquer outro tipo de produto, iremos nos perguntar se conseguimos refletir o DNA da McLaren. É isso que precisamos levar em consideração.”
Sei… em plena era dos SUV, na qual os carros precisam ser abrutalhados para ganhar estrelinhas nos testes de impacto, na qual a Ferrari, a Lamborghini, a Porsche, a Aston Martin, a Bentley e a Rolls-Royce têm um SUV (e ganham muita grana com eles), a McLaren vai fazer:
a) um hot hatch
b) um sedã
c) uma perua
d) uma minivan
e) um SUV
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Kia Sportage ganha 3 estrelas no Latin NCAP por causa de… opcionais
Eu detesto soar repetitivo e ranzinza, mas… caras, esse tipo de coisa precisa ser colocada em discussão: imagine você ter um carro que foi desenvolvido para atender a todas as regras de segurança do planeta e que conquistou cinco estrelas no Euro NCAP, ANCAP e NHTS.
Aí você o adequa para vender em um mercado que tem poder de compra bem menor que EUA, Europa e Austrália transferindo alguns equipamentos mais caros da lista de itens de série para a lista de opcionais. Então o carro é testado pelo Latin NCAP e ganha… três estrelas. Foi o que aconteceu com o Kia Sportage.
O modelo tem nota máxima nos principais testes do planeta — Euro NCAP, ANCAP e NHTS —, mas na América Latina, onde precisa custar menos, porque os latinos são mais pobres que europeus, americanos e australianos, ele se torna um carro três estrelas porque não tem equipamentos suplementares de segurança.
Sua estrutura oferece boa proteção para os passageiros? Sim. No pior cenário, a colisão lateral contra um poste, o tórax dos ocupantes dos bancos da frente têm proteção marginal. Todo o restante — cabeça, pernas, joelhos e mesmo o tórax, em outras situações de impacto — tem proteção classificada, no mínimo, como adequada.
O carro também tem ABS, controles de tração, de estabilidade, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), alerta de fadiga do motorista, assistente de centralização da faixa de rodagem, frenagem autônoma de emergência, farol alto automático, controle de cruzeiro adaptativo e alerta de tráfego cruzado traseiro.
Mas não tem detecção de pedestres, Isofix nos bancos dianteiros, não tem airbags laterais para a cabeça e para a pélvis, não tem lembrete de cinto afivelado na traseira, nem pré-tensionadores na traseira. Então, por estas falhas tidas como graves para o Latin NCAP, ele é um carro três estrelas. Exatamente a mesma classificação do Chevrolet Prisma 2018 — aquele da primeira geração, com apenas dois airbags. Há algo evidentemente errado nos critérios, não?
Eu sei que os critérios mudaram nestes quatro anos desde o teste do Prisma, mas… isso é algo que não aparece na cara do consumidor ao pesquisar os resultados. E a proposta do Latin NCAP é ajudar o consumidor a escolher um carro mais seguro de forma consciente. Nesse caso, o que impede um consumidor leigo de achar que o Prisma 2018 e o Sportage 2022 têm o mesmo nível de segurança?
Ram 3500 ganha série especial Yellowstone, inspirada na série de TV
Jogando sozinha no segmento das picapes pesadas, a Ram pode se dar o luxo de lançar séries especiais de suas picapes no Brasil — mesmo que elas custem mais de meio milhão de reais (leia com a voz do Silvio Santos). É o caso da Ram 3500 Yellowstone, que acaba de ser lançada no Brasil.
Ela custa R$ 554.990 e foi inspirada na série de TV Yellowstone, do Paramount+. A série está na quinta temporada e conta a história de uma família que luta para manter suas terras no meio-oeste americano, em meio às ameaças de empreiteiras e povos nativos. No papel principal está Kevin Costner como John Dutton, o chefe da família.
Por fora a picape traz o Y da fazenda Yellowstone, que dá o nome à série, nas laterais da caçamba, além de pintura de dois tons, combinando preto e marrom. No lado de dentro, o revestimento dos bancos e portas usa dois tons de couro natural marrom e bordado decorativo. Os compradores também ganham uma assinatura anual do serviço de streaming Paramount+.
Fora os detalhes exclusivos da versão, que é limitada em 100 unidades, o pacote de equipamentos é o mesmo da versão Limited Longhorn, com sistema multimídia de 12 polegadas, câmeras 360º, cancelamento de ruído, aquecimento e ventilação nos bancos dianteiros, controle de freio de reboque, cruise control adaptativo, frenagem automática de emergência e faróis de matriz de LED.
Projeto que visa acabar com a obrigatoriedade das auto escolas pode ser aprovado em 2023
Você talvez lembre de um projeto de lei que visa acabar com as aulas de direção obrigatórias para a formação de condutores, proposto há alguns meses. Pois bem, ele segue em tramitação no Senado, e pode ser aprovado no início de 2023.
A proposta foi feita pela senadora Kátia Abreu sob a justificativa de que o custo de obtenção da CNH é muito elevado e favorece os centros de formação de condutores em detrimento da população de baixa renda. Segundo a senadora, há 84 milhões de brasileiros com idade superior a 18 anos que não têm CNH e, apesar de estarem aptos a obter o documento, não têm condições financeiras para isso.
O projeto atualmente está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, aguardando o parecer do relator, o senador Fabiano Contarato — que historicamente defende mais regulações em nome da segurança do trânsito. Caso seja aprovado na Comissão, ela será votada em plenário e seguirá para sanção presidencial.
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